Angola: Festa do Coração de Jesus

A Festa do Coração de Jesus na Comunidade Dehoniana de Angola iniciou-se bem cedo. Enquanto que o sol teimava em aparecer, pois o cacimbo impede que o sol mostre a sua bravura logo pela manhã, cada confrade foi chegando à capela. Um pouco antes, o Bartolomeu, jovem aspirante, saiu para as aulas e o P. Domingos foi celebrar a Eucaristia às Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição.
Mas hoje tivemos mais motivos para fazer deste dia um dia especial. Também celebrámos o aniversário do P. Vicenzo Rizzardi. Solenizámos um pouco as Laudes do Coração de Jesus, claro que dentro do possível, pois exigir, logo de manhã, que as nossas vozes estejam a tão alto nível foi um pouco difícil. Mas lá conseguimos, com alguns esforço e boa vontade, sem ferir muito as melodias dos salmos e dos hinos.
Mas o ponto alto do dia foi mesmo a Eucaristia às 17:30 na sede da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário, a nós confiada desde 13 de Maio de 2004. A presidir à Eucaristia esteve o Bispo de Viana, D. Joaquim Ferreira Lopes, e a concelebrar estiveram o pároco, P. Domingos Pestana, os vigários paroquiais, P. Maggiorino Madella, P, Vicenzo Rizzardi e P. Amândio Rocha, e também o P. Jorge Alves, missionário de Luau, a recuparar em Luanda de um acidente de viação que teve há uma semana atrás.
Com a Igreja bem composta, iniciámos a Eucaristia. O coro, devidamente preparado e ensaiado, iniciou a procissão com um ritmo profundamente africano.
Na homilia, o Bispo situou a Festa do Coração de Jesus no calendário litúrgico, explicando a sua importância para a o povo cristão e, citando o P. Dehon, “cada cristão, cada dehoniano pode e deve beber do Amor de Deus”. Fez várias vezes referência aos escritos do P. Dehon, ajudando-nos a nós padres, e a todos os presentes, leigos e madres, a recentrar a nossa vida nesta espiritualidade do Amor de Deus, onde tudo começa na disponibilidade e termina na cruz, onde aí Ele nos mostra o quanto nos ama e como O devemos seguir. Rezámos também pela santificação dos sacerdotes.
Terminada a Eucaristia, já a noite tomava conta de tudo e de todos. A Igreja esvaziou-se rapidamente, fomo-nos despedindo das pessoas e a festa continuou, agora, noutra mesa. Um momento de confraternização e partilha.
Foi um dia profundamente dehoniano, onde estivemos unidos a todos e a cada dehoniano em particular. Seja qual for a parte do mundo e em que condições se celebra esta solenidade, uma coisa nos uniu a todos e nos fez esquecer dificuldades e anseios: o maior tesouro que o P. Dehon nos deixou, “o Coração de Jesus”.
Bem-haja a todos!

| Amândio Rocha, scj |
 

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