Do Evangelho segundo S. Lucas (13, 18-21)
Naquele tempo,
disse Jesus:
“A que é semelhante o reino de Deus,
a que hei de compará-lo?
É semelhante ao grão de mostarda
que um homem tomou e lançou na sua horta.
Cresceu, tornou-se árvore
e as aves do céu vieram abrigar-se nos seus ramos”.
Jesus disse ainda:
“A que hei de comparar o reino de Deus?
É semelhante ao fermento que uma mulher tomou
e misturou em três medidas de farinha,
até ficar tudo levedado”.
“O grão cresceu e tornou-se árvore”. Nesta página do evangelho, Jesus manifesta-se como o “hoje” da salvação, que se realiza no amor. O reino de Deus está no meio de nós. As duas parábolas do texto evangélico revelam-nos duas características desse reino: a sua grande expansão e a sua força transformadora.
Entre as várias narrativas parabólicas, na caminhada de Jesus para Jerusalém, apenas estas duas se referem ao reino de Deus. Esse reino tem uma grande expansão no mundo, graças à pregação dos discípulos. Os modestos começos do ministério de Jesus têm um grande desenvolvimento: a sua palavra, que ecoa no mundo inteiro e da qual todos recebem vida, é comparável à árvore cósmica de Daniel, cuja imagem é evocada no crescimento do arbusto de mostarda.
Outra característica do reino de Deus é a sua força intrínseca, que realiza um crescimento qualitativo no mundo. Como um pouco de fermento escondido na massa inerte de farinha provoca o seu crescimento, assim o reino de Deus, pela evangelização animada pelo poder do Espírito Santo, transforma todo o mundo, sem qualquer discriminação.
Senhor Jesus, rezo-te, hoje, pelos que cooperam contigo, espalhando as sementes do Reino, e por aqueles que, por falta de fé, as deixam morrer.
Pensamento do Padre Dehon
O reino dos céus é como o fermento escondido na massa, que a penetra e transforma. A fé e a graça semeadas por Jesus, e depois dele pelos apóstolos e pelos sacramentos, penetraram no mundo. (ASC 180).