Maio em Alfragide

Maio é sempre um mês especial na nossa casa, tantas e tão variadas são as actividades e iniciativas. Se já era costume ser assim nos anos anteriores, este ano foi ainda mais especial.

Começou, como tem acontecido nos últimos anos, com o passeio anual. Não foi possível a participação de toda a comunidade, mas foi o grupo dos estudantes e o formador. Foram até ao Algarve e deram um salto a Sevilha. Aproveitaram para conhecer melhor algumas das belezas do Sul do País, confraternizaram com a nossa comunidade do Algarve e visitaram a bela e histórica cidade de Sevilha. Foi um fim-de-semana bem passado, em convívio fraterno e enriquecimento cultural e turístico.

Mas este ano o mês de Maio ficou sem dúvida marcado pela visita do Papa a Portugal. E a comunidade participou activamente nessa visita. Participámos em grande número na celebração da Eucaristia no Terreiro do Paço, e alguns foram saudar o Papa na sua chegada a Portugal e junto da Nunciatura Apostólica. Fomos quase todos a Fátima – o Pe Armando tinha ficado “preso” pela famosa nuvem vulcânica na Madeira – e houve até alguns, inclusive o Superior, que lá chegaram depois de dias a caminhar, numa Peregrinação feita a partir da Paróquia do Bairro da Boavista, com mais 40 peregrinos. Terminada a visita, as opiniões eram unânimes: surpreendeu pela positiva, excedeu largamente as expectativas, mudou consideravelmente a imagem que muitos tinham de Bento XVI. Ficou uma lufada de ar fresco e uma mensagem de confiança e de esperança, para a Igreja em Portugal e para o próprio país.

Ainda não tínhamos “aterrado” da visita do Papa e eis que era necessário preparar a Festa dos Amigos e Benfeitores da casa. Foi logo no Domingo a seguir, como é costume. Juntou multidões, vindas um pouco de todo o lado, especialmente do Algarve. Foi ocasião para manifestarmos a nossa gratidão, não apenas aos presentes, mas aos muitos milhares de benfeitores que continuam a tornar possível a vida e missão da nossa casa. Houve festa rija, com momentos de oração, de convívio, de encenações e de canções; como de costume, tudo terminou à volta da já tradicional e obrigatória feijoada. Ao fim de um dia de grande movimento e festa, os sentimentos eram de gratidão, uns aos outros, mas especialmente ao Senhor da Messe, que nos concede a graça de prosseguir a missão que nos confiou.

De evento em evento, chegámos ao encerramento do torneio de futebol “Jesus Nika”, iniciativa que leva o seu terceiro ano de existência. É uma oportunidade para promover mais e melhor convívio entre os diversos Seminários, residências religiosas e Faculdades da Universidade Católica. À terceira foi de vez, e o troféu de campeão ficou finalmente em casa. E até as “segundas linhas” conseguiram o feito de ganhar um jogo e evitar o último lugar da classificação. Embora possa parecer um lugar-comum, o sentimento que ficava é que o mais importante não era quem tinha ganho ou perdido, mas a ocasião para estreitar laços e aprofundar o convívio e a amizade entre os diversos participantes.

Para que o mês fosse mesmo “non stop”, só faltava mesmo o Encontro de ex-SCJ, que aconteceu no último Domingo de Maio. Vieram alguns dos que nunca costumam faltar a estas coisas, mas apareceram também outros menos habituais, vindos inclusive do Brasil e dos Açores. Houve muita partilha, muita alegria, muito “recordar velhos tempos”. Os jovens de Outurela brindaram o pessoal com uma bela encenação, no momento de agradável convívio passado no auditório. O dia havia de terminar com os mais corajosos a disputar um longo jogo de futebol. Notava-se aqui e ali alguma “ferrugem” dos muitos anos de paragem, uma ou outra barriguita mais proeminente, mas todos se foram aguentando, sem lesões graves, até porque o jogo teve a discipliná-lo a rigorosa arbitragem do Superior.

Foi, de facto, um mês em cheio. Agora o tempo é para outras aventuras, pois os exames de final de semestre chegaram em força.

» José Agostinho Sousa, scj
 

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