19 de Agosto, 2022

S. João Eudes, Presbítero

S. João Eudes, Presbítero


19 de Agosto, 2022

S. João Eudes nasceu em França, em 1601. Tendo estudado num colégio dos Jesuítas, acabou por entrar no Oratório de Paris, em 1624, onde foi iniciado na espiritualidade por Bérulle e Condren. Dedicou-se à pregação de missões populares e ao ministério do confessionário. Em 1642 fundou a congregação dos Eudistas e a de Nossa Senhora da Caridade, que tiveram importante papel na divulgação da devoção ao Sagrado Coração de Jesus. João Eudes foi o autor dos primeiros textos para a celebração litúrgica dos sagrados Corações de Jesus e de Maria. Faleceu em 1680.

Lectio

Primeira leitura: Efésios 3, 14-19

Irmãos: Eu dobro os joelhos diante do Pai, 15do qual recebe o nome toda a família, nos céus e na terra: 16que Ele vos conceda, de acordo com a riqueza da sua glória, que sejais cheios de força, pelo seu Espírito, para que se robusteça em vós o homem interior; 17que Cristo, pela fé, habite nos vossos corações; que estejais enraizados e alicerçados no amor, 18para terdes a capacidade de apreender, com todos os santos, qual a largura, o comprimento, a altura e a profundidade... 19a capacidade de conhecer o amor de Cristo, que ultrapassa todo o conhecimento, para que sejais repletos, até receberdes toda a plenitude de Deus.

Toda a família, isto é, qualquer grupo que possamos imaginar, nos céus e na terra, tem por autor o mesmo e único Deus. O internacionalismo de Paulo é absoluto e universal. No império romano eram toleradas, e até apoiadas, todas as religiões, na condição de que não pretendessem ser internacionais. Paulo tinha consciência de ser instrumento de uma irrupção do divino, que o impelia a percorrer o caminho do universalismo absoluto. Mas desconhecia as consequências sociais e políticas da sua cosmovisão religiosa. O Apóstolo fala do "homem interior" que terá de ser "fortificado pelo Espírito". Vislumbra a grandiosidade da meta para a qual se dirige a partir da saída de si mesmo. Só através da fé os cristãos poderão "apreender qual a largura, o comprimento, a altura e a profundidade" (v. 18) de algo que é indizível, "o amor de Cristo, que ultrapassa todo o conhecimento" (v. 19), até ficarem "repletos de toda a plenitude de Deus" (v. 19).

Evangelho: da féria (ou do Comum)

Meditatio

O Padre Eudes, a maravilha do seu século, no dizer de M. Olier, depois de ter penetrado até ao mais íntimo das almas de Jesus e de Maria e depois de ter perscrutado os seus mistérios, tão tardou a encontrar um alimento para a sua piedade na devoção aos Sagrados Corações de Jesus e de Maria. Esclarecido pelas luzes sobrenaturais da Irmã Maria des Vallées e provavelmente também pelas suas próprias revelações, não quis ter outra meta para o seu amor e para as suas homenagens senão estes Corações Sagrados, Resolveu consagrar a sua vida a estabelecer e a propagar o culto destes dois Corações, que uniu como fazendo um só todo moral, considerando-os como um mesmo Coração em unidade de espírito, de sentimento, de vontade e de afeto. Começa a sua propaganda em 1640, e a primeira grande revelação de Margarida Maria não data senão de 1673. «Ele foi, diz o Padre Regnault (diretor do Mensageiro do Sagrado Coração), um zelador excecional ao qual cabe a honra insigne de ter sido o primeiro a trabalhar na propagação do culto do Sagrado Coração». - «O Padre Eudes, diz o cardeal Perraud, foi suscitado por Deus para preparar o mundo cristão a receber a grande devoção da qual uma revelação miraculosa devia confiar mais tarde o apostolado à visitandina de Paray».
O Padre Eudes começou por fundar duas congregações, consagradas aos sagrados Corações de Jesus e de Maria. A sua Congregação de Padres propagou esta devoção em várias dioceses. Depois erigiu confrarias dedicadas à mesma devoção e obteve para elas a aprovação da Santa Sé. Fundou várias capelas em honra dos dois Sagrados Corações. A de São Salvador, na diocese de Coutance, é designada numa bula de Clemente X sob o nome preciso de igreja do Coração de Jesus e de Maria. A sua construção deu lugar às ofertas mais generosas da parte de todas as classes da sociedade. O Padre Eudes preparava assim o público, em França, para receber as manifestações de Paray-le-Monial.
Até 1670, o Padre Eudes tinha unido mais ou menos constantemente os dois Corações do Filho e da Mãe, considerando-os na sua união moral. A partir desta altura, faz de cada um destes Corações objeto de um culto especial.
O Padre Eudes redige então esta missa deliciosa do Sagrado Coração que se chamou a missa do fogo tanto é animada por um amor ardente. Foi aprovada em várias dioceses. Escreve o seu belo ofício, que exprime tão bem o espírito suave e terno de Jesus, e que nos revela, como diz o Padre Le Doré, os tesouros de mansidão, de misericórdia e de bondade que encerra o Coração tão cheio de amor do divino Mestre. São como outros tantos jatos de fogo que se escapam uns atrás dos outros do Coração de Jesus e da alma que canta o seu amor, as suas grandezas e os seus encantos.
Várias comunidades religiosas adotaram o ofício da missa, nomeadamente as beneditinas do Santíssimo Sacramento e a abadia de Montmartre.
No seu livro sobre o Coração adorável de Jesus, publicado em 1670, o Padre Eudes exprime já todos os sentimentos que Margarida Maria devia receber diretamente do Coração de Jesus, pouco tempo depois.
Como ela, une a reparação ao amor. Diz-nos que um dos sentimentos do Coração de Jesus que mais merece ser objeto da nossa devoção é esta imensa dor de que está penetrado desde a sua agonia até ao Calvário, e que o inundaria todos os dias, se a dor pudesse entrar no céu.
Mostra-nos também no Coração de Jesus o altar de ouro do divino amor, a cidade de refúgio das almas provadas, e ensaiado já o tesouro de todas as graças e de todas as reparações. (Leão Dehon, OSP 4, p. 171s.).

Oratio

Senhor, com S. João Eudes, como com todos os apóstolos do vosso divino Coração, consagro-vos o meu coração, para o entregar ao vosso amor e à reparação que esperais dos vossos amigos. Ámen. (Leão Dehon OSP 4, p. 172).

Contemplatio

Jesus comunica-nos a sua vida divina unindo-se a nós pela graça: «Eu sou a vida, diz, e vim para a espalhar nas almas» (Jo 10, 10). - «Eu vivo e vós viveis da minha própria vida» (Jo 4, 19). - «Quem tem o Filho de Deus em si, tem a vida» (Jo 5, 12). É pelo seu Coração que Jesus nos comunica a sua vida divina. «Este Coração sagrado, diz o Padre Eudes, é o princípio da vida não só do Homem-Deus, mas da mãe e dos filhos de Deus. - O Coração espiritual de Jesus, isto é, a sua alma santíssima, unido à sua divindade, é o princípio da sua vida espiritual e moral. - É também o princípio da vida da Mãe de Deus. O Filho-Deus recebia de Maria a vida material e transmitia-lhe a vida espiritual e sobrenatural. - O Coração de Jesus é também o princípio da vida sobrenatural de todos os filhos de Deus. Como é a vida do chefe, é também a vida dos membros. Em Jesus, diz S. Tomás, está a plenitude da graça ou da vida das almas. Ela está depositada no seu Coração, como num reservatório universal, de onde ela corre para a humanidade a fim de a santificar». Nosso Senhor disse-nos isso várias vezes: «Se alguém me ama, o meu Pai amá-lo-á, e nós viremos a ele, e faremos nele a nossa morada» (Jo 14, 23). Jesus habita em nós pela sua graça, e o seu Coração une-se ao nosso coração para aí se tornar o princípio vivo da vida espiritual e divina em nós (Père Eudes: Le royaume de Jesus, et le coeur admirable de Marie). (Leão Dehon, OSP 3, p. 508).

Actio

Repete muitas vezes e vive hoje a palavra:
"Cristo habite, pela fé, nos vossos corações" (Ef 3, 17).

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S. João Eudes, Presbítero (19 Agosto)

XX Semana - Sexta-feira - Tempo Comum - Anos Pares

XX Semana - Sexta-feira - Tempo Comum - Anos Pares


19 de Agosto, 2022

Tempo Comum - Anos Pares
XX Semana - Sexta-feira

Lectio

Primeira leitura: Ezequiel, 37, 1-14

1A mão do Senhor desceu sobre mim; então, conduziu-me em espírito e colocou-me no meio de um vale que estava cheio de ossos. 2Fez-me passar junto deles, à sua volta, e eis que eles eram muitos sobre o solo do vale; e estavam completamente ressequidos. 3O Senhor disse-me: «Filho de homem, estes ossos poderão voltar à vida?» Eu respondi: «Senhor Deus, só Tu o sabes.» 4Ele disse-me: «Profetiza sobre estes ossos e diz-lhes: Ossos ressequidos, ouvi a palavra do Senhor. 5Assim fala o Senhor Deus a estes ossos: Eis que vou introduzir em vós o sopro da vida para que revivais. 6Dar-vos-ei nervos, farei crescer a carne que revestirei de pele e depois dar-vos-ei o sopro da vida, para que revivais. Sabereis assim, que Eu sou o Senhor.» 7Profetizei, segundo a ordem recebida. E aconteceu que, enquanto eu profetizava, ouviu-se um ruído, depois um tumulto ensurdecedor; entretanto, os ossos iam-se juntando uns aos outros. 8Olhei e eis que se formavam nervos, a carne crescia, e a pele cobria-os por cima; mas neles não havia espírito. 9Então, Ele disse-me: «Profetiza! Profetiza, filho de homem, e diz ao espírito: Assim fala o Senhor Deus: 'Espírito, vem dos quatro ventos, sopra sobre estes mortos, para que eles recuperem a vida'.» 10Profetizei como me era ordenado e, imediatamente, o espírito penetrou neles. Retomando a vida, endireitaram-se sobre os pés; era um exército muito numeroso. 11Ele disse-me: «Filho de homem, esses ossos são toda a casa de Israel. Eles dizem: 'Os nossos ossos estão completamente ressequidos, a nossa esperança desvaneceu-se; ficámos reduzidos a isto.' 12Profetiza, por conseguinte, e diz-lhes: Assim fala o Senhor Deus: Eis que abrirei as vossas sepulturas e vos farei sair delas, meu povo, e vos reconduzirei à terra de Israel. 13Então, reconhecereis que Eu sou o Senhor Deus, quando abrir as vossas sepulturas e vos fizer sair delas, ó meu povo. 14Introduzirei em vós o meu espírito e vivereis; estabelecer-vos-ei na vossa terra. Então, reconhecereis que Eu, o Senhor, falei e agi» - oráculo do Senhor.

A impressionante visão dos ossos ressequidos e reanimados torna-se uma parábola para responder às queixas de Israel. O texto é composto por duas partes: a visão (vv. 1-10) e a sua explicação (vv. 11-14). A visão acontece em Babilónia, talvez na planície onde viviam os israelitas exilados, e onde Ezequiel já tinha visto a «glória de Deus». O profeta vê um espectáculo desolador: um montão de ossos ressequidos e calcinados, ossos de muitos dias, morte por toda a parte. O Senhor faz a Ezequiel uma pergunta aparentemente absurda: «poderão estes ossos voltar à vida?». O profeta responde: «Senhor Deus, só Tu o sabes» (v. 3). Então, o Senhor manda Ezequiel profetizar sobre os ossos. Aqueles resíduos humanos têm de "ouvir", mais uma vez, a palavra divina e "saber" que Ele é o Senhor (v. 4). O profeta usa uma linguagem concreta e cheia de dinamismo: ruah-vento-espírito, sopro animador nas quatro direcções, vida por toda a parte: «o espírito penetrou neles. Retomando a vida, endireitaram-se sobre os pés» (v. 10). A palavra de Deus torna-se realidade. Estamos no eixo central da visão, da parábola e da teologia desta passagem do livro de Ezequiel.
Depois, vem a explicação, dada pelo Senhor: os ossos são os exilados, privados de vida e de esperança (vv. 11s.). Deus garante-lhes que irá realizar o prodígio da sua restauração. À imagem dos ossos revitalizados, Deus acrescenta outras para reforçar a ideia do seu poder (v. 13). Para o poder divino não há situações desesperadas, irreversíveis.

Evangelho: Mateus, 22, 34-40

34Naquele tempo, os fariseus, ouvindo dizer que Jesus reduzira os saduceus ao silêncio, reuniram-se em grupo. 35E um deles, que era legista, perguntou-lhe para o embaraçar: 36«Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?» 37Jesus disse-lhe:Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente. 38Este é o maior e o primeiro mandamento. 39O segundo é semelhante: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. 40Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.»

Depois da questão sobre o tributo a César (22, 15-22), da questão sobre a ressurreição dos mortos (22, 23-33), postas pelos saduceus, ricos e poderosos, entram em cena os fariseus, doutos e observantes. Estes perguntam qual é o maior mandamento da Lei. Perdidos na floresta das leis, aparentemente, queriam saber qual o princípio supremo que tudo justifica e unifica. Mas eram movidos por uma intenção que não era recta: interrogaram Jesus «para o embaraçar» (v. 35). Tinham resumido as muitas leis da Tora em 613 preceitos, 365 proibições e 248 mandamentos positivos. Mas, ainda assim, fazia sentido procurar saber «qual é o maior mandamento da Lei» (v. 36). Na sua resposta, Jesus não se coloca na lógica da hierarquia dos mandamentos. Prefere ir à essência da Lei, orientando para o princípio que a inspira e para a disposição interior com que deve ser observada: o amor, na sua dupla vertente, isto é, para com Deus e para com o próximo (vv. 37ss.). Jesus refere-se a Dt 6, 5, onde são sublinhadas a totalidade, a intensidade e a autenticidade do amor a Deus: «com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente» (v. 37). Ao lado do amor a Deus, e ao mesmo nível, Jesus coloca o amor ao próximo. Não se podem separar as duas dimensões do mandamento que sintetiza «toda a Lei e os Profetas» (v. 40).

Meditatio

Ezequiel apresenta-nos o quadro horripilante de uma planície coberta de ossos ressequidos e calcinados. Deus manda-lhe profetizar sobre esses ossos, para lhes anunciar uma surpreendente transformação. À palavra do profeta, esses ossos entram em movimento, organizando-se em esqueletos e cobrindo-se de nervos, de carne e de pele. Mas ainda são apenas cadáveres, porque não respiram. Então é ordenado a Ezequiel que volte a profetizar, para invocar o Espírito: «Profetiza! Profetiza, filho de homem, e diz ao espírito: Assim fala o Senhor Deus: 'Espírito, vem dos quatro ventos, sopra sobre estes mortos, para que eles recuperem a vida'» (v. 9). O Espírito de Deus, veio, penetrou nos corpos e reanimou-os: «Retomando a vida, endireitaram-se sobre os pés; era um exército muito numeroso» (v. 10).
Deus começou por perguntar ao profeta: «Filho de homem, estes ossos poderão voltar à vida?»(v. 3). A resposta mais espontânea seria: «Não. Não é possível». Mas Ezequiel, que conhecia o poder de Deus, e que só Ele toma a decisão definitiva, respondeu: «Senhor Deus, só Tu o sabes» (v. 3). Deus é capaz de dar nova vida a um povo desfalecido e sem esperança, ainda que as circunstâncias não o deixem prever: «Assim fala o Senhor Deus: Eis que abrirei as vossas sepulturas e vos farei sair dela
s, meu povo, e vos reconduzirei à terra de Israel. Então, reconhecereis que Eu sou o Senhor Deus, quando abrir as vossas sepulturas e vos fizer sair delas, ó meu povo» (v. 12-13). A ressurreição de que fala este texto á apenas metafórica. Apesar de ser um prodígio do poder de Deus, não é ainda a ressurreição dos mortos, que decorrerá da Ressurreição de Cristo. Mas aponta para ela, uma vez que um oráculo profético não se esgota nas interpretações imediatas.
A resposta de Jesus sobre o maior dos mandamentos não soou a muito nova e original, aos ouvidos do doutor da lei, que interrogou Jesus «para o embaraçar» (v. 35). Mas será que o doutor entendeu a resposta? As noções, que não são vitalmente assumidas, podem comparar-se aos ossos ressequidos da visão de Ezequiel: são tantas que enchem um vale. Mas são áridas, calcinadas, amontoadas desordenadamente, sem carne nem nervos, sem espírito de vida.
A profecia de Ezequiel realiza-se perfeitamente com a vinda de Cristo. É Ele que revitaliza a humanidade ressequida e calcinada pelo pecado e pelas suas consequências. É Ele o homem de coração novo. Para nos dar a vida nova, Cristo pregou na Sua cruz o nosso homem velho: «Sabemos bem que o nosso homem velho foi crucificado com Ele, para que... não fôssemos escravos do pecado» (Rm 6, 6) e, em Cristo ressuscitado, fôssemos revestidos do homem novo, «criado segundo Deus na santidade verdadeira» (Ef 4, 24). O homem novo foi dotado do Espírito: «O amor de Deus foi derramado nos nossos corações, por meio do Espírito Santo que nos foi dado» (Rm 5, 5). Assim pode viver a vida nova, em Cristo, o Homem novo.

Oratio

Senhor, derrama sobre nós o teu Espírito, para que não permaneçamos ossos ressequidos, corpos sem vida na sociedade, na comunidade, na família. A superficialidade, a banalidade, o frenesim, que tantas vezes nos caracterizam, apenas escondem o vazio que nos preenche. Manda o teu Espírito, para que não desfaleçamos no tédio, na frieza, nas relações estéreis, entre as ruínas de ideologias desmoronadas, e entre os farrapos dos nossos sonhos desfeitos. Viestes para nos dar a vida, e dá-la em abundância. De Ti a esperamos! Amen.

Contemplatio

Jesus é a vida da nossa alma. - No cristão há duas vidas: a vida natural e puramente humana, vinda de uma fonte natural e humana e cujas operações e destinos são apenas naturais e humanos. Faz de nós filhos dos homens. Chama-se também a vida terrestre ou o velho homem. Mas há também a vida sobrenatural e divina, vinda de Deus pelo Espírito Santo, merecida e dada às nossas almas pelo sangue do Coração de Jesus; as suas operações e os seus destinos são sobrenaturais e divinos. Faz de nós filhos de Deus. Chama-se também a vida espiritual, a vida celeste, a vida nova, o homem novo (Jo 1, 12). Esta vida é derramada nas nossas almas pelo Espírito Santo que a vem formar em nós no baptismo, e que permanece em nós para a guardar e para a desenvolver até à formação do homem perfeito. É pela sua misericórdia, diz S. Paulo, que Deus nos faz renascer pelo baptismo, renovando-nos no Espírito Santo. Este Espírito, derramou-o sobre nós com abundância, por Jesus Cristo Nosso Senhor, a fim de que, justificados pela sua graça, sejamos, segundo a nossa esperança, herdeiros da vida eterna (Tit 3,5). (Pe. Dehon, OSP 4, p. 182).

Actio

Repete frequentemente e vive hoje a Palavra:
«Eu sou a ressurreição e a vida» (Jo 11, 25).

| Fernando Fonseca, scj |

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