Do Evangelho segundo S. Marcos (14, 22-25)
Enquanto comiam, Jesus tomou o pão,
recitou a bênção e partiu-o,
deu-o aos discípulos e disse:
“Tomai: isto é o meu Corpo”.
N Depois tomou um cálice, deu graças e entregou-lho.
E todos beberam dele.
Disse Jesus:
“Este é o meu Sangue, o Sangue da nova aliança,
derramado pela multidão dos homens.
Em verdade vos digo:
Não voltarei a beber do fruto da videira,
até ao dia em que beberei do vinho novo no reino de Deus”.
“Tomai e comei: Isto é o meu corpo… Tomai e bebei: este é o meu sangue.” Na descrição da Ceia, Marcos sublinha apenas os gestos e as palavras de Jesus, que serão básicas no mistério posteriormente celebrado pelas comunidades cristãs. Esta ceia realizada por Jesus é muito especial: Ele próprio é a vítima cujo sangue derramado sela uma aliança, não apenas com o povo de Israel, mas com a “multidão”, ou seja, com a humanidade inteira. E, como a Aliança do Sinai fez das tribos de Israel um só povo, com uma missão a realizar na história, assim também a Nova Aliança selada com o sangue de Jesus anula as fronteiras entre os homens e entre os diversos grupos que formam o género humano. Por conseguinte, a Ceia Pascal constitui uma ceia de fraternidade, que não apenas congrega os participantes, mas que os compromete a fundo na luta contra tudo o que discrimina os indivíduos e os grupos humanos.
Senhor Jesus, que tanto amaste os homens, e nada poupaste para lhes manifestar o teu amor, torna-nos atentos aos pobres, aos abandonados, aos esquecidos e aos rejeitados, para que, no nosso carinho, descubram o teu amor.
Pensamento do Padre Dehon
A presença do bom Mestre é o primeiro fruto, infinitamente precioso, da instituição eucarística. Ele está lá, junto de nós, com as suas graças, com o seu amor! Que benefício! Que tesouro! Não temos nada a invejar aos apóstolos, aos discípulos, a S. João, a santa Madalena. (ASC 241).