Faleceu o padre Tarcisio Battista Rota

O P. Tarcisio Battista Rota nasceu no dia 28 de Abril de 1940, em Lallio, Bérgamo.

Fez os Primeiros Votos no dia 29 de Setembro de 1958, e foi Ordenado Presbítero no dia 21 de Junho de 1968.

Depois dos estudos teológicos e da Ordenação Presbiteral, desempenhou vários serviços: em Portugal, no Porto, como Director Espiritual (1968-1969); na Comunidade de Milão I como Secretário das Missões, envolvido também no cuidado pastoral das Trabalhadoras Domésticas Estrangeiras, como Secretário Provincial Adjunto e assistente espiritual da Legião de Maria. Trabalhou ainda nos Camarões.

Graças a uma abordagem prolongada e sistematizada organizou os Arquivos Provinciais da Itália.

Residia em Bolognano (Itália), e pertencia à Província da Itália do Norte.

Faleceu no dia 17 de Outubro de 2021, aos 81 anos.

 

Recordamos um breve testemunho seu.

Chamo-me Tarcisio Battista Rota. Estou cada vez mais convencido da palavra de Jesus: “Não fostes vós que me escolhestes, fui eu que vos escolhi” (Jo I5,I6). Os inícios da minha vocação remontam-se a I950, quando tinha dez anos e entrei na Escola Apostólica de Albino.

Uma motivação convincente para mim era o exemplo do meu irmão Giuseppe Rota, que, mais tarde, como padre Dehoniano trabalhou como pároco e como Reitor da Igreja do Loreto, em Lisboa. Dizia: “se ele consegue, também eu conseguirei”. Éramos os irmãos mais velhos. Depois de nós, viriam mais sete irmãos. Da família, ambos recebemos o dom de uma fé profunda e um abandono pleno à Providência.

As motivações espirituais, amadurecidas desde o noviciado, levavam-me a colocar no centro o Coração de Jesus, o amor à Eucaristia (em correspondência com o meu nome de baptismo: Tarcísio) e uma grande confiança em Maria.

Depois do normal currículo de estudos e tendo sido ordenado padre, surgiu em mim a vocação missionária (que pôde desenvolver-se quer no Secretariado das Missões, quer por quatro anos, nos Camarões) e o desejo de comprometer-me no âmbito social (ocupei-me por quatro anos, em milão, das Colaboradoras Familiares Estrangeiras).

Estes diferentes interesses abriram-me grandes horizontes, e deram-me a oportunidade de trabalhar: com a Província Portuguesa (como Formador e Director Espiritual, no Porto, no Seminário Missionário Padre Dehon); com a Província Francesa, nos Camarões; com a Província da Itália do Sul (colaborando na revista “Messis”); e, naturalmente, com a Província da Itália do Norte, onde me ocupo do Arquivo Provincial.

O que sempre me sustentou ao longo do caminho foi a grande luz que vem do carisma Dehoniano. Acho fascinante a expressão das nossas Constituições: “Do Coração de Cristo, aberto na cruz, nasce o homem de coração novo, animado pelo Espírito e unido aos seus irmãos na comunidade de amor, que é a Igreja” (CST 3). Estas palavras guiaram-me numa pequena busca que desembocou no pequeno livro “O Coração de Jesus partido no mundo” (Edições Dehonianas – Nápoles), enquanto o ideal missionário despertava na leitura de uma outra obra “Teologia africana” (Edições Dehonianas – Nápoles), onde descobri valores culturais e religiosos do Grande Continente.

A alegria mais bela é servir os irmãos, onde quer que eles estejam, vendo como tesouro cada dom que vem de Deus e do Coração de Jesus.

P. António Pedro Monteiro

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