Do Evangelho segundo S. João (5, 33-36)
Naquele tempo,
disse Jesus aos judeus:
Vós mandastes emissários a João Baptista
e ele deu testemunho da verdade.
Não é de um homem que Eu recebo testemunho,
mas digo-vos isto para que sejais salvos.
João era uma lâmpada que ardia e brilhava
e vós, por um momento, quisestes alegrar-vos com a sua luz.
Mas Eu tenho um testemunho maior que o de João,
pois as obras que o Pai Me deu para consumar
— as obras que Eu realizo—
dão testemunho de que o Pai Me enviou”.
“As obras que Eu realizo dão testemunho de que o Pai Me enviou”. A controvérsia de Jesus com os chefes do povo, que O acusam de violar o sábado, por causa da cura do paralítico, está ao rubro, e simboliza o choque entre a fé e a incredulidade.
Jesus justifica as suas ações como participação na obra do Pai. Depois, enfrenta as acusações contra Ele e contra a revelação que faz do Pai. Mas a sua palavra é autêntica, porque o Pai dá testemunho d´Ele nas obras que Lhe permite fazer. Se não conseguem ver isso em Jesus, então podem escutar o testemunho de João Baptista, em quem acreditam. O quarto evangelista refere várias vezes o testemunho do Baptista, que reconhece mas relativiza. Afirmando que ele foi uma lâmpada viva e luminosa, lembra que João era apenas um homem e que a força do seu testemunho lhe vinha de Deus. E é também Deus que dá testemunho de Jesus, por meio das Escrituras e das “obras” que Ele realiza. Assim, mostra que elas estão em sintonia com o Seu modo de agir em favor dos homens.
Vem, Senhor Jesus! Faz-nos mensageiros da tua palavra, para que anunciemos o Evangelho até aos confins da terra.
Pensamento do Padre Dehon
Os Fariseus não compreenderam e não se humilharam. Mesmo assim, a colheita de João foi muito boa. Todos os humildes confessavam os seus pecados e recebiam o batismo de penitência. (ASC 209).