V DOMINGO DA PÁSCOA – ANO C

Do Evangelho segundo S. João (13, 33ª.34-35)

Quando Judas saiu do Cenáculo,
disse Jesus aos seus discípulos:
“Agora foi glorificado o Filho do homem,
e Deus foi glorificado n’Ele.
Se Deus foi glorificado n’Ele,
Deus também O glorificará em Si mesmo
e glorificá-l’O-á sem demora.
Meus filhos, é por pouco tempo que ainda estou convosco.
Dou-vos um mandamento novo:
que vos ameis uns aos outros.
Como Eu vos amei,
amai-vos também uns aos outros.
Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos:
se vos amardes uns aos outros”.

“Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros”. Judas acabara de sair para entregar Jesus aos seus inimigos. A morte do Senhor está cada vez mais próxima. Mas a sua morte na cruz será a suprema manifestação da sua glória e da glória do Pai. O termo “glória”, na sua origem hebraica, indica “riqueza”, “esplendor”. A “riqueza”, o “esplendor” do Pai e de Jesus não se manifestam no triunfo espetacular sobre os maus, mas nesse amor que se dá até ao extremo, até à morte.
Depois deste ensinamento, Jesus apresenta-nos o “mandamento novo”, o seu mandamento. A expressão “meus filhos”, com que se dirige aos discípulos, situa-nos no ambiente emocional em que um pai moribundo entrega o seu testamento e a suprema lição da sua vida. “Amai-vos uns aos outros. Como Eu vos amei, vós deveis também amar-vos uns aos outros”. O verbo amar traduz o verbo grego agapao que indica um amor que se faz dom, até ao extremo. É esse amor do Pai e o amor de Jesus. Será esse também o amor dos discípulos, aquilo que os há de distinguir.

Pai santo, rogo-te pela Igreja para que ame como Tu nos amas, e ensine todos os homens a amarem-se, na alegria de Jesus ressuscitado.

Pensamento do Padre Dehon

Senhor, digna-te dar-me a graça de amar o meu próximo a teu exemplo, até ao sacrifício, até à morte, se for preciso. (ASC 419).

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