Família Dehoniana

O Padre Leão Dehon, desde a fundação da Congregação, em 1878, quis partilhar o seu carisma, não só com os religiosos e sacerdotes do seu instituto, mas também com os sacerdotes diocesanos e com os leigos.

Em 1889 fundou uma associação de fiéis leigos de caráter diocesano, a Associação Reparadora. Mais tarde, fundou outra associação de leigos, esta de caráter pontifício: Adveniat Regnum Tuum, aprovada por Pio XI, em 1923.

Ao chegarem a Portugal, em 1946, os Sacerdotes do Coração de Jesus, Dehonianos, vindos da Itália, também quiseram, desde logo, associar leigos que colaborassem na sua ação pela amizade, pela oração e pela ajuda material. Assim, surgiu o grupo dos Benfeitores, por vezes organizados em Grupos Missionários.

Nas últimas décadas, tem surgido um número cada vez maior de movimentos, associações e outros organismos, que inspiram a sua vida e a sua ação no carisma da Congregação. São jovens e adultos, homens e mulheres, leigos e consagrados, que desejam orientar as suas vidas pelos princípios e valores contidos no carisma que o Padre Dehon nos legou, e colaborar na ação pastoral, missionária e social da Congregação.

Neste momento, em Portugal, além da Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus, há dois institutos seculares de consagradas que se inspiram no carisma dehoniano: a Companhia Missionária do Coração de Jesus, com os seus Familiares, e as Missionárias do Amor Misericordioso do Coração de Jesus, com os seus Associados. Além destes dois institutos, há diversos grupos de leigos: a Juventude Dehoniana, a Associação dos Leigos Voluntários Dehonianos, o grupo Evangelizar em Comunhão com Cristo e com a Ecclesia (ECCE), os Grupos Missionários, os Benfeitores, as Associações de Pais dos seminários e colégios dehonianos, a Associação dos Antigos Religiosos e Seminaristas Dehonianos, o Grupo SCJ/Sempre, formado por Antigos Religiosos e pelas Famílias Dehonianas. Outros grupos poderão surgir, porque o carisma dehoniano é um dom para toda a Igreja.

Na origem e desenvolvimento da Família Dehoniana, em diversos países do mundo, e concretamente em Portugal, está a graça, o estímulo e a perspetiva cristológica e eclesiológica do Vaticano II, que apresenta a Igreja como Povo de Deus, povo peregrino e empenhado no mundo e na história, na comunhão da caridade de todos os membros.

A Família Dehoniana é uma realidade viva e dinâmica, em permanente construção, centrada no carisma do Padre Dehon, que todos herdámos. Une-nos uma mesma espiritualidade e um pai espiritual comum, o Padre Dehon.

A Família Dehoniana está atenta à realidade sócio eclesial portuguesa em que se insere, comunga das grandes preocupações do País e da Igreja em Portugal, e dá o seu contributo para uma resposta adequada aos grandes desafios da atualidade. Como o Padre Dehon, tem sempre em vista a construção de uma sociedade caraterizada pela Justiça e pela Caridade, a Civilização do Amor.

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