Padre Manuel de Gouveia: da terra para o céu…

13 de Outubro de 2006. Dia de oração e de meditação. Autêntico dia de retiro na companhia do nosso querido Padre Manuel de Gouveia. Desceu à sepultura na terra para ressuscitar na glória do céu e ficar na companhia do Coração de Jesus! Um Hino à Vida!

10 horas. Vindo do Hospital do Funchal, chega à capela do Colégio Missionário Sagrado Coração, devidamente preparada para o receber, o corpo do Padre Manuel de Gouveia. Após breve e fecundo silêncio orante, feito de dor e esperança, rezámos a oração do Rosário nos Mistérios Gloriosos. Acreditamos que ele está vivo na comunhão do Pai. Continuámos a oração em comum com o Ofício de Leitura, presidido pelo Superior Provincial. Presentes alguns familiares e amigos, confrades e seminaristas do Colégio Missionário. Continuámos a viver este dia na oração, alternando momentos de silêncio com tempos comuns de oração.

14 horas. Uma hora antes da grande celebração do dia, a Eucaristia, rezámos a Hora Intermédia, seguida da leitura de alguns testemunhos. O Padre Fernando Ribeiro testemunhou a caminhada do Padre Manuel de Gouveia, desde a entrada no Seminário, passando pelo tempo de Noviciado que viveram juntos, até ao dia de hoje. O Superior Provincial continuou com a partilha de alguns testemunhos, entre eles as comoventes e muito fraternas palavras do Padre Elio Greselin, Superior Provincial de Moçambique, a cuja Província pertencia juridicamente o nosso confrade falecido.

15 horas. Eucaristia presidida por D. Teodoro de Faria, Bispo do Funchal, ladeado por vários confrades dehonianos e sacerdotes diocesanos. O coro dos seminaristas do Colégio Missionário entoou cânticos apropriados, na mesma capela onde o Padre Manuel de Gouveia havia celebrado 50 anos de Vida Religiosa quinze dias antes.
Na homilia, o Senhor Bispo apontou para o sentido pleno da Vida na vivência das Bem-aventuranças. Recordou a vida do grande missionário que foi o Padre Manuel de Gouveia, “um missionário de mão cheia”, “um missionário do Sagrado Coração de Jesus”, “um missionário de Santo António da Serra, terra de vocações sacerdotais e missionárias”. Acenou com emoção à origem da vocação do Padre Manuel de Gouveia, nas palavras do Padre Canova, um dos fundadores da Província Portuguesa: ele não queria ser padre, queria ser missionário! Afinal, foi um grande padre missionário! Recordou a boa tradição missionária da Madeira. Apresentou as suas condolências solidárias aos membros da Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus e aos familiares do Padre Manuel Gouveia.
No final da celebração, o Superior Provincial deu graças a Deus pela presença de tantos familiares, amigos e confrades, em particular o Senhor Bispo; expressou a solidariedade orante do Superior Geral, de vários Bispos Dehonianos (D. Tomé, Arcebispo de Nampula, D. Manuel Quintas, Bispo do Algarve, D. António Braga, Bispo de Angra, e D. Alfredo Caíres, Bispo de Mananjary), dos confrades e comunidades dehonianas de Portugal, Moçambique, Madagáscar, Angola e Itália; terminou, lendo a mensagem profundamente agradecida do Superior Geral ao grande e simples missionário que foi o Padre Manuel de Gouveia em Moçambique durante quarenta anos e, no último ano de doença, na Casa Provincial. Continuará a sê-lo na eternidade, a interceder para que o Senhor nos continue a dar santos e muitos missionários!
A terminar, o Senhor Bispo presidiu à encomendação do corpo do Padre Manuel de Gouveia. E seguimos em peregrinação para o cemitério paroquial do Santo da Serra.

17.30 horas. Na presença de muitos amigos, o corpo do Padre Manuel de Gouveia desceu à sepultura da sua terra natal, para permanecer no céu, sua morada permanente!

Agradeço a Deus por nos ter concedido este belo dia de autêntica comunhão com o Padre Manuel de Gouveia!
Agradeço a Deus a dedicação da comunidade do Colégio Missionário que acompanhou os últimos quinze dias da vida terrena do Padre Manuel de Gouveia e nos ajudou a celebrar este dia de partida para a vida eterna!
Agradeço a Deus o dom da Vida Consagrada que nos concedeu para ser entregue em oblação quotidiana e permanente, à medida do nosso querido irmão Manuel de Gouveia!

Neste obrigado, comungo das palavras do nosso confrade D. António Braga:
A morte do Padre Manuel de Gouveia é o derradeiro “acto de oblação” de uma vida consagrada ao Coração de Jesus, ao serviço do Reino. Descanse em paz!

Unido no Coração de Jesus,

P. Manuel Joaquim Gomes Barbosa, scj
Superior Provincial LU
 

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