Pe. Luís Celato – 07-05-1968

 

O Pe. Luís Celato nasceu a 12 de Setembro de 1921 em Collato (Údine), Itália. Fez a sua primeira profissão religiosa a 29 de Setembro de 1940, em Albisola. Foi ordenado sacerdote a 27 de Junho de 1948, em Bolonha. Logo depois da ordenação sacerdotal, partiu para a Ilha da Madeira, onde trabalhou no Colégio Missionário e colaborou com os párocos vizinhos. Ficou conhecido pelo seu carácter alegre e aventureiro e pelos seus presépios movimentados, construídos na baixa funchalense para darem a conhecer o Colégio Missionário.
Em 1951 foi destinado a Coimbra. Em 1953 foi encarregado pelos Superiores de fundar a Casa do Sagrado Coração de Jesus, em Aveiro, que durante 5 anos foi seminário menor e actualmente é casa do noviciado.
Em 1957 foi para a paróquia de S. Sebastião, em Loulé, onde trabalhou febrilmente, primeiro como coadjutor e depois como pároco.
Em 1967, a pedido dos Superiores, aceitou pastorear duas paróquias dos arredores de Lisboa, Fanhões e S. Antão do Tojal. Em pouco tempo atraiu a veneração e a estima dos paroquianos.
A sua caridade e a sua extraordinária capacidade de acção manifestaram-se particularmente em Novembro de 1967, quando as suas paróquias e outras da vizinhança foram atingidas por terríveis cheias que provocaram centenas de mortos e enormes destruições. Esteve sempre na primeira linha da ajuda à populações, também com o seu automóvel onde tinha escrito: “bombeiros voluntários de emergência”.
A vida do Pe. Celato foi totalmente gasta ao serviço da caridade e do amor para com os mais humildes e pobres. Nos últimos anos de vida sofreu muito com a doença que o consumia. A vida de oblação no altar da Cruz, com Cristo, era a a força do seu intenso apostolado. Tinha aprendido a dar-se sem medida, e sabia amar a apreciar o sofrimento dos outros, porque dele fazia experiência na própria carne.
Faleceu na residência da Igreja do Loreto, em Lisboa, a 7 de Maio de 1968 .

Pensamento do Padre Dehon

“A mirra é o sacrifício do corpo, da natureza que está condenada a morrer; são os sofrimentos venham eles de onde vierem e seja qual for o seu nome, suportados em espírito de puro amor, com amor e por amor, no espírito de reparação e de expiação em união com Nosso Senhor. Eles têm um grande valor e uma enorme eficácia, por mais pequenos que sejam em si mesmos” .
“Não sou pessimista. Vejo algumas abertas azuis no céu de chumbo que pesa sobre a nossa querida França. Hei-de indicar muitos motivos de esperança para um futuro melhor. Mas hoje estou angustiado e inquieto, como se está na ponte de um navio quando se avistam nuvens sombrias, e aproveito a ocasião para voltar a dizer aos nossos queridos jovens…: “Vamos, coragem! Trabalhai! Todos às vergas do navio, aos remos e às cordas! Todos às obras e ao apostolado!”

[ Fernando Fonseca, scj ]

plugins premium WordPress