Logo de manhã cedo, saímos em direcção à vila do Gerês, onde nos pudemos deliciar com o arvorismo, isto é, um percurso de árvore em árvore com o auxílio de cabos de aço e que concluía com uma descida vertiginosa até ao chão. Tudo isto era muito radical e entusiasmante, mas havia seminaristas com vertigens e que não foram capazes de enfrentar este desafio. No final, ainda treinámos um pouco de tiro ao alvo, com arco e flecha.
O almoço veio logo de seguida. A fome, depois da adrenalina assentar, era muita, pois foram cinco horas sem comer. No entanto, evito qualquer descrição posterior sobre a refeição…
Depois do almoço, fomos para uma albufeira, onde nos deleitámos com a canoagem e os banhos na água. O percalço do dia (tem havido um todos os dias) aconteceu aqui. Dois padres iam na sua canoa, calma e serenamente, quando caíram à água (simplifico os acontecimentos para não cansar os leitores). Um deles levava os óculos de sol e a chave da carrinha no bolso. E foram-se os óculos e a chave da carrinha. De modo que, enquanto uns nadavam e pirateavam pelas águas do Gerês, houve quem tivesse de ir buscar a chave suplente.
No regresso ao seminário para o jantar, só os condutores vinham despertos. Todos os seminaristas conheceram um sono profundo, de tal modo que os motoristas podiam reclamar que nem sequer durante uma hora puderam estar acordados.
A noite concluiu com um filme ao ar livre, no mesmo sítio onde iriam dormir. Por isso, é difícil descrever quem viu o filme até ao fim. Era apenas uma questão de fechar os olhos e dormir com as estrelas…
José Domingos, scj