A Congregação na Europa

A Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus nasceu no nordeste francês. Por vários anos, a Casa do Sagrado Coração, em Saint-Quentin, foi a casa-mãe.

Mas as vicissitudes da guerra e a expulsão das ordens religiosas empurraram os Dehonianos a outras paragens: Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Alemanha, e também a terras de missão. Desde o começo, os campos de ação pastoral foram muito diversificados: a educação, o mundo operário, a pastoral paroquial e as missões ad gentes.

Atualmente é ainda na Europa que se encontra o maior número de religiosos da Congregação. As entidades da Europa tiveram um papel fundamental na difusão da Congregação no mundo e no desenvolvimento de outras entidades. Ainda hoje, as entidades da Europa desempenham um papel fundamental no apoio às missões, na formação e na partilha económica. Nos últimos 25 anos o número de religiosos Dehonianos na Europa desceu quase para metade. O envelhecimento é uma realidade que deve ser enfrentada com um olhar novo. A Igreja na Europa não está moribunda. Neste ambiente secularizado é necessário encontrar novas formas de viver, acreditar e anunciar o carisma Dehoniano. As entidades da Europa, fazendo uma leitura adequada destes sinais, compreenderam que é necessário desenvolver formas de colaboração entre as Províncias e começam a surgir projetos comuns em Berlim, Londres e Paris. Outro sinal de esperança que se tem desenvolvido na Europa, é o da partilha da espiritualidade Dehoniana com os leigos e a participação na missão comum e no voluntariado ad gentes.

Por fim, outro caminho comum que tem sido traçado nestes anos diz respeito ao da adaptação das estruturas de governo à realidade europeia, por exemplo a junção de Províncias numa Confederação (Holanda e Flandres), ou numa única Província (França, Bélgica e Luxemburgo). Além disso, cada entidade tem procurado dar novas finalidades às casas e seminários que já não são necessários à sua missão.

DehonianosEuropa

 

 

Província da Europa Francófona

 

A Província da Europa Francófona foi constituída em 1999 pela fusão da Província da França e da Província Luxemburgo-Valónica. A nova Província compreende a França, a Valónia Belga e o Grande Ducado do Luxemburgo.

A Casa do Sagrado Coração, primeira casa da Congregação, foi aberta em 1878, em Saint-Quentin. Em 1882 começou a funcionar o seminário em Fayet e outro em Lille. Da França partiram o Pe. Gabriel Grison e outros religiosos para fundar as missões do Equador, em 1888, e do Congo, em 1893.

Em 1903 os Dehonianos forma expulsos da França e a Congregação dispersou-se. A I Guerra Mundial provocou grandes alterações nos territórios de missão e foi necessário reorganizar as presenças missionárias em África. Os Camarões, eram colónia inglesa que depois passou para o domínio da França. Em 1920 os missionários alemãs foram substituídos pelos franceses. Alguns religiosos alemães, explusos dos Camarões, foram os fundadores da Província de Espanha. Após o falecimento do Padre Dehon (1925) a Congregação aceitou uma paróquia em Paris (1926) e, em 1930, começa-se o apostolado operário. Os anos seguintes foram de grande vitalidade. A II Guerra Mundial provocou muitas vítimas e nova dispersão da Congregação. Depois do Concílio Vaticano II, verificou-se uma enorme crise vocacional que obrigou a França a repensar as suas obras e a encerrar algumas.

O Padre Dehon era bem conhecedor da vitalidade missionária da Igreja na Bélgica. Por isso, as primeiras fundações fora de França, foram em Bruxelas (1896) e Lovaina (1898). Desde 1898 a 1914 a maior parte dos Dehonianos da Europa são formadas em Lovaina. Nos anos seguintes a Congregação estendeu-se a outras regiões da Bélgica e ao Luxemburgo. Em 1930 a comunidade belga-luxemburguesa separou-se da França e em 1964 deu-se nova subdivisão com a formação da Província Belga-Flamenga e a Província Luxemburguesa-Valónica.

De então para cá estas Províncias passaram por um período de grande dinamismo apostólico com actividades ricas e diversificadas: educação, pastoral juvenil e vocacional, formação de fé dos adultos, casas de retiros, apostolado social e paroquial, imprensa escrita, assistência aos emigrantes e missões. Porém o contexto social e religioso foi mudando dos anos seguintes. O secularismo, a indiferença religiosa, o envelhecimento e a falta de vocações, levaram à união das três Províncias de língua francesa, que, desde 1999 formam a Província da Europa Francófona.

Hoje, a Província da Europa Francófona tem 59 membros. 35 religiosos têm idade superior a 75 anos. A Província tem uma caraterística internacional, visto que vários Dehonianos de outras Províncias (Camarões, Espanha, Polónia, Vietname) trabalham na Europa Francófona.

A Província é constituída por 12 Comunidades: 9 na França, 2 na Bélgica e 1 no Luxemburgo. Os Dehonianos dedicam-se à pastoral paroquial, à animação espiritual (casa de retiros em Clairefontaine) e à imprensa. Uma particularidade da presença Dehoniana em França, é a da inserção no mundo operário, iniciada após 1960, como expressão muito concreta da dimensão social do carisma Dehoniano. Ainda hoje há algumas comunidades com esta dimensão pastoral: sacerdotes que conciliam o horário de trabalho numa fábrica com o ministério sacerdotal. Outra preocupação pastoral da Província é a de manter e divulgar a herança do Padre Dehon e os lugares históricos da Congregação: La Capelle (nascimento do Padre Dehon), Saint-Quentin (fundação da Congregação) e Bruxelas (morte do Padre Dehon).

A formação é uma das prioridades da Província. Em Metz (França) está situado o seminário para o postulantado, o noviciado está em Clairefontaine (Bélgica) e o escolasticado em Paris (França). Em Bruxelas funciona o Centro Internacional de Formação que apoia a formação de Dehonianos de outras entidades que desejam fazer especializações ou completar a formação universitária em Bruxelas ou em Louvaina. É também na casa de Bruxelas que está instalado o Museu das Missões e o Museu Padre Leão Dehon.

 

 

Província da Alemanha

 

A Província da Alemanha nasceu em 1908. O seu desenvolvimento foi rápido e caraterizado por uma grande sensibilidade missionária. De facto, foram os missionários Dehonianos da Alemanha que ajudaram a fundar as missões do Equador, do Congo e do Brasil do Sul. Abriram as missões dos Camarões e foram a primeira presença Dehoniana em Espanha, nos Estados Unidos e na África do Sul. Em 1920 fundou-se um centro de espiritualidade em Neustadt. Em 1923 os missionários Dehonianos da Alemanha iniciaram a missão entre os índios da Dakota do Sul, nos Estados Unidos da América e aceitaram a prefeitura apostólica de Aliwal North, na África do Sul. Em 1928 foi fundada em Duseldorf uma obra para jovens operários que teve de ser vendida em 1934, por imposição do regime nazi. Em 1838 abriu-se uma casa em Berlim e outra em Osnabruk. A II Guerra Mundial trouxe à Província da Alemanha grande cruzes e provações muito duras. Alguns religiosos Dehonianos foram martirizados em campos de concentração. Depois da guerra a Província voltou a reorganizar-se e readquiriu vitalidade. Em 1954 o Pe. Lellig, alemão, foi eleito Superior Geral da Congregação.

Atualmente a Província conta com 45 religiosos. Alguns estão a trabalhar fora do país, na Finlândia, na Áustria e em Roma ao serviço da Congregação. A média de idade é de 65 anos. Ocupam-se especialmente da evangelização, da formação e da educação da juventude, dos retiros espirituais e do ministério paroquial. Em Berlim funciona uma Comunidade Dehoniana internacional empenhada na envangelização num contexto bastante secularizado, como é o daquela cidade.

 

 

Confederação dos Países Baixos

 

Em 1883 o Padre Dehon intuiu que as leis hostis da República Francesa contra a Igreja levariam, mais cedo ou mais tarde, à expulsão dos religiosos. Fundou então uma primeira casa na Holanda (Sittard, em 1883) e, depois dela, seguiram-se os seminários de Bergen (1900), Asten (1908) e Liesbosch-Pricenhage (1912). O Desenvolvimento foi tão rápido que, em 1911, a Holanda era constituída como Província autónoma. Em 1965 chegou a atingir o impressionante número de 900 religiosos. Este número elevado de religiosos, aliado a um forte impulso missionário, possibilitou a presença da Holanda, de maneira determinante, quer na Europa quer nas terras de missão. Os missionários holandeses estiveram presentes no Equador, no Congo, nos Camarões, na África do Sul, na Argentina e Uruguai. Assumiram as missões próprias do Brasil do Norte (1938), da Finlândia (1907), do Canadá (1915), da Indonésia (1924) e do Chile (1950).

No final dos anos sessenta uma enorme crise vocacional varreu a Holanda e muitas obras foram deixadas por falta de religiosos para as fazer funcionar. A isto juntou-se um desânimo generalizado e desde então a presença Dehoniana na Holanda vai morrendo à medida que morrem os religiosos… Em 1896 o Padre Dehon abriu a primeira casa na Bélgica (Bruxelas). Esta mesma casa tornou-se a sede da Congregação depois da expulsão dos religiosos de França. Foi também nesta casa que faleceu o Padre Dehon. O desenvolvimento inicial da Congregação foi muito ativo, e, em 1960, a Congregação foi subdividida em duas Províncias: Luxemburguesa-valónica e a Flamenga.

Mais recentemente, o Luxemburgo e Bélgica foram incorporados na Província da Europa Francófona e a Flandres ficou unida à Província da Holanda, formando a Confederação dos Países Baixos e Flandres, que conta com 88 Dehonianos. Esta entidade passa por sérias dificuldades de sobrevivência. Há vários anos que não surgem novas vocações e a média de idade é de 80 anos.

 

 

Província Britânico-Irlandesa

 

O início da presença Dehoniana na Inglaterra foi quase simultânea ao início da II Guerra Mundial. O começo foi em 1934, rodeado de muitas incertezas. A partir de 1937 a presença Dehoniana na Inglaterra começou a ganhar consistência, primeiro em 2 paróquias, depois com o seminário menor (1939) e o noviciado em 1948. Foram tempos muito difíceis, porque a guerra impedia qualquer comunicação dos religiosos ingleses com a Congregação e com Roma. Depois da Guerra deu-se nova expansão com a fundação do seminário maior em Malpas (1946), outro seminário em Newport (1949), um novo noviciado (1954) e outra paróquia. Alguns dos primeiros Dehonianos ingleses foram missionários na África do Sul e na Indonésia.

A fundação da Província data de 1947. O desenvolvimento foi discreto. Sucessivamente, seguiram-se a fundação na Escócia (1970) e na Irlanda (1978). Atualmente os três países formam uma única Província que conta com 19 religiosos. Trabalham sobretudo na pastoral juvenil (Movimento 2030, que congrega jovens dos três países), na pastoral das vocações e na evangelização em áreas urbanas (paróquias confiadas à Congregação).

O caráter internacional da Província faz-se sentir não só na realidade dos três países que formam a entidade, mas também na colaboração que a Província recebe de outras países (Polónia, Índia, e Camarões) que destacaram Dehonianos para cooperar na pastoral da Província Britânico-Irlandesa. Além disso, a concessão de bolsas de estudo, tem também permitido que Dehonianos de outros países passem algum tempo nesta Província para estudar e aperfeiçoar o inglês.

Neste momento, ao nível das entidades da Europa, está a ser pensado o “Projecto Londres” que inclui uma presença internacional naquela importante capital multicultural.

 

 

Província da Espanha

 

O início da I Guerra Mundial, em 1914,  fez com que os missionários alemães fossem expulsos dos Camarões e se refugiassem em Fernando Pó. Seguindo as indicações do Fundador, rumassem para a Espanha, precisamente para Puente la Reina (Navarra), onde começaram um trabalho de animação cristã e paroquial, em 1916. O trabalho destes missionários estão carregados de peripécias, principalmente do Pe. Guilherme Zicke. Na mais extrema pobreza e sem qualquer conhecimento da língua, deram início ao primeiro seminário Dehoniano, em 1919. Seguiu-se a fundação de um colégio em Novelda (Alicante). Em 1936 despoletou a guerra civil que deu à nossa Congregação o primeiro mártir, o Beato João Maria da Cruz. A partir de 1940 assistiu-se a um notável desenvolvimento que fez com a Espanha, a 10 de janeiro de 1947, fosse elevada a Província. Atualmente a Província de Espanha conta com 98 religiosos, empenhados sobretudo no ensino (colégios), na pastoral vocacional, nas paróquias e no mundo universitário e cultural.

Em 1965 foi fundada, em Madrid, a ESIC – Escola Superior de Marketing e Negócios – que rapidamente ganhou um lugar de destaque no panorama do ensino superior. Foi a primeira escola de marketing de Espanha. Hoje possui campus em Barcelona, Saragoça, Pamplona, Bilbao, Valência, Málaga, Granada e Sevilha. Em 2001 a ESIC internacionalizou-se com a criação do campus em Curitiba, Brasil.

As missões são também uma dimensão privilegiada dos Dehonianos de Espanha. Em 1953 iniciaram a presença Dehoniana na Venezuela e, em 1998, retomaram a missão no Equador.

 

 

Província da Polónia

 

O primeiro sacerdote Dehoniano da Polónia foi ordenado em 1920. Nos anos seguintes foram ordenados outros polacos o que permitiu que a primeira comunidade Dehoniana da Polónia fosse fundada em 1928, na cidade de Cracóvia. A II Guerra Mundial dispersou os religiosos polacos pela Europa, nomeadamente na França e na Itália, onde alguns religiosos concluíram a sua formação. Depois da Guerra, apesar de se viver num regime comunista, foi possível reorganizar as casas de formação e a pastoral. Ao longo destes anos as vocações foram abundantes, sobretudo depois do Concílio. A Polónia tornou-se Província em 1947, ano em que também começou a funcionar o noviciado em Stadniki. O estalinismo votou os Dehonianos à clausura forçada. A crise das vocações que depois do Concílio atingiu a Europa, não chegou à Polónia. Em 1967 partiu para a Indonésia o primeiro grupo de missionários polacos. Hoje conta com 251 religiosos, sendo 50 anos, a média de idade. Estão distribuídos por 23 comunidades que asseguram numerosas e variadas obras pastorais.

A presença de Dehonianos polacos no estrangeiro é também bastante significativa: estão presentes na Indonésia, Congo, Camarões, Chade, Filipinas, Estados Unidos, Uruguai, Chile, África do Sul, Alemanha. A Polónia tem 23 Dehonianos a trabalhar nas missões fora da Europa e 59 Dehonianos a trabalhar em diversos países europeus (Finlândia, França, Bélgica, Alemanha, etc). Com o fim do comunismo no Leste Europeu, a Congregação decidiu alargar a sua ação aos países de Leste. E foram também os Dehonianos da Polónia que assumiram essa missão, fundando comunidades na Croácia, Moldávia, Bielorrússia, Ucrânia e Eslováquia.

Atualmente, dependem da Polónia os seguintes Distritos: Finlândia, Bielorrússia e a Moldávia. A presença Dehoniana na Eslováquia, Suíça, Áustria e Ucrânia estão também sob jurisdição da Polónia, na figura jurídica de Comunidades Territoriais.

 

 

Distrito da Finlândia

 

A presença Dehoniana na Finlândia data de 1907, por vontade expressa do Padre Dehon que tinha visitado aquele país. A Finlândia é um país de forte tradição protestante. Em 1911 foi publicado um decreto de expulsão de todos os missionários estrangeiros. Os Dehonianos holandeses deixaram o país e foram para a Suécia. Em 1921 puderam regressar e um dos Dehonianos – o Pe. Buchx – foi nomeado vigário apostólico da Finlândia. Os católicos são pouquíssimos e constituem uma única Diocese – Helsínquia – que, desde o início, foi sempre confiada aos Dehonianos. Daí que o Bispo da Diocese tem sido, habitualmente, um Dehoniano. Em 1928 a Igreja Católica foi oficialmente reconhecida e 2 finlandeses puderam, então, entrar na Congregação. O trabalho pastoral que aqui se desenvolve é de tipo paroquial, onde se destaca o acolhimento aos muitos emigrantes que vivem nesta cidade multiétnica. O diálogo ecuménico com os protestantes constitui uma característica muito peculiar da ação pastoral. Nos últimos anos deu-se um grande aumento do número de católicos, pelo que a presença Dehoniana na Finlândia teve de ser reforçada. Os católicos andam à volta de 14.000, distribuídos por cerca de 90 nacionalidades e mais de 100 línguas distintas. O grande desafio pastoral é construir uma verdadeira comunidade cristã a partir desta imensa variedade. Na Finlândia há 25 sacerdotes católicos, sendo apenas dois de origem finlandesa. Os Dehonianos constituem o grupo mais numeroso de sacerdotes do país. Na Finlândia há 2 Comunidades Dehonianas.

 

 

Distrito da Bielorrússia

 

Trabalham neste país 14 padres Dehonianos da Polónia. Porém, o clero estrangeiro não é bem visto pelas autoridades governamentais e, por isso, paira sempre o risco de expulsão. São seis os jovens da Biolrrússia que, em diversas etapas, fazem a sua formação Dehoniana na Polónia. São a esperança do futuro. A presença Dehoniana neste país caracteriza-se pelo trabalho paroquial. Na Bielorrússia há 3 Comunidades Dehonianas.

 

 

Distrito da Moldávia

 

Na Moldávia os Dehonianos estão presentes em 5 paróquias, caraterizadas pela evangelização, atividade social e pastoral juvenil. A presença Dehoniana na Moldávia reduz-se a 1 Comunidade.

 

 

Ucrânia

 

Na Ucrânia existe apenas 1 Comunidade Dehoniana. A principal actividade dos Dehonianos é a pastoral paroquial, onde, para além da evangelização, existe uma forte componente de apoio social às famílias mais pobres, não só ao nível da distribuição de bens materiais, mas também no campo da educação e do apoio médico e sanitário.

 

 

Eslováquia

 

Nas Eslováquia trabalham 6 Dehonianos, sendo um autóctone. Vivem numa única Comunidade. Há também um jovem religioso a fazer a sua formação filosófico-teológica na Polónia. A Comunidade Territorial da Eslováquia tem a seu cargo duas paróquias.

 

 

Suíça

 

São 4 os Dehonianos a trabalhar na Suíça. Estão empenhados na pastoral paroquial.

 

 

Áustria-Croácia

 

Os Dehonianos estão presentes na Áustria (Viena) há mais de 100 anos. Na Croácia a presença teve início em 1985. Atualmente o Distrito tem 12 membros: 7 da Polónia e 5 da Croácia, sendo que um destes é jovem religioso que faz a sua formação teológica em Stadniki, na Polónia. A Congregação possui 2 comunidades, uma em Viena e outra em Zagreb. Os religiosos trabalham sobretudo em paróquias. Na Croácia os Dehonianos possuem uma estação da rádio, a Radio Mary. A pastoral juvenil goza de importante vitalidade nestes países, assim como o trabalho com os leigos que constituem a Família Dehoniana.

 

 

Província da Itália do Norte

 

A presença dos Dehonianos em Itália vem desde o tempo do Padre Dehon que, em janeiro de 1892, pretendia abrir em Roma a Procuradoria Geral da Congregação e uma casa de estudos teológicos. A primeira obra fundada em Itália, por desejo expresso do Fundador, foi a Escola Apostólica (seminário menor) de Albino (Bérgamo), em 1907. Foi na diocese de Bérgamo que o Padre Dehon encontrou o futuro papa João XXIII que o acolheu muito bem e ajudou a iniciar a Congregação nessa diocese. Em 1912 surgiu o Estudantado para as Missões, em Bolonha, onde muitos dos primeiros religiosos portugueses estudaram teologia. A Basílica de Cristo Rei, em Roma, obra desejada pelo Fundador, está a cargo da Província da Itália do Norte.

A Província da Itália foi constituída em 1920. O aumento excecional de vocações levou à criação de imensas obras: seminários, colégios, paróquias, obras sociais, imprensa… A vitalidade missionário foi também muito forte. Vários membros da Província da Itália partiram para as missões do Congo (1923), Camarões (1927), Argentina e Uruguai (1938), Moçambique (1947). Foi a missão de Moçambique que originou a vinda para Portugal dos primeiros Dehonianos da Itália, em 1946. A Província da Itália do Norte é a Província-mãe da Província Portuguesa.

Em 1960 a Província da Itália dividiu-se em duas: Itália do Norte e Itália do Sul.

Atualmente, são 154 os religiosos da Província da Itália do Norte. O trabalho nas paróquias é aquele que absorve maior número de religiosos Dehonianos. A Província tem 21 paróquias a seu cargo. À Província estão também confiados 5 santuários. No setor da cultura, destaca-se o Centro Editorial com as prestigiadas Edições Dehonianas de Bolonha (Edições EDB). Outras importantes vertentes da missão dos Dehonianos da Itália do Norte, são: o Liceu Leão Dehon (Monza), os centros de espiritualidade de Albino e Capiago, a pastoral juvenil e vocacional (Trento), a animação missionária, a pastoral social (Villaggio del Fanciullo, em Bolonha) e o Centro Italiano de Solidariedade (Modena).

 

 

Província da Itália do Sul

 

A primeira casa da Província da Itália do Sul foi a Casa de Santa Maria (1935) em Pagliare. Seguiu-se Foligno, as paróquias em Roma e a Procuradoria das Missões de Nápoles. Em 1960, devido ao número crescente de membros e de obras fundadas, optou-se por subdividir a presença Dehoniana em Itália em duas Províncias: Norte e Sul. Em 1975 a Província da Itália do Sul iniciou a presença Dehoniana em Madagáscar. Apesar das mudanças sociais das décadas de 60 e 70, e da crise das vocações, a Província da Itália do Sul conseguiu dar apoio às atividades assumidas e abrir novos campos de missão.

Hoje, os Dehonianos da Itália do Sul são 54 e estão empenhados nos seguintes setores da pastoral: apostolado paroquial, santuários e apostolado da imprensa. Em relação ao apostolado missionário estão atualmente empenhados nas missões de Madagáscar e da Albânia. A Província possui 12 comunidades na Itália e uma Comunidade Territorial na Albânia.

Especial referência merece o trabalho no campo da comunicação social, onde a Província possui um canal regional de televisão, a TeleDehon, que emite a partir de Andria e que também pode ser seguida pela internet.

 

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