Liturgia

8 de Março, 2024

S. João de Deus, Religioso

S. João de Deus, Religioso


8 de Março, 2024

S. João de Deus nasceu a 8 de Março de 1495, em Montemor-o-Novo. Aos 8 anos saiu de casa, dirigindo-se para Oropesa, Espanha, onde foi pastor e, mais tarde, soldado de Carlos V. Exerceu outras atividades até descobrir a vocação a que Deus o chamava. Em 1539, assistiu às exéquias da Imperatriz Isabel, mulher de Carlos V, e, à semelhança do Duque de Gandia, futuro S. Francisco de Borja, ficou profundamente impressionado. A pregação e a orientação de S. João de Ávila ajudaram João de Deus a encontrar o caminho a que Deus o chamava. Instalou, em Granada, um hospital para os pobres, aos quais se entregou generosamente, tornando-se para eles, e para todos, um sinal vivo da misericórdia de Deus. Começaram a juntar-lhe colaboradores que, mais tarde, se constituíram em instituto religioso, a "Ordem Hospitaleira dos Irmãos de S. João de Deus", aprovada por Sixto V, em 1583. S. João de Deus faleceu em Granada, a 8 de Março de 1550. É padroeiro dos hospitais católicos, bem como dos enfermeiros católicos e suas associações.
Lectio
Primeira leitura: Da féria (ou do Comum)
Segunda leitura: Mateus 25, 31-40

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: quando o Filho do Homem vier na sua glória, acompanhado por todos os seus anjos, há-de sentar-se no seu trono de glória. 32Perante Ele, vão reunir-se todos os povos e Ele separará as pessoas umas das outras, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. 33À sua direita porá as ovelhas e à sua esquerda, os cabritos. 34O Rei dirá, então, aos da sua direita: 'Vinde, benditos de meu Pai! Recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo. 35Porque tive fome e destes-me de comer, tive sede e destes-me de beber, era peregrino e recolhestes-me, 36estava nu e destes-me que vestir, adoeci e visitastes-me, estive na prisão e fostes ter comigo.' 37Então, os justos vão responder-lhe: 'Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? 38Quando te vimos peregrino e te recolhemos, ou nu e te vestimos? 39E quando te vimos doente ou na prisão, e fomos visitar-te?' 40E o Rei vai dizer-lhes, em resposta: 'Em verdade vos digo: Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes.'

Jesus, como filho do seu tempo e participante da mentalidade da sua época, tem presente as ideias comuns sobre os acontecimentos extraordinários do fim dos tempos e parte delas para inculcar nos homens a necessária preparação para superarem, com êxito, a provação final. Além disso, pretende afirmar que os homens serão julgados pela atitude que tiverem em relação a Ele.
A reunião universal dos povos pressupõe a ressurreição dos mortos. Os bons serão colocados à direita, lugar de sorte, e os maus à esquerda, lugar de desgraça. Esta colocação pressupõe que o juízo já foi efetuado. Daí que, logo de seguida, seja proferida a sentença. O Filho do homem revela-se como rei, e convida os da sua direita a receberem o prémio, justificando essa decisão com as obras de caridade feitas por eles aos "irmãos pequeninos" de Jesus (v. 40). O serviço caritativo prestado ao próximo necessitado justifica o prémio, tal como a ausência desse serviço justifica o castigo. Além do mais, o que se faz de bem ao próximo, é a Jesus que se faz, tal como o que não se faz de bem ao próximo é a Jesus que não se faz. Não se fazem distinções sobre a identidade ou a condição de quem faz o bem ou dos necessitados a quem é feito. As obras feitas por amor, praticadas por quem quer que seja, ao próximo necessitado, seja ele quem for, honram a Jesus e são premiadas.
Meditatio

"O que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes" (v. 40). Jesus dirige-se a todos, sem qualquer distinção. Isto significa que, também fora do âmbito visível dos seus discípulos, da sua Igreja, pode haver autêntico reino e verdadeiro "cristianismo". Esta universalidade estende-se também àqueles a quem fazemos os bem: a única condição é que sejam necessitados. Quando fazemos o bem a um necessitado, é a Cristo que o fazemos. Quem faz o bem, por amor, é sempre um sinal, consciente ou inconsciente, e mais ou menos claro, da misericórdia de Deus.
S. João de Deus foi para os seus contemporâneos, especialmente para os doentes, um rosto da misericórdia de Deus. Ardendo na caridade divina, só podia manifestá-la aos outros. Para salvar os doentes do seu hospital em chamas, não exitou em correr para o meio do fogo: "Ensinando a caridade, demonstrou que o fogo exterior tinha menor força do fogo que o queimava interiormente", - comentava outrora a liturgia da sua festa. Numa das suas cartas, o santo escreve: "Vêm aqui tantos pobres, que até eu me espanto como é possível sustentar a todos; mas Jesus Cristo a tudo provê e a todos alimenta. Vêm muitos pobres à casa de Deus, porque a cidade de Granada é muito fria, e mais agora que estamos no Inverno. Entre todos - doentes e sãos, gente de serviço e peregrinos - há aqui mais de cento e dez pessoas. Como esta casa é geral, recebe gente de todos os géneros e condições: tolhidos, mancos, leprosos, mudos, dementes, paralíticos, tinhosos, alguns já muito velhos e outros muito crianças ainda, e por cima disto muitos peregrinos e viajantes, que cá chegam e aqui encontram lume, água, sal e vasilhas para cozinhar os alimentos. E para tudo isto não se recebe renda especial, mas Cristo a tudo provê". Noutra carta dizia: "Não tenho sequer o espaço de um "creio em Deus Pai" para poder respirar." O seu amor, a sua dedicação e generosidade para com os pobres granjearam-lhe a admiração de Granada inteira. Quando faleceu, a cidade desfilou diante daquele homem-prodígio de humildade e de caridade. Como dizia João Paulo II de S. Camilo de Lellis, também o testemunho de S. João de Deus "constitui, ainda hoje, um forte apelo a amar a Cristo, presente nos irmãos que carregam sobre si mesmos o fardo da doença".
A nossa união com Cristo, no seu amor pelo Pai e pelos homens manifesta-se também na disponibilidade e no amor para com todos. A escuta da Palavra, e sobretudo a eucaristia que celebramos são um convite diário para nós, dehonianos, a que sejamos pão bom, partido pelos irmãos, de modo especial para os mais fracos e carenciados: "os pequenos e os que sofrem" (cf. Cst 18). As palavras de Cristo, na instituição da eucaristia, "Fazei isto em memória de Mim" (Lc 22, 19; 1 Cor 11, 24-25), não se referem apenas à Eucaristia como memorial, mas são um convite a todo o discípulo de Jesus para que seja "pão partido" e "sangue derramado" por todos. Tal como Cristo, também nós...
Oratio

Senhor, entre os caminhos que me apontas para me encontrar contigo e unir-me a ti, há o do amor aos irmãos que passam pela difícil fase do sofrimento. Foi esse o caminho percorrido por Jesus, teu Filho divino, o verdadeiro bom samaritano da humanidade. Torna-me cada vez mais consciente de que o serviço aos pequenos e aos que sofrem podem conduzir-me à contemplação do teu rosto, e libertar o amor que derramaste no meu coração para me tornar sinal da tua misericórdia para com todos os homens, particularmente os mais necessitados. Ámen.
Contemplatio

(A caridade para com o próximo) é o segundo mandamento e é semelhante ao primeiro. Mas Nosso Senhor fez dele o seu mandamento preferido, porque o outro era evidente. «Este é o meu mandamento, diz, que vos ameis como eu vos amei» (Jo 15, 12). Fez deste mandamento a característica da lei nova e o traço principal dos seus verdadeiros discípulos. «É assim, diz, que reconhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros» (Jo 13, 35)... Que Deus vos faça a graça, dizia S. Paulo, de estardes sempre unidos pelos sentimentos e pelo afeto uns para com os outros, segundo o espírito de Jesus Cristo, e conforme ao seu exemplo. Estai unidos no culto e no amor de Deus, e para permanecerdes unidos suportai-vos uns aos outros: o forte ajudará o fraco, o sábio ajudará o ignorante, o judeu e o gentio serão caridosos entre si. Nosso Senhor não nos suportou? Não nos tomou ele consigo e não nos uniu ao seu corpo místico para nos apresentar ao seu Pai? A caridade para com o próximo é necessária a quem quer amar a Deus. - O amor de Deus e o amor do próximo fazem um só. Pode amar-se a Deus e não amar os homens seus filhos? Estes dois amores não faziam senão um só no coração de Nosso Senhor. Quando pronuncia o Ecce venio ao entrar na sua vida mortal, vinha ao mesmo tempo por amor de seu Pai e por amor dos seus irmãos... O amor do próximo está inscrito em cada página do Evangelho. Nosso Senhor podia fazer mais para o recomendar do que nos dizer que teria como feito a si mesmo o que fizéssemos pelo mais pequeno de entre os seus? Não é sobre esta caridade que consistirá sobretudo o juízo? «Tive fome e destes-me de comer; tive sede e destes-me de beber...». (Pe. Dehon, OSP 3, p. 201s.).
Actio

Repete muitas vezes e vive hoje a palavra:
"O que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos,
a mim mesmo o fizestes" (Mt 25, 40).

 

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S. João de Deus, Religioso (08 Março)

Sexta-feira - 3ª Semana da Quaresma

Sexta-feira - 3ª Semana da Quaresma

8 de Março, 2024

Lectio

Primeira leitura: Oseias, 14, 2-10

Assim fala o Senhor: 2Volta, Israel, ao Senhor teu Deus, porque caíste por causa dos teus pecados. "tome! convosco palavras de arrependimento. E voltai ao Senhor, dizendo-lhe: «Perdoa todos os nossos pecados, e acolhe favoravelmente o sacrifício que oferecemos, a homenagem dos nossos lábios. 4 A Assíria não nos salvará; não montaremos a cavalo, e nunca mais chamaremos nosso Deus a uma obra das nossas mãos, pois só junto de ti o órfão encontra compaixão.» "Corare! a sua infidelidade, emâ-Ios-ei de todo o coração, porque a minha cólera se afastou deles. 6Serei para Israel como o orvalho: florescerá como um lírio e deitará raízes como um cedro do Líbano. 70s seus ramos estender-se-ão ao longe, a sua opulência será como a da oliveira, o seu perfume como o odor do Líbano. 8 Regressarão os que habitavam à sua sombra; renascerão como o trigo, darão rebentos como a videira e a sua fama será como a do vinho do Líbano. 9 Efraim, que tenho Eu ainda a ver com os ídolos? Sou Eu quem responde e olha por ele. Eu sou como um cipreste sempre verdejante; é de mim que procede o teu fruto. lOQuem é sábio para compreender estas coisas, inteligente para as conhecer? Porque os caminhos do Senhor são rectos, os justos andarão por eles, mas os pecadores tropeçarão neles.

Oseias convida o povo a «voltar», isto é, a converter-se a Deus, reconhecendo o seu pecado, causa das actuais desgraças. O profeta sugere uma confissão lúcida e sincera das próprias culpas, porque agrada mais a Deus uma vida purificada e unida à oferta de louvor (v. 3) do que os sacrifícios de vítimas. Há que libertar-se de compromissos humanos pecaminosos, e particularmente do recurso aos ídolos. O povo pode sentir-se pobre e desprotegido. Mas é então que Deus assume cuidar dele (v. 4).

Uma vez convertido o povo, o próprio Deus Se «converte» renunciando à sua justa ira. Mais ainda: o seu amor fiel curará Israel e perdoará as suas infidelidades. O texto detém-se a descrever os efeitos do amor divino com termos e expressões de rara beleza, lembrando o Cântico dos Cânticos. Quem caminha na rectidão compreenderá esse amor e fruirá dos seus benefícios: «Os caminhos do Senhor são rectos, os justos andarão por eles, mas os pecadores tropeçarão neles» (v. 10).

Evangelho: Marcos 12, 28-34

Naquele tempo, 28 Aproximou-se dele um escriba que os tinha ouvido discutir e, vendo que Jesus lhes tinha respondido bem, perguntou-lhe: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?» 29 Jesus respondeu: «O primeiro é: Escuta, Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor; 30 amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças. 310 segundo é este: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior que estes.» 320 escriba disse-lhe: «Muito bem, Mestre, com razão disseste que Ele é o único e não existe outro além dele; 33 e amá-lo com todo o coração, com todo o entendimento, com todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo vale mais do que todos os holocaustos e todos os sacrifícios.» 34 Vendo que ele respondera com sabedoria, Jesus disse: «Não estás longe do Reino de Deus.» E ninguém mais ousava interrogá-lo.

o texto evangélico de hoje reflecte uma discussão viva entre as escolas rabínicas do tempo de Jesus. Qual é o primeiro mandamento entre os 248 apresentados pela Lei, acrescidos de 365 proibições? Provavelmente a pergunta não era de todo inocente, mas escondia uma insídia contra o jovem rabi. Mas Jesus soube encontrar uma saída airosa, indo logo ao fundo da questão, ao citar o Deuteronómio: «Escuta, Israel/» (Dt 6, 4s), texto repetido três vezes ao dia nas orações dos piedosos israelitas. A este mandamento, Jesus acrescenta outro, tirado do Levítico: «Amarás o teu próximo como a ti mesmos (Lv 19, 18). A originalidade desta resposta de Jesus está na união destes dois mandamentos. O escriba reconheceu nela uma verdadeira síntese da Lei e do culto. Jesus elogia-o e acrescenta outra novidade: a proximidade do reino de Deus, cuja lei fundamental é o amor.

Meditatio

Qualquer que tenha sido a intenção do escriba ao interrogar Jesus sobre qual é o primeiro de todos os mandamentos, devemos estar-lhe gratos. De facto, deu ao Senhor a oportunidade de dar uma resposta que nos interessa, que interessa a todos quantos desejam compreender bem a vontade do Senhor, para a cumprirem fielmente. A resposta de Jesus foi muito simples: o maior dos mandamentos é o amor. Deus é amor, e pede-nos amor: «amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças ... Amarás o teu próximo como a ti mesmo-, Amando como Ele nos ama, amando com o amor com que nos ama, participamos da sua vida. É a vocação de todo o homem. É a sua felicidade: amar o Deus-Amor como único Senhor, sabendo que jamais O amaremos como merece e tem direito, e que, por isso, havemos de progredir no amor, desenvolvendo todas as nossas capacidades de amar. Amar o próximo com Ele e como Ele, por causa d ' Ele, com o amor com que somos amados, é uma verdadeira alegria, é a suprema realização.

Mas, quantas vezes, amámos outros deuses, adorando as obras das nossas mãos, a nossa realização pessoal, os nossos interesses mesquinhos ... O resultado foi cairmos na escravidão, ver os outros como rivais, perder a nossa liberdade, a nossa alegria, a nossa felicidade. Por isso, rezamos com o profeta: «Perdoa todos os nossos pecados, e acolhe favoravelmente o sacrifício que oferecemos, a homenagem dos nossos lábios»' Que o Senhor nos responda: «Curarei a sua infidelidade, sme-tos-ei de todo o coração-. Amados pelo Senhor, seremos capazes de amar.

Depois da vinda de Cristo, todo o crente pode repetir estas palavras de João:

"Nisto consiste o Seu amor: não fomos nós que amámos a Deus, mas foi Ele, que nos amou ... Amou-nos por primeiro ... " (1 Jo 4, 19). Porque nos amou, podemos amá-I '0. Porque nos amou, podemos amar a todos os nossos irmãos, sem fazermos acepção de pessoas. De facto, Deus ama-nos a todos. Chamou-nos à vida porque nos amou pessoalmente: "Chamei-te pelo nome ... " (Is 43, 1). É esse o fundamento da dignidade da pessoa humana. Cada um de nós é um pensamento amoroso de Deus, criado à sua imagem e semelhança: "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança ... Deus criou o homem à Sua imagem, à imagem de Deus os criou, homem e mulher os aiod'

(Gn 1, 26-27). Criado à imagem do Deus-Amor, todo o homem merece ser amado com o amor típico de Deus: o amor oblativo!

Oratio

Pai santo, obrigado por todos os teus dons maravilhosos, especialmente pelo dom de um coração novo, no teu Filho Jesus. Palpitando em nós o coração de Jesus, teu Filho muito amado, podemos viver o primeiro dos mandamentos e todos os outros. Podemos amar-Te com todo o nosso coração, com toda a nossa inteligência e com todas as nossas forças. E podemos amar o próximo em Ti!

Obrigado, Pai santo, porque nos amaste por primeiro, nos criaste por amor, nos criaste à tua imagem e semelhança, nos redimiste gratuitamente e nos deste a possibilidade de corresponder ao teu amor infinito, infundindo em nós o Espírito Santo, criando em nós um coração novo, o coração do teu Filho Jesus. Amen.

Contemplatio

Santa Catarina de Sena é da família espiritual das Gertrudes e das Margaridas Maria. Tinha apenas seis anos quando Jesus lhe mostrou o seu coração, como fonte de toda a santificação. Ia rezando para a Igreja de S. Domingos. Uma aparição manifestou-se-Ihe na Igreja.

Viu Jesus mostrando-lhe o seu coração com uma mão e abençoando-a com a outra. À sua direita as duas colunas da Igreja, S. Pedro e S. Paulo; à esquerda, o apóstolo bem-amado, S. João, o discípulo do Sagrado Coração, inclinando a sua cabeça sobre o peito do Mestre. A criança era investida pelo Sagrado Coração com a augusta missão de reconduzir a paz na Igreja perturbada, e de se tornar a Joana d' Arc do papado, missão que ela cumpriu mais tarde no meio de um profundo e universal entusiasmo por ela. Desde então, imitou S. João e viveu em união com o Sagrado Coração.

Recebeu uma graça mística maior ainda. Um dia em que meditava neste versículo: «Criai em mim um coração novo», viu Nosso Senhor aproximar-se e tocá-Ia no lado onde ela sentiu uma dor indizível, como se lhe tivessem arrancado o seu coração. Depois Nosso Senhor apareceu-lhe de novo tendo na mão um coração luminoso, que lhe pôs no peito dizendo-lhe: «Minha filha, tirei-te o teu coração, dou-te o meu, para que vivas para sempre em mim». A partir daquele dia, teve no lado esquerdo uma cicatriz que reconheceram depois da sua morte, e sentiu no coração um fogo sagrado com um ímpeto de generosidade e de amor por Deus e pela Igreja que espantou o seu século (Leão Dehon, OSP 3, p. 493).

Actio

Repete frequentemente e vive hoje a palavra: «Cria em mim, ó Deus, um coração puro;

renova e dá firmeza ao meu espírito. (SI 50, 12).

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