SEGUNDA-FEIRA DA VI SEMANA DA PÁSCOA

Do Evangelho segundo S. João (15, 26; 16,4a)

Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos:
“Quando vier o Paráclito,
que Eu vos enviarei de junto do Pai,
o Espírito da verdade, que procede do Pai,
Ele dará testemunho de Mim.
E vós também dareis testemunho,
porque estais comigo desde o princípio.
Disse-vos estas palavras para não sucumbirdes.
Hão de expulsar-vos das sinagogas;
e mais ainda, aproxima-se a hora
em que todo aquele que vos matar
julgará que presta culto a Deus.
Procederão assim por não terem conhecido o Pai,
nem Me terem conhecido a Mim.
Mas Eu disse-vos isto,
para que, ao chegar a hora,
vos lembreis de que vo-lo tinha dito”.

“Aproxima-se a hora em que todo aquele que vos matar julgará que presta culto a Deus.” A perseguição é praticamente a primeira experiência da Igreja. Os discípulos de Jesus foram perseguidos, primeiro pelos judeus e, depois, também pelos pagãos. Jesus tinha-os advertido para essas situações. O mundo opôs-se a Cristo, e irá opor-se também aos cristãos, porque não são do mundo, porque são de Cristo. Além disso, o servo não é mais do que o seu senhor. O ódio do mundo e a perseguição dos discípulos são considerados inevitáveis.
Jesus viveu entre a animosidade e a perseguição. Que podem esperar os seus discípulos, chamados a anunciar a mesma mensagem que O levou à morte? É verdade que nem todos recusaram Jesus e a sua palavra. Alguns amaram-no por causa do testemunho de João Batista, e por causa do testemunho que o próprio Jesus deu de Si mesmo. Por isso, é preciso continuar a testemunhar o Senhor, para que aumente o número dos que O amam. O Espírito Santo ajuda os discípulos nessa missão, sobretudo nas contrariedades e perseguições.

Senhor, enche-nos do teu Espírito Santo, para que possamos dar testemunho de Ti em todas as circunstâncias, e todos te possam conhecer e amar.

Pensamento do Padre Dehon

Obrigado, Senhor, pelo dom tão precioso do Espírito de verdade. Quero estar atento às suas luzes, e escutar as suas inspirações. Ensinai-me, por Ele, todo o vosso amor. Fazei-me conhecer e detestar a minha ingratidão: dai-me o dom de oração, sem o qual não posso corresponder à minha bela vocação. (ASC 432).