Liturgia

3 de Junho, 2023

SS. Carlos Lwanga e Companheiros, Mártires

SS. Carlos Lwanga e Companheiros, Mártires


3 de Junho, 2023

Carlos Luanga e os seus vinte e um companheiros, ugandeses, foram martirizados entre 1885 e 1886, por ordem do rei Mwanga. Tendo abraçado a fé, graças à pregação dos Padres Brancos, opuseram-se ao rei, esclavagista e pederasta. Uns foram decapitados e outros queimados vivos. Foram canonizados por Paulo VI, em 1964.

Lectio

Primeira leitura: 2 Macabeus 7, 1-2.9-14

Naqueles dias, foram presos sete irmãos com a mãe, aos quais o rei, por meio de golpes de azorrague e de nervos de boi, quis obrigar a comer carnes de porco, proibidas pela lei. 2Um deles, tomou a palavra e falou assim: «Que pretendes perguntar e saber de nós? Estamos prontos a antes morrer do que violar as leis dos nossos pais.» 3O rei, irritado, ordenou que aquecessem ao fogo sertãs e caldeirões. 4Logo que ficaram em brasa, ordenou que cortassem a língua ao que primeiro falara, lhe arrancassem a pele da cabeça e lhe cortassem também as extremidades das mãos e dos pés, na presença dos irmãos e da mãe. 5Mutilado de todos os seus membros, o rei mandou aproximá-lo do fogo e, vivo ainda, assá-lo na sertã. Enquanto o cheiro da panela se espalhava ao longe, os outros, com a mãe, animavam-se a morrer corajosamente, dizendo: 6«Deus, o Senhor, nos vê e, na verdade, Ele terá compaixão de nós, como diz claramente Moisés no seu cântico de admoestação: Ele terá piedade dos seus servidores.» 7Morto, deste modo, o primeiro, conduziram o segundo ao suplício. Arrancaram-lhe a pele da cabeça com os cabelos e perguntaram-lhe: «Comes carne de porco, ou preferes que o teu corpo seja torturado, membro por membro?» 9Prestes a dar o último suspiro, disse: «Ó malvado, tu arrebatas-nos a vida presente, mas o rei do universo há-de ressuscitar-nos para a vida eterna, se morrermos fiéis às suas leis.» 10Depois deste, torturaram o terceiro, o qual, mal lhe pediram a língua, deitou-a logo de fora e estendeu as mãos corajosamente. 11E disse, cheio de confiança: «Do Céu recebi estes membros, mas agora menosprezo-os por amor das leis de Deus, mas espero recebê-los dele, de novo, um dia.» 12O próprio rei e os que o rodeavam ficaram admirados com o heroísmo deste jovem, que nenhum caso fazia dos sofrimentos.13Morto também este, aplicaram os mesmos suplícios ao quarto, 14o qual, prestes a expirar, disse: «É uma felicidade perecer à mão dos homens, com a esperança de que Deus nos ressuscitará; mas a tua ressurreição não será para a vida.»

Perante a perseguição de Antíoco IV, que pretendia impor a cultura e a religião gregas em todo o reino, também em Jerusalém, o autor do 2 Macabeus apresenta o testemunho heroico dos seus irmãos perseguidos. Os Macabeus lutam para evitar a normalização política e religiosa, que vai contra a identidade e a liberdade do povo de Deus. Hoje escutamos a impressionante narrativa do martírio dos sete irmãos e da sua mãe. Os Mártires de Uganda, em nome da fé cristã, e dos seus princípios morais, resistiram ao tirano Mwanga, pagando o seu atrevimento com a própria vida.

Evangelho: Mateus 5, 1-12ª

Naquele tempo, ao ver a multidão, Jesus subiu a um monte. Depois de se ter sentado, os discípulos aproximaram-se dele. 2Então tomou a palavra e começou a ensiná-los, dizendo:3«Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu. 4Felizes os que choram, porque serão consolados. 5Felizes os mansos, porque possuirão a terra.  6Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. 7Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8Felizes os puros de coração, porque verão a Deus. 9Felizes os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.  10Felizes os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino do Céu. 11Felizes sereis, quando vos insultarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o género de calúnias contra vós, por minha causa.12Exultai e alegrai-vos, porque grande será a vossa recompensa no Céu.

Mateus apresenta a Jesus como o novo Moisés, que promulga a nova lei. O reino de Deus está presente e atuante no mundo. A situação do homem, tornado filho de Deus, é nova. Há que viver de acordo com ela, há que construir uma sociedade nova. Há que viver "segundo o espírito" e não "segundo a carne" (cf. Gl 5, 10ss.). O novo estilo de vida, pessoal e coletivo, - ser construtores de paz, misericordiosos, amigos da justiça, puros de coração, pobres em espírito, vai contra os princípios e hábitos do mundo. Por isso, há que contar com o sofrimento e a perseguição, tal como aconteceu com Cristo. Mas Cristo diz-lhes: "Exultai e alegrai-vos, porque grande será a vossa recompensa no Céu. (v. 12).

Meditatio

Ao canonizar os mártires, que hoje celebramos, Paulo VI pronunciou estas palavras: "Estes Mártires Africanos acrescentam ao álbum dos vencedores, chamado Martirológio, uma página ao mesmo trágica e grandiosa, verdadeiramente digna de figurar ao lado das célebres narrações da África antiga, as quais, neste tempo em que vivemos, julgávamos, por causa da nossa pouca fé, que nunca mais viriam a ter semelhante continuação... Estes Mártires Africanos dão, sem dúvida, início a uma nova era... Com efeito, a África, orvalhada com o sangue destes mártires, que são os primeiros desta nova era, (e queira Deus que sejam os últimos - tão grande e precioso é o seu holocausto), a África renasce livre e resgatada".
Nos Mártires de Uganda realizou-se a palavra de Jesus: "Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto." (Jo 12, 24). As novas comunidades cristã, no coração da África, nascem marcadas pelo seu martírio. O seu sangue é semente de novas comunidades, que floresceram e continuarão a florescer em África, comunidades jovens, dinâmicas e evangelizadoras.
Os Mártires de Uganda são para nós um ícone vivo. São um desafio a construir, com clareza de identidade, a sociedade contemporânea e, como escreveu João Paulo II, a "não deixar faltar a este mundo o clarão da divina beleza que ilumine o caminho da existência humana".
Como batizados, participamos no sacerdócio de Cristo, mas, com Ele e como Ele, somos também "vítimas" do seu e nosso sacerdócio: "Saiamos, então, ao seu encontro fora do acampamento, suportando a sua humilhação... ofereçamos continuamente a Deus um sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome." (Heb 13, 13.15). Os Mártires participam na oblação que Jesus Cristo faz de Si mesmo, para glória e alegria de Deus, e para redenção da humanidade. Com efeito, comenta Cipriani, "O sacrifício de Cristo não pode permanecer isolado, não partilhável; o Seu martírio é um apelo ao nosso martírio". S. Paulo, ao escrever aos Romanos, diz-lhes: "Exorto-vos, irmãos, pela misericórdia de Deus, a que ofereçais os vossos corpos (isto é, vós mesmos) como sacrifício, vivo, santo e agradável a Deus; é este o vosso culto espiritual" (Rom 12, 1).

Oratio

Senhor nosso Deus, que fazeis do sangue dos mártires semente de cristãos, concedei que a seara da vossa Igreja, regada com o sangue de São Carlos Lwanga e seus companheiros, produza sempre abundante colheita para o vosso reino. Ámen. (Coleta da Missa).

Contemplatio

As ladainhas cantam a glória do nome de Jesus, o seu valor, a sua fecundidade... É um nome glorioso pelas suas origens celestes: Jesus, filho do Deus vivo; Jesus, esplendor do Pai; Jesus pureza da luz eterna; Jesus, rei de glória; Jesus, sol de justiça, tende piedade de nós. É um nome glorioso sobre a terra, pela sua beleza sobrenatural e pela sua grande missão: Jesus, filho da Virgem Maria; Jesus amável; Jesus admirável; Jesus, Deus forte; Jesus, Pai do século que há-de vir; Jesus, anjo do grande conselho; Jesus muito poderoso tende piedade de nós. É um nome glorioso pelas suas virtudes: Jesus, muito paciente; Jesus muito obediente; Jesus manso e humilde de coração; Jesus que amais a castidade; Jesus, que nos amastes; Jesus, Deus de paz; Jesus, autor da vida; Jesus, modelo de toda a virtude; Jesus zelador das almas, tende piedade de nós. É um nome glorioso pelos seus títulos mais amáveis: Jesus, nosso Deus; Jesus, nosso refúgio; Jesus, pai dos pobres; Jesus, tesouro dos fiéis; Jesus, bom Pastor; Jesus, verdadeira luz; Jesus, sabedoria eterna; Jesus, bondade infinita; Jesus, nosso caminho e nossa vida; tende piedade de nós. É um nome glorioso pela sua preeminência sobre todas as glórias: Jesus, alegria dos anjos; Jesus, rei dos patriarcas; Jesus, senhor dos apóstolos; Jesus, doutor dos evangelistas; Jesus, mártir e força dos mártires; Jesus, confessor e luz dos confessores; Jesus, virgem e pureza das virgens; Jesus, santo e coroa de todos os santos, tende piedade de nós. Verdadeiramente este nome está acima de todos os nomes. (Leão Dehon, OSP 3, p.59s.).

Actio

Repete muitas vezes e vive hoje a palavra:
"Felizes sereis quando vos perseguirem por minha causa." (cf. Mt 5, 12).
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SS. Carlos Lwanga e Companheiros, Mártires (03 Junho)

Tempo Comum – Anos Ímpares – VIII Semana – Sábado

Tempo Comum – Anos Ímpares – VIII Semana – Sábado

3 de Junho, 2023

Tempo Comum – Anos Ímpares – VIII Semana – Sábado

Lectio

Primeira leitura: Ben Sirá 51, 17-27 (gr. 12-20)

Eu te glorificarei, cantarei os teus louvores, e bendirei o nome do Senhor. 13Quando eu era ainda jovem, antes de ter viajado, busquei abertamente a sabedoria na oração. 14Pedi-a a Deus, diante do santuário, e buscá-la-ei até ao fim. 15Na sua flor, como uva sazonada, o meu coração nela se alegrou; os meus pés andaram por caminho recto; desde a minha juventude tenho seguido os seus rastos. 16Apliquei um pouco o meu ouvido, e logo a percebi; encontrei em mim mesmo muita sabedoria. 17Nela fiz grandes progressos. Tributarei glória àquele que me deu a sabedoria, 18porque resolvi pô-la em prática; tive zelo do bem e não serei confundido. 19Lutou minha alma por ela e pus toda a atenção em observar a Lei. Levantei as minhas mãos ao alto e deplorei a minha ignorância acerca dela. 20Dirigi para ela a minha alma, e na pureza a encontrei. Graças a ela, adquiri inteligência desde o princípio; por isso nunca serei abandonado.

Ben Sirá conclui o seu livro com uma oração, que ocupa o capítulo 50, a partir do versículo 29, e se prolonga pelo capítulo 51, até ao versículo 12. É uma digna conclusão para a sua obra sobre a Sabedoria. As últimas palavras da oração são um propósito em ordem ao futuro: «Eu te glorificarei, cantarei os teus louvores, e bendirei o nome do Senho» (v. 12). Logo depois, ao fazer memória da sua caminhada na busca da Sabedoria, o autor tira outra conclusão: «Graças a ela (à Sabedoria), adquiri inteligência desde o princípio; por isso nunca serei abandonado» (v. 20).
Ben Sirá, na alusão às suas viagens, reconhece que houve tempo, provavelmente na juventude, em que andou desorientado. Mas teve tempo para encontrar a sabedoria, na oração: «Pedi-a a Deus, diante do santuário» (v. 14). Não basta a inteligência e o esforço humano para encontrar a sabedoria, porque ela é, sobretudo, um dom de Deus, uma participação na Sua própria Sabedoria. É por isso que a Sabedoria faz caminhar, faz crescer: «Nela fiz grandes progressos» (v. 17). Sendo a Sabedoria um dom divino, o homem sente necessidade de agradecê-la a Deus: «Tributarei glória àquele que me deu a sabedoria, 18porque resolvi pô-la em prática» (vv. 17b-18ª).
Um dom tão precioso como a Sabedoria não se pode desperdiçar. Por isso, Ben Sirá procura transmiti-la às gerações futuras. Hoje, somos nós que recebemos esse dom, sendo chamados a desposar-nos com a Sabedoria, que nos prepara para a vinda de Cristo, «Sabedoria de Deus».

Evangelho: Marcos 11, 27-33

Naquele tempo, Jesus e os discípulos regressaram a Jerusalém e, andando Jesus pelo templo, os sumos sacerdotes, os doutores da Lei e os anciãos aproximaram-se dele 28e perguntaram-lhe: «Com que autoridade fazes estas coisas? Quem te deu autoridade para as fazeres?» 29Jesus respondeu: «Também Eu vos farei uma pergunta; respondei-me e dir-vos-ei, então, com que autoridade faço estas coisas: 30O baptismo de João era do Céu, ou dos homens? Respondei-me.» 31Começaram a discorrer entre si, dizendo: «Se dissermos ‘do Céu’, dirá: ‘Então porque não acreditastes nele?’ 32Se, porém, dissermos ‘dos homens’, tememos a multidão.» Porque todos consideravam João um verdadeiro profeta. 33Por fim, responderam a Jesus: «Não sabemos.»E Jesus disse-lhes: «Nem Eu vos digo com que autoridade faço estas coisas.»

A atitude «subversiva» de Jesus no templo inquietou os chefes, que resolveram interrogá-lo. Dir-se-ia que se trata de um inquérito à margem do processo oficial. A resposta positiva de Jesus, à pergunta que lhe faziam, equivalia a declarar-se Messias, pois só Messias tem autoridade para tomar tais atitudes. E nada mais seria preciso para um processo oficial contra Ele. Com grande habilidade, Jesus responde com outra pergunta, que lança a confusão entre os seus adversários. Como não tiveram coragem para responder, e se escudaram num lacónico «não sabemos», Jesus despediu-os com uma expressão seca: «Nem Eu vos digo com que autoridade faço estas coisas» (v. 33).
Talvez nos espante esta atitude de Jesus, tão atencioso e compassivo com Bartimeu. Mas o Senhor detesta a arrogância e a má vontade. É puro, mas não ingénuo. Além disso, a sua dureza podia levar os adversários a rever posições ou, pelo menos, a reconhecer que não procuravam a verdade, mas só desembaraçar-se dele.
Jesus dá-nos exemplo de «ética profética». A sua autoridade está na linha da de João Baptista. Se os adversários de Jesus reconhecessem a autoridade de João, a sua resistência a Jesus seria menos grave. Mas não o fizeram. Acabaram por recusar Jesus, mas também por atraiçoar o Baptista, ignorando a confiança que o povo tinha nele, pois o considerava um verdadeiro profeta.

Meditatio

A história da Salvação avança enriquecendo-se progressivamente, até desembocar no Novo Testamento. O Antigo Testamento alude, esboça e anuncia o Novo Testamento, que completa, realiza e leva a pleno cumprimento quanto foi aludido, esboçado, anunciado. A Sabedoria, por exemplo, começa por ser um facto da experiência e do bom senso humano. Mas, progressivamente, assume tons do Divino. Nos fins do Antigo Testamento, é mesmo um atributo divino, propriedade que emana de Deus e investe proveitosamente o mundo. O Sábio percebeu esse progressivo movimento de enriquecimento, e começa a dar-se conta e a comunicar que não se pode viver sem a Sabedoria, que, ao fim e ao cabo, é um dom de Deus. Sem ela, não temos contacto com o divino, e a vida perde sabor. Mas, com ela, tudo tem sentido.
O evangelho apresenta-nos os chefes do povo de Jerusalém que, indispostos, vão interrogar Jesus sobre os milagres que faz. O Senhor contra-ataca, fazendo perguntas que os deixam embaraçados, porque lhes fazem ver que não só não aceitaram o baptismo de João, não procuraram Jesus com pureza de coração, e nem sequer a verdade, mas unicamente os seus interesses mesquinhos. Por isso, acabam por responder: «Não sabemos». Não encontraram a Sabedoria. Pelo contrário, Maria, que sempre gostamos de recordar, particularmente em dia de sábado, é, para nós, modelo da busca da Sabedoria, porque procura a vontade de Deus com simplicidade e pureza de coração. Também ela fez uma pergunta ao anjo, na Anunciação: «Como será isso, se eu não conheço homem?» (Lc 1, 34). A pergunta de Maria não é má. A Virgem apenas pede um esclarecimento. Ouve respostas que não esclarecem tudo, mas lhe dizem que Deus tem um projecto onde Ela entra. E Maria aceita confiadamente participar nele. É o mesmo abandono e disponibilidade que Deus nos pede.
Muitas vezes, os nossos pedidos a Deus, na oração, não obtêm logo resposta. Essa chega-nos na vida, nos acontecimentos
. É por isso que Maria observava o que se passa à sua com Jesus, guardando e meditando tudo no seu coração. Com humildade, paciência e constância, Maria procurava a sabedoria sobre o projecto de Deus, que se revelava pouco a pouco, e ao qual aderia de todo o coração. Assim há-de ser também a nossa atitude.

Oratio

Senhor Jesus, pelas mãos de Maria, tua e minha Mãe, ofereço-Te a minha inteligência para os teus pensamentos; ofereço-Te a minha vontade, para os teus desejos; ofereço- Te os meus sentidos para as tuas obras; ofereço-Te o meu coração, para o teu amor. Faz que, vivendo de Ti, trabalhando por Ti, eu me transforme em Ti. Mãe de Jesus, faz de mim outro Jesus. Amen.

Contemplatio

As qualidades e as condições do reconhecimento. – O nosso reconhecimento (para com Deus) deve ser sobretudo afectuoso, cheio de ternura e de amor. Poderíamos nós amar demasiado aquele que nos ama com um amor tão paternal e que nos cumula com tantos benefícios? O nosso reconhecimento deve ser contínuo. Deve manifestar-se desde o nosso despertar, ao primeiro som dos sinos, que recordam a mensagem do anjo Gabriel a Maria; depois de um empreendimento coroado de sucesso, depois das /545 refeições, ao tomarmos conhecimento de uma notícia feliz e agradável, mesmo no meio da tribulação e das adversidades, a cruz é tão preciosa para nos purificar e nos merecer graças! Façamos de modo a que a nossa vida seja uma acção de graças contínua. Tenho praticado esta virtude até ao presente? O meu espírito tem pensado nisso tão frequentemente como devia? O meu coração está dela penetrado? A minha boca fala dela muitas vezes? Oferece ao meu Deus os sacrifícios de louvor que Ele espera de mim? Sinto retinir as lamentações tão tocantes expressas por Nosso Senhor à Bem-aventurada Margarida Maria: «Não recebo da maior parte senão ingratidões, pelos desprezos, pelas irreverências, pelos sacrilégios e pelas friezas que têm para comigo no sacramento do meu amor… A ingratidão dos homens é-me mais sensível que tudo o que sofri na minha Paixão». (Leão Dehon, OSP4, p. 544s.).

Actio

Repete frequentemente e vive hoje a palavra:
«Eu te glorificarei, cantarei os teus louvores, e bendirei o nome do Senhor» (Sir 51, 12).

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Subsídio litúrgico a cargo de Fernando Fonseca, scj

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