Eram 6h32 do dia 1 de Outubro de 2010. O avião da TAP aterrava em Luanda. O Jorge e eu suspirámos de alívio. Tínhamos chegado bem ao nosso destino. Hoje recordamos com entusiasmo as nossas corridas no aeroporto de Lisboa para encontrar a porta 45… Nunca mais tinham fim aqueles corredores! Já dentro do avião, e como era a primeira vez que ambos viajávamos, assustava um pouco ver aquele interior em forma de cápsula. Depois de descolar com um atraso de quase uma hora, tudo foi pacífico, pelo menos até a passagem sobre o deserto do Sarah. Eram cerca das 3 horas das madrugada e o avião tremia por todos os lados. Uma Irmã que viajava a meu lado, residente há 20 anos em Angola dizia-me: “Hoje até está a ser calmo!” Tranquilizei-me, pelo menos aparentemente.
Já aqui em Angola, fiquei surpreendido com alegria que vi logo no primeiro dia e que continuo a ver no rosto das pessoas com quem me cruzo. E tanto o Jorge Couto, como eu, já salientámos este aspecto na própria comunidade do Km9, onde me encontro.
Toda a comunidade recebeu-nos de braços abertos e em festa.
Hoje, de madrugada o Irmão Jorge, (passou de “prefeito” a “irmão”), partiu para a sua comunidade no Luau, a mil e tal quilómetros desta comunidade, a Casa Padre Dehon. Sabemos que já se encontra na nova comunidade e com muitas iniciativas a desenvolver.
Fica, pois este breve resumo do que foi a nossa chegada a Angola, no primeiro dia daquele que é designado “Mês das Missões”. Foi uma feliz coincidência, mas que ficará gravada para sempre nos nossos corações.
Contamos com as vossas orações, porque as nossas comunidades missionários têm-vos presentes nas suas orações.
» Igor Oliveira, scj