Carta aos que não puderam estar presentes
Caros irmãos
No passado dia 23, estivemos juntos em Alfragide, nós que fazemos parte da grande família jorrada do Coração de Jesus.
Todos os pretextos são bons para encontrar os parentes… Mas a comemoração dos 100 anos do regresso do pai Dehon ao Pai e o lançamento da celebração dos 150 anos da congregação que nos une é daquelas razões fortes que levam a superar dificuldades grandes
Não éramos muitos, mas fomos muito na eucaristia das(dos) doze, no almoço familiar, na harmonia dos sons das cordas e das vontades, na memória que nos trouxe a força do passado qual semente de futuro, na conversa quente, como ao redor da lareira.
São momentos assim que mostram o quanto vale a pena manter a alma grande, como disse o poeta.
Foi linda a festa, mas faltaste tu para ser ainda mais bela. É que o passado revivido é maior e mais formoso quanto mais partilhado.
Mas não acampamos no passado, irmão. Ele é importante de facto – até nos verbos há três, contrapostos ao singelo presente e ao diminuto futuro.
Nós temos de ser, porém, fermento e sal da terra e ninguém os quer ressessos e endurecidos pelos dias. Por isso, procuramos respostas, ideias, processos que atualizem o carisma e a luta do padre Dehon, que o nosso tempo está deles necessitadíssimo.
Junta-te a nós.
Já agora… confere na agenda o seguinte: no próximo ano, 14 e 15 de março são fim de semana. Que tal marcarmos já um novo encontro? Ao menos nessas datas, se não nos virmos antes.
Todos somos poucos na seara imensa que nos coube por herança.
Vivat Cor Iesu
Manuel Rocha
