Pe. Ivo Tonelli – 21-03-1982

(fundador da Obra ABC)

O Pe. Ivo Tonelli nasceu a 25 de Janeiro de 1921, em Castellucio, Módena (Itália). Frequentou a Escola Apostólica de Albino de 1938 a 1942. Fez a primeira profissão a 29 de Setembro de 1943. Estudou Filosofia em Foligno no ano lectivo de 1943/44. Devido à sua débil saúde, e à guerra, esteve em casa da sua família de 1944 a 1946. Continuou depois os estudos teológicos em Bolonha, onde foi ordenado sacerdote a 24 de Junho de 1951. Em Outubro de 1952 iniciou a sua actividade pastoral como educador dos aspirantes a Irmãos Cooperadores, em Albisola. Em Abril de 1958 veio trabalhar para o Colégio Camões, em Coimbra. Em 1960, fez parte da equipa SCJ que tentou lançar o Colégio de S. João, em Coimbra. Em 1961 foi para o Seminário de Nossa Senhora de Fátima, em Brás Oleiro, Águas Santas, acumulando esse cargo, desde 1963, com o lançamento da Obra ABC. A partir de 1968 pôde dedicar-se completamente à Obra. Em Janeiro de 1975, com sacrifício da sua saúde e da sua própria Obra, aceitou o pedido do Bispo do Porto para dirigir também a Obra do Pe. Grilo, em Matosinhos. Em 1980 a Obra do Pe. Grilo passou a ser dirigida pelo Pe. Miguel Corradini, podendo o Pe. Ivo dedicar-se totalmente à Obra ABC.
Desde os tempos de estudante de Teologia em Bolonha, o Pe. Ivo interessava-se pelo apostolado entre as crianças abandonadas. Em Albisola acentuou-se esse interesse. Em Coimbra, a sua actividade estendia-se para além das paredes do Colégio Camões. E, a partir das suas viagens ao estrangeiro, sobretudo a Inglaterra, vai amadurecendo a ideia de concretizar em Portugal uma das opções apostólicas preferenciais da Congregação: “o ministério entre os pequenos e os humildes…”. Tal foi a herança e o desafio que o Pe. Ivo Tonelli deixou à Província ao finar-se silenciosamente a 21 de Março de 1982, como silenciosa fora a sua dedicação total às crianças pobres e abandonadas .

Pensamento do Padre Dehon

“Nas obras de apostolado, devemos preferir as que podem ser mais queridas ao Coração de Jesus: o serviço dos sacerdotes, a sua formação e santificação, a educação das crianças e a dedicação aos operários e pobres.
Servimos mais directamente o Senhor, sempre que nos dedicamos àqueles a respeito dos quais Jesus afirmou: Em verdade vos digo: todas as vezes que fizestes estas coisas a um só destes meus irmãos mais pequeninos, foi a Mim que o fizestes (Mt 25, 40) .
“Hoje, mais do que nunca, as obras para a juventude devem, mais do que todas as outras, atrair a atenção de quem tem a peito o bem do povo… A família já não é aquele santuário onde as crianças e os jovens só recebem sábios conselhos, bons exemplos e salutares correcções. Hoje, (as crianças) não vêem, na maior parte da vezes, senão maus exemplos e não ouvem senão palavras de dúvida ou de desprezo pelos mistérios da nossa santa religião” .

[ Fernando Fonseca, scj ]

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