Uma semana em Madagascar

Chega ao fim esta primeira semana em Madagáscar. Cheguei à capital, Antananarivo, na terça-feira, dia 10, à noite. O Padre Agostinho Clemente e um Confrade malgaxe foram buscar-me ao aeroporto internacional de Ivato, onde se passa uma verdadeira aventura desde que o avião aterra até que se consiga sair.

Se é assim habitualmente, ao que parece, torna-se bem mais difícil agora que o país está sob a pressão duma verdadeira epidemia (peste) que condiciona e muito a vida quotidiana. Além das formalidades habituais, há agora o controlo mais rigoroso da situação de saúde de quem chega.

Até agora os dias têm sido praticamente ocupados por viagens – ainda não dormi duas noites seguidas no mesmo lugar. Já deu para tudo: em Antananarivo celebrei com os nossos jovens religiosos, encontrei o nosso bem conhecido Ando (o Superior Regional está nos Camarões, na Conferência continental africana) e visitei a nossa Paróquia Nossa Senhora de Fátima e respetiva escola – esta só exteriormente, pois estava fechada devido à peste; o Padre Álvaro Gaspar trouxe-me de Antanarivo para Antsirabe e aí celebrei com os Noviços e Postulantes, visitei vacas e porcos e passei pela Universidade, igualmente fechada pela peste; o Padre Luís Dinis conduziu-me de Antsirabe a Ifanadiana, numa longa viagem, com algumas paragens pelo caminho, incluindo para controlo de saúde e para ver as artes em madeira de Ambositra.

O fim-de-semana foi passado por Ifanadiana e arredores, com o D. Alfredo Caires e o Padre Joaquim António. O destaque maior foi para as celebrações em Ranomafana: no sábado à noite celebrámos o centenário das Aparições de Fátima, com procissão de velas, apesar da chuva; no domingo estivemos toda a manhã em celebração – das 08:30 às 12:30 – ainda para celebrar Fátima, mas sobretudo para a celebração do sacramento da confirmação de cerca de 220 cristãos de Ranomafana e Kelilalina. Tive que falar brevemente à multidão em ambas as celebrações, em francês com tradução para malgaxe. Ficámos muito bem instalados no famoso Chez Gaspard, o complexo de bungalows que existe graças à criatividade, obra e arte de diversos Confrades portugueses. Não deu para ir à piscina de água quente, porque também esta estava fechada devido à peste.

Os próximos dias serão passados em Mananjary e no próximo fim-de-semana voltaremos para as grandes celebrações dos 25 anos da inauguração da igreja de Ifanadiana.

Os Confrades portugueses estão bem e os Confrades malgaxes que tenho encontrado também, enviando cumprimentos a todos os Confrades portugueses, especialmente os que trabalharam por estas terras.

José Agostinho Sousa

 

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