via-sacra – quinta semana

[Os Cânticos apresentados como sugestão são do Novo Cantemos Todos (NCT)

Editorial Missões, Cucujães, Portugal]

Ritos Iniciais

Cântico: No alto do Calvário (NCT, 90)

Refrão:
No alto do Calvário a Cruz proclama
A nova lei do amor e da justiça:
O Lado do Senhor está aberto
Como fonte perene de água viva

Adoremos o Pai omnipotente
E seu Filho, o Senhor que nos salvou,
E o Espírito de Deus que em fogo ardente
Purifica e renova os corações
Purifica e renova os corações.

Presidente – Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Assembleia – Amen.
Presidente – Irmãos, eleitos por vontade de Deus Pai mediante a santificação do Espírito para obedecer a Jesus Cristo e serdes aspergidos com o seu sangue, graça e paz em abundância estejam convosco.
Assembleia – Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.

Ou:
Presidente – Bendigamos o Senhor e aclamemos: Seja sempre bendito o nome do Senhor.
Assembleia – Seja sempre bendito o nome do Senhor.
Presidente – Bendito o Pai que nos amou até entregar o seu Filho à morte de cruz.
Assembleia – Seja sempre bendito o nome do Senhor.
Presidente – Bendito o Senhor Jesus Cristo, que nos amou até entregar a sua vida por nós.
Assembleia – Seja sempre bendito o nome do Senhor.
Presidente – Bendito o Espírito Santo, amor do Pai e do Filho, primeiro dom dado aos crentes pelo Senhor morto e ressuscitado.
Assembleia – Seja sempre bendito o nome do Senhor.

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Se é um leigo a presidir à celebração, depois do sinal da cruz convida os presentes a bendizer Deus:
Presidente – Irmãos e irmãs, bendigamos o Pai que nos manifestou o seu grande amor na Paixão do seu Filho. Aclamemos o Senhor dizendo:
Assembleia – Bendito seja Deus para sempre.
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Presidente – Façamos um momento de silêncio e peçamos ao Pai que nos ensine a seguir Cristo até à cruz, para também estarmos unidos a Ele na ressurreição.
(breve momento silêncio)

Presidente – Ó Deus, Pai de bondade, que não poupaste o teu Filho Unigénito, mas o entregaste por nós pecadores: abre-nos à escuta do evangelho da morte, sepultura e ressurreição, para que aceitando na nossa vida o mistério da cruz, possamos entrar na glória do teu reino. Por Cristo nosso Senhor.
Assembleia – Amen.

1ª Estação

O Coração trespassado (Jo 19,31-37)

Presidente – Nós Te adoramos e bendizemos, Senhor Jesus Cristo.
Assembleia – Que pela tua santa cruz remiste o mundo.

Leitor 1 – Como era o dia da Preparação da Páscoa, para evitar que no sábado ficassem os corpos na cruz, porque aquele sábado era um dia muito solene, os judeus pediram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados. Os soldados foram e quebraram as pernas ao primeiro e também ao outro que tinha sido crucificado juntamente. Mas, ao chegarem a Jesus, vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas. Porém, um dos soldados abriu-lhe o peito com uma lança e logo brotou sangue e água. Aquele que viu estas coisas é que dá testemunho delas e o seu testemunho é verdadeiro. E ele bem sabe que diz a verdade, para vós crerdes também. É que isto aconteceu para se cumprir a Escritura, que diz: Não se lhe quebrará nenhum osso. E também outro passo da Escritura diz: hão-de olhar para aquele que trespassaram.

Leitor 2 – Esta narração é típica de João. Ele dá muito valor aos detalhes: a pressa de dar o golpe de misericórdia pela aproximação da festa, o próprio testemunho oficial, o sangue e a água que saem do lado aberto, os olhares para o Trespassado. Testemunhar Jesus é sobretudo testemunhar o sentido da sua morte, desvendado na água e no sangue. As últimas gotas de sangue que saem do seu peito dizem que a sua vida foi totalmente oferecida. Com a oferta plena da sua vida (o sangue) é dada ali definitivamente a água viva – o Espírito – e a ligação à revelação da inefável paternidade de Deus, qual água que emana em nós pela vida eterna. Outros comentadores, no sangue e na água saídos do lado esquerdo de Cristo vêem os sacramentos da vida – o baptismo e a eucaristia – que fundam e alimentam a continuação da existência da Igreja.

(silêncio)

Leitor 3 – Ó Cristo Jesus, nós te bendizemos.

– Pelo teu corpo trespassado pela lança, agora levantado sobre todas as nações…
– Pelo teu sangue, que nos dá vida e é sinal de aliança…
– Pela água viva, que jorra do teu peito, seiva de vida que rega a terra…

Presidente – Senhor, Jesus Cristo, pela oblação total da tua vida e da tua morte, deste-nos o Espírito Santo, que recebemos de modo particular nos sacramentos. Nós te louvamos e bendizemos! A tua Cruz é a nossa salvação. O teu Coração aberto é a fonte da vida.
Assembleia – Amen.

Cântico: A morrer crucificado (NCT, 683)
Por meus crimes padecestes
Meu Jesus, por mim morrestes
Oh! Quão grande é minha dor!

2ª Estação

 

A sepultura no jardim (Jo 19,38-42)

Presidente – Nós Te adoramos e bendizemos, Senhor Jesus Cristo.
Assembleia – Que pela tua santa cruz remiste o mundo.

Leitor 1 – Depois disto, José da Arimateia, que era discípulo de Jesus, mas secretamente por medo das autoridades judaicas, pediu a Pilatos que lhe deixasse levar o corpo de Jesus. E Pilatos permitiu-lho. Veio, pois, e retirou o corpo. Nicodemos, aquele que antes tinha ido ter com Jesus de noite, apareceu também trazendo uma mistura de perto de cem libras de mirra e aloés. Tomaram então o corpo de Jesus e envolveram-no em panos de linho com os perfumes, segundo o costume dos judeus. No sítio em que Ele tinha sido crucificado havia um horto e, no horto, um túmulo novo, onde ainda ninguém tinha sido sepultado. Como para os judeus era o dia da Preparação da Páscoa e o túmulo estava perto, foi ali que puseram Jesus.

Leitor 2 – Na Paixão segundo S. João constantemente são evocados os símbolos: a realeza e as bodas. Jesus morre sobre o trono da sua cruz e é sepultado na terra. É como na tarde das bodas, quando o rei se une à sua noiva no tálamo nupcial. Com efeito, Deus nunca se tinha tornado assim tão próximo e íntimo connosco até experimentar a nossa morte, sendo Ele mesmo sepultado. A abundância dos perfumes usados por Nicodemos diz-nos que o corpo do Noivo está preparado para as bodas. Este túmulo é, pois, o tálamo da consumação do amor entre Deus e a humanidade, a sala do trono donde Deus manifesta a sua plena realeza, porque representa a medida do seu indefectível e vitorioso amor por nós.

(silêncio)

Leitor 3 – Bendito, Senhor Jesus!

– Pelo teu corpo trespassado, que canta as núpcias de Deus vivo com a humanidade…
– Pelo teu corpo ferido, entregue à terra…
– Pelo teu corpo divino, semente de vida, la
nçado à terra…

Presidente – Senhor, Jesus Cristo, na tua sepultura consuma-se o amor entre Deus e a humanidade. O teu corpo, lançado à terra, é semente de vida. Que saibamos corresponder a tudo quanto fizeste por nós, com uma vida de amor e de reparação, acolhendo o teu Espírito, unindo-nos à tua oblação ao Pai, solidarizando-nos contigo na obra da redenção.
Assembleia – Amen.

Cântico: A morrer crucificado (NCT, 683)
No sepulcro vos deixaram
Sepultados, vos choraram
Magoado o coração.

3ª Estação

 

Maria Madalena no jardim da ressurreição (Jo 19,11-18)

Presidente – Nós Te adoramos e bendizemos, Senhor Jesus Cristo.
Assembleia – Que pela tua santa cruz remiste o mundo.

Leitor 1 – Maria estava junto ao túmulo, da parte de fora, a chorar. Sem parar de chorar, debruçou-se para dentro do túmulo, e contemplou dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha estado o corpo de Jesus, um à cabeceira e o outro aos pés. Perguntaram-lhe: "Mulher, por que choras?" E ela respondeu: "Porque levaram o meu Senhor e não sei onde o puseram." Dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus, de pé, mas não se dava conta que era Ele. E Jesus disse-lhe: "Mulher, por que choras? Quem procuras?" Ela, pensando que era o encarregado do horto, disse-lhe: "Senhor, se foste tu que o tiraste, diz-me onde o puseste, que eu vou buscá-lo." Disse-lhe Jesus: "Maria!" Ela, aproximando-se, exclamou em hebraico: "Rabbuni!" -que quer dizer: "Mestre!". Jesus disse-lhe: "Não me retenhas, pois ainda não subi para o Pai; mas vai ter com os meus irmãos e diz-lhes: ‘Subo para o meu Pai, que é vosso Pai, para o meu Deus, que é vosso Deus.’" Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos: "Vi o Senhor!" E contou o que Ele lhe tinha dito.

Leitor 2 – Diante do sepulcro aberto, Maria de Madalena pára consternada e chora, como qualquer mulher em luto. O seu choro é certamente sinal do amor autêntico para com Jesus, mas também diz que ainda não se tinha aberto à luz da fé. Enquanto o seu olhar estiver fixado só no túmulo, Maria não poderá encontrar de verdade o Ressuscitado e ficará fechada à fé pascal. Tem que mudar dentro de si a atitude, tem que aprofundar em si mesma a busca de Jesus. No princípio ela procurava somente um cadáver transfigurado, um morto e não um vivo, enquanto a sua busca deveria ser dirigida para um Jesus vivo! Maria de Madalena tem que entender que ser testemunha do Ressuscitado não é um privilégio mas uma tarefa. Ela converte-se assim em símbolo da Igreja, na luz da Páscoa, que possui a revelação de Deus e tem o encargo de anunciar a glória do Evangelho ao mundo.

(silêncio)

Leitor 3 – Mestre e Senhor, estás verdadeiramente ressuscitado.

– Mestre e Senhor, enxuga as lágrimas da humanidade que morre.
– Mestre e Senhor, abre-nos os olhos e o coração com a fé na ressurreição.
– Mestre e Senhor, faz que sejamos testemunhas da boa nova da ressurreição.

Presidente – Senhor Jesus, ilumina-nos com a luz da fé para que te encontremos, vivo e glorioso, na tua Igreja, mas também na história do mundo e na nossa história pessoal, tornadas história da salvação, graças à tua presença misteriosa. Contemplando o teu rosto, anunciaremos ao mundo a Boa Nova da ressurreição.
Assembleia – Amen.

Cântico: A morrer crucificado (NCT, 683)
Vê agora lacrimosa
A Mãe Virgem dolorosa
Na mais viva compaixão.

Adoração da Cruz

 

(Terminadas as estações, o presidente coloca-se diante da cruz, colocada à entrada do presbitério, ladeada por duas velas. Depois de incensar a cruz, convida a assembleia a passar diante dela fazendo um gesto de adoração. Entretanto canta-se um cântico apropriado)

Cântico: Adoramos, Senhor, a vossa Cruz (NCT, 138)

Refrão:
Adoramos, Senhor, a vossa Cruz
Louvamos e glorificamos a vossa ressurreição
Pela árvore da Cruz veio a alegria ao mundo inteiro
Adoramos, Senhor, a vossa Cruz

Glorifica, Jerusalém, o Senhor
Louva, Sião, o teu Deus

Envia à terra a sua Palavra
Corre veloz a sua mensagem
Faz cair a neve com lã
Espalha a geada como cinza.

(Acabado o cântico e o gesto da adoração da cruz, o presidente diz a seguinte oração)

Presidente – Ó Deus, Consolador dos aflitos, Tu iluminas o mistério da dor e da morte com a esperança que resplandece da cruz de Cristo; faz que nas dificuldades do nosso caminho estejamos intimamente unidos à Paixão do teu Filho, para que se revele em nós a grandeza da sua ressurreição. Por Nosso Senhor Jesus Cristo Vosso Filho que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Assembleia – Amen.

Bênção final e despedida

Presidente – O Senhor esteja convosco.
Assembleia – Ele está no meio de nós
Presidente – Deus, que nos manifestou a grandeza do seu amor na Paixão do seu Filho, vos faça saborear a alegria do Espírito no humilde serviço aos irmãos.
Assembleia – Amen.
Presidente – Cristo Senhor que, com a sua cruz, nos salvou da morte eterna, vos conceda a vida sem fim.
Assembleia – Amen.
Presidente – Vós, que seguis Cristo humilhado e sofredor, possais um dia tomar parte na sua ressurreição.
Assembleia – Amen.
Presidente – E a bênção de Deus omnipotente, † Pai e Filho e Espírito santo, desça sobre vós, e convosco permaneça para sempre.
Assembleia – Amen.

Ou:
Presidente – Olha com amor, ó Pai, esta família, pela qual Jesus Cristo, nosso Senhor, não duvidou em entregar-se nas mãos do inimigo e padecer o suplício da cruz. Por Nosso Senhor Jesus Cristo Vosso Filho que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Assembleia – Amen.

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Se celebração é presidida por um leigo:
Presidente – O Senhor Jesus, que venceu a morte, nos abençoe e nos acompanhe no seu amor.
Assembleia – Amen.
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Cântico: Bendita e louvada seja (NCT, 684)
Vosso amável Coração
Pois que o abriu a lança
Convida a que n’Ele entremos
Cheios de mor confiança.

Refrão:
Padeceu grandes tormentos
Duros martírios na Cruz
Morreu para nos salvar
Bendito seja Jesus.

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