Visita a Angola 2012 – Crónica n.º 3

A comunidade da Casa Padre Dehon, em Viana é constituída pelos seguintes membros: Pe. Amândio, Pe. Odilo, Pe. Max, Pe. Domingos, Pe.Vincenzo e Ir. Igor. É uma comunidade numerosa, como numerosas são também as tarefas que estão incumbidas a esta comunidade. A casa, para além de ser a sede da comunidade, é também seminário. No presente ano lectivo tem 11 os seminaristas. Uns frequentam o 12º ano e os restantes fazem o Curso de Filosofia no Seminário Maior ou na Faculdade dos Salesianos. Além destes, há outros dois mais avançados nas etapas formativas: o Bartolomeu que já fez aProfissão Religiosa e completa o Curso de Teologia nos Camarões e o Abraão que faz o noviciado em Moçambique. A cargo da comunidade está também a Paróquia de Nossa Senhora do Rosário. É uma paróquia enorme. Para além da sede, existemoutros três grandes centros de culto (Santa Bakita, Santa Maria e Santa Filomena) que servem milhares de pessoas. Os dehonianos desta comunidade dão também um grande apoio a diversos serviços diocesanos, no ensino, na pregação de retiros e na formação dos candidatos das dezenas de congregações religiosas masculinas e femininas sediadas aqui em Viana.

Esta comunhão com a diocese teve expressão concreta durante a Assembleia com a presença do bispo de Viana, D. Joaquim Lopes, que jantou e conviveu connosco e também reuniu-se com os responsáveis da Congregação: Pe. Claudio e Pe. Zeferino.

A Casa Padre Dehon está também preparada para acolher as reuniões dos missionários dehonianos em Angola. Por isso aqui se concentraram todos os 13 dehonianos que trabalham em Angola para, ao longo destes dias, realizarem a sua Assembleia Territorial anual.

A Assembleia teve início na passada terça-feira. O Vigário Geral, Pe. Claudio dalla Zuanna, orientou a reflexão que se realizou na parte da manhã. Os dois primeiros dias de trabalhos foram, depois, dedicados à apresentação dos relatórios:  das comunidades, da economia e da formação. Desse modo podemos avaliar o trabalho e o dinamismo da missão em Angola, detectar dificuldades e apontar algumas orientações para o futuro.

Para além disto, a grande questão que ocupou a nossa reflexão nestes dias teve a ver com a passagem da Comunidade Territorial a Distrito.

Os dehonianos estão em Angola há 8 anos. Os missionários que aqui trabalham provêm de cinco Províncias distintas: Portugal (7), Brasil (2), Itália (1), Moçambique (1), Camarões (2). Trata-se, pois, de uma missão internacional dependente do Superior Geral que delegou os poderes de governo e coordenação da missão no Superior Provincial de Portugal. Com o aumento do número de missionários e com o aparecimento de candidatos angolanos, há a consciência de que esta realidade missionária já pode ter os seus próprios órgãos de governo, estruturando-se como Distrito. O processo de reflexão sobre a passagem a Distrito não é de agora. Mas, nesta Assembleia ganhou ainda maisconsistência no pensamento dos missionários que decidiram pedir ao SuperiorGeral que constitua a missão em Angola em Distrito directamente dependente do Superior Geral. Esta orientação da Assembleia faz com que a missão em Angola tenha uma identidade própria no seio da Congregação e que os religiosos queaqui trabalham, deixando de ser membros da Província de origem, passem a pertencer ao Distrito, identificando-se, assim, com este projecto missionário. Esta foi a opção tomada. O caminho de concretização será percorrido ao longo dos próximos meses, prevendo-se que em Janeiro de 2013 a Comunidade Territorial de Angola passe a Distrito.

O dia de hoje, último dia de trabalhos, serviu ainda para se avançar um pouco mais na elaboração do Directório Provincial, traçar as linhas mestras do Projecto Apostólico de Angola e estabelecer alguns elementos considerados importantes para a celebração de convenções com as Províncias que apoiam a missão em Angola a nível de pessoal missionário e económico.

Concluiu-se a Assembleia com a celebração da Eucaristia presidida pelo Vigário Geral que depois do jantar seguiu para o aeroporto de Luanda para fazer a viagem de regresso à Itália.

Zeferino Policarpo, scj

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