DOMINGO DA XXVIII SEMANA DO TEMPO COMUM – ANO A

Do Evangelho segundo S. Mateus (22, 1-10)

Naquele tempo,
Jesus dirigiu-Se de novo
aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo
e, falando em parábolas, disse-lhes:
“O reino dos Céus pode comparar-se a um rei
que preparou um banquete nupcial para o seu filho.
Mandou os servos chamar os convidados para as bodas,
mas eles não quiseram vir.
Mandou ainda outros servos, ordenando-lhes:
‘Dizei aos convidados:
Preparei o meu banquete, os bois e os cevados foram abatidos,
tudo está pronto: Vinde às bodas’.
Mas eles, sem fazerem caso,
foram um para o seu campo e outro para o seu negócio;
os outros apoderaram-se dos servos,
trataram-nos mal e mataram-nos.
O rei ficou muito indignado e enviou os seus exércitos,
que acabaram com aqueles assassinos e incendiaram a cidade.
Disse então aos servos:
‘O banquete está pronto, mas os convidados não eram dignos.
Ide às encruzilhadas dos caminhos
e convidai para as bodas todos os que encontrardes’.
Então os servos, saindo pelos caminhos,
reuniram todos os que encontraram, maus e bons.
E a sala do banquete encheu-se de convidados”.

“Convidai para as bodas todos os que encontrardes”. A parábola apresenta-nos um rei que organizou o banquete de casamento do seu filho. Convidou várias pessoas, que recusaram o convite com as mais inverosímeis desculpas. Alguns até assassinaram os emissários do rei… Situação muito grave! Esse rei enviou as suas tropas para castigarem os assassinos. Estamos perante uma provável interpretação da destruição de Jerusalém pelos exércitos romanos de Tito, no ano 70 depois de Cristo.
Apesar de tudo, o rei manteve a festa e mandou que fossem trazidos para o “banquete” todos aqueles fossem encontrados nas “encruzilhadas dos caminhos”. Com esses desclassificados, o rei celebrou as bodas do filho.
O sentido da parábola é óbvio… Deus é o rei que convidou Israel para o “banquete” dos tempos messiânicos, as bodas do “filho”. Os sacerdotes, os escribas, os doutores da Lei recusaram o convite e preferiram continuar agarrados aos seus esquemas. Então, Deus convidou para o “banquete” do Messias aqueles que, na perspetiva da teologia oficial, eram considerados pecadores, arredados da comunhão com Deus e o Reino.

Senhor, que as palavras do Evangelho deste dia nos ajudem a alargar, sem preconceitos, o coração a todos os homens.

Pensamento do Padre Dehon

Jesus chama a este festim as núpcias do Filho do Rei. O Rei convida os seus servos, que não vêm; convida então os desconhecidos, as pessoas de fora… Os servos eram o povo judeu. As pessoas de fora, somos nós. (ASC 642s.).