Planeamento económico: uma necessidade da Vida Religiosa

Ontem, o Capítulo tinha-se concentrado no Estado da Congregação. Hoje, foi a vez de a economia da Congregação ocupar a ribalta do Capítulo. 

O Ecónomo Geral, P. Luca Zottoli, começou a sua exposição sublinhando três áreas chave que tinham sido identificadas pelo Capítulo de 2015: independência financeira, envelhecimento e vocações. “Estas áreas continuam a ser cruciais para a Congregação. A Administração Geral teve presentes estas áreas à medida que foi desenvolvendo a sua política económica”, afirmou o P. Luca. 

“Não há Entidades ricas e Entidades pobres” – realçou o Ecónomo Geral – “Não há Entidades mães nem Entidades filhas. Todas as Entidades são irmãs e são chamadas a gerir o seu património, os seus recursos, independentemente de serem grandes ou pequenas”.

VILLA AURELIA E A CASA GERAL

O Gabinete do Ecónomo Geral não se ocupa apenas de assuntos económicos da Congregação em grande escala, mas também dos que estão ao pé de casa. O P. Luca fez uma exposição das realidades complexas da Cúria Geral, do Colégio Internacional e da Villa Aurelia. 

O planeamento económico a longo prazo é o segredo para a gestão de Villa Aurelia e da Casa Geral. “A Casa Geral é uma espécie de edifício em que as obras nunca acabam”, dizia o P. Luca. Fez-se obras na biblioteca e nos terraços. Os sistemas de drenagem e outras estruturas tiveram que ser reparados devido a danos provocados pelo terramoto. No futuro será necessário atualizar o sistema de aquecimento e arrefecimento e o sistema elétrico”.

RELATÓRIO DA COMISSÃO ECONÓMICA DE PERITOS

O Regulamento do Capítulo pede que uma Comissão de Peritos faça uma revisão das contas das Entidades e da Cúria. Pediu-se este serviço às mesmas pessoas que já o tinham prestado no Capítulo anterior, de modo que a Comissão era constituída pelo P. Giacomo Cesano, SCJ, da Província ITS, o Sr. Garret Stinson, dos EUA, e o Sr. José María Gutiérrez, da Espanha. 

A Comissão sublinhou alguns desafios e deixou algumas sugestões para o futuro. Fazer orçamentos a curto e longo prazo, que incluam tudo, desde as despesas com a formação até às grandes despesas de manutenção, é algo de essencial para todas as Entidades. A Comissão propôs que se elaborasse um modelo para os relatórios económicos anuais, que possa ser usado em toda a Congregação.

O Capítulo Geral anterior tinha proposto que se criasse uma equipa de apoio que possa servir de ajuda às Entidades para desenvolver as competências económicas ou como um recurso quando determinada Entidade estiver perante alguma questão económica em grande escala, como por exemplo a alienação de uma propriedade que já não é utilizada. Os membros da Comissão deram a sua aprovação a esta recomendação. 

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