Apresentação da caminhada de Advento – Re.Para

No dia 29 de novembro, às 21h30, no Centro Dehoniano, tivemos uma vez mais, a apresentação do Re.para, a proposta da Pastoral Universitária Dehoniana para ajudar a rezar neste advento. Ao ritmo da liturgia diária, este subsídio, mais não quer ser do que um “desbloqueador de conversa” entre cada um de nós e Deus.
Eram cerca de 40 os jovens universitários ansiosos por conhecer as novidades deste ano. Com o contributo de 10 pares de mãos e cinco estilos literários diversos, o Re.para de 2018 trouxe consigo uma novidade: “Acende a tua vela connosco”. Consiste na disponibilização de um curto vídeo, em cada domingo do Advento, com a leitura da meditação desse dia, e o convite a acender a nossa vela da coroa de advento, unidos a todos os que rezam com o Re.para.

Para a apresentação desta caminhada tivemos o contributo de quatro convidados.

A Kika Negrão falou-nos da sua experiência de viver o advento no seio duma família cristã numerosa, na cidade do Porto. Oriunda da Paróquia de Nossa Senhora da Boavista, onde fez o seu percurso catequético, partilhou connosco que, na família, a preparação da árvore de Natal é assunto para todo o agregado familiar. Ao longo do advento se reza e se acende a(s) vela(s) da coroa de Advento, com a definição de um compromisso de advento para cada dia, para toda a família. Com a proximidade do Natal, todos os que estão dispersos pelo mundo se reúnem à volta dos avós. A árvore de natal, preparada logo no início da caminhada, deverá ser sempre natural, enfeitada com maçãs!

O Pe. Gil Alfredo falou-nos da sua infância na Ilha de S. Miguel, Açores. Vindo, ainda criança, do Canadá, recorda-se da importância das limpezas e dos arrumos de Advento. É o convite: “vamos preparar uma casa para Jesus, o melhor é sempre para Jesus!”. Quando se lembra do presépio e da árvore de Natal vem-lhe à memória o cheiro de criptoméria cortada! Deu-nos a conhecer que o presépio açoriano concentra à volta do Menino Jesus todas as outras tradições religiosas açorianas: o Senhor Santo Cristo, o Divino Espírito Santo, as bandas de músicas nas festas da freguesia. O nosso convidado arrancou à audiência muitas risadas com a partilha da tradição, bem açoriana, da “Mijinha do Menino Jesus” (sic).

A Ana Teresa ajudou-nos, agora num registo diferente, mais meditativo, a rezar com a declamação do poema de Tolentino Mendonça, “Somos a autobiografia de Deus”.

Jesus, para falar do advento do Novo Mundo, que Ele trouxe e trará, usou a seguinte comparação: “A mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza, porque chegou a sua hora; mas, quando deu à luz o menino, já não se lembra da sua aflição, com a alegria de ter vindo um homem ao mundo” (Jo 16,21). Então, a última convidada foi a Drª Marta Malheiro, psicóloga, que partilhou connosco a recente experiência de ser mãe. Partilhou connosco todo o processo maravilhoso e surpreendente de sentir um ser a crescer dentro do seu corpo e a sua transformação física e interior. Na verdade, com o nascimento duma criança são dois seres que nascem, um em relação ao outro: nasce uma criança e nasce uma mãe! É uma coisa que se estranha e que depois se entranha! Recordava-se o que lhe transmitia a sua mãe, acerca desta experiência única da maternidade: “até a um dado momento és filho/a de alguém; por algum tempo és tu mesmo; depois passas a ser a mãe de alguém… o resto da tua vida”.

Depois da foto de grupo, continuamos a partilha à volta de uma chávena de chocolate quente ou chá…

Desejamos a todos uma boa caminhada de Advento e informa-se também, a todos os interessados, que quem não tiver tido acesso ao Re.para em formato papel pode seguir as suas meditações diárias pelas redes sociais.

Humberto Martins, scj

 

[FAG id=11731]

plugins premium WordPress