A caminho de Angola

Hoje, 4 de Março, 23.40 horas.
Neste preciso momento, o P. Manuel Domingos Nunes Pestana e o P. Joaquim da Silva Freitas estão a levantar voo para Angola. Chegarão amanhã de manhã a Luanda, ao nascer de um novo dia. É o nascer de uma nova missão, a primeira Missão Dehoniana em Angola.

Ontem, 3 de Março, 19.00 horas.
Foi o envio missionário do P. Domingos, do P. Joaquim e do P. Vincenzo. Estivemos também unidos ao P. Madella que seguirá directamente de Moçambique.
Muitos confrades estiveram presentes, representando quase todas as comunidades da Província. Os três noviços significaram a alegria, a esperança e o futuro da Província.
A televisão marcou presença, fazendo reportagens do acontecimento e recolhendo testemunhos dos missionários. Foram transmitidos esta tarde.
D. António Braga, Bispo de Angra do Heroísmo (Açores), presidiu à celebração eucarística. Ao seu lado, D. Manuel Quintas, Bispo Auxiliar do Algarve e Presidente da Comissão Episcopal das Missões, proferiu a homilia sobre o sentido do envio em missão. Foi uma presença muito significativa destes confrades Bispos e do sentir da Igreja na aceitação destes desafios de missão ad gentes.
O Superior Provincial introduziu o rito da bênção e entrega da cruz aos primeiros missionários dehonianos que acabam de partir para Angola. Realçou o sim da Província e da Congregação a este projecto, o sim dos confrades que aceitaram mudar os seus planos pessoais para aderir a este projecto dehoniano de levar o Reino do Coração de Jesus a toda a parte.
De seguida, os três missionários partilharam o seu testemunho, pleno de sentido e de profundidade, de entusiasmo e de fé, convidando-nos à união na oração e na fraternidade.
Os dois bispos entregaram a cada um uma cruz, a Cruz de Cristo, e o Directório Espiritual do Padre Dehon. O Superior Provincial entregou uma cruz maior, que ficará na primeira comunidade em Luanda, e outra que ficará na Casa Provincial. Nesse simbolismo, nós partimos com eles em missão, eles sentem-se enviados por todos nós. Esta missão deve motivar-nos e unir-nos como Província, no espírito da Congregação, com o coração aberto a Deus e solidariamente disponível aos irmãos.
No ofertório, levámos ao altar alguns símbolos, a lembrar a realidade em Angola, para ser rezada, oferecida e transformada com a graça de Deus.
Depois da Eucaristia, animada pelos confrades do Seminário de Alfragide, seguiu-se um convívio muito fraterno e simples à volta da mesa do jantar.
O dia terminou em festa e alegria. Todos regressaram às suas comunidades, alguns de bem longe, motivados pela vivência deste momento tão significativo para os que partem e para os que ficam, todos unidos pela mesma missão de viver Cristo e de levá-lo a toda a parte, como profetas do amor e servidores da reconciliação.

Hoje, 4 de Março, fim da tarde.
Na Casa Provincial, estivemos unidos na mesa da eucaristia e na mesa do jantar, antes da partida para o aeroporto. Um bom grupo de Alfragide fez a surpresa de estar connosco nesta parte final, acompanhando os missionários nos últimos passos em Portugal.
Tudo correu bem, depois das complicações da burocracia nos últimos tempos. Esperamos que tudo se ultrapasse e que, no terreno, os nossos confrades missionários se sintam mensageiros da Boa Nova de Cristo, com o nosso apoio orante e fraterno.
A mensagem que nos deixaram – Na Hora da Partida – é uma profunda meditação sobre este momento histórico da vida da Congregação em geral e das Províncias particularmente envolvidas neste projecto.

Partiram, vamos com eles. Ficamos, estão connosco.
Unidos no Amor do Coração de Jesus.

| Manuel Barbosa, scj – Superior Provincial |

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