Uma catequista, para fazer rir as colegas, contou o episódio, que transcrevo:
" Estava a dar uma lição de catequese sobre aquele que foi o maior ‘Pescador de Homens’ de sempre. Percebendo que as crianças não compreendiam o porquê deste título, dediquei a aula a esse esclarecimento. Depois de ter esgotado todos os meus argumentos, perguntei se alguém me sabia dizer, afinal, quem era esse ‘Pescador de Homens’. Uma menina levantou o braço e respondeu bem alto:
– É um salva-vidas! "
Aquelas senhoras riram-se, não sei se pelas limitações da catequista ou se pela própria incapacidade de apreender a profundidade da declaração.
De facto todos nós somos náufragos: às vezes sentimo-nos perdidos no alto mar desta vida, açoitados por tempestades, navegando na escuridão. Precisamos de ajuda, de um autêntico salva-vidas. Se Deus chama alguém é para enviá-lo a salvar, para acender uma luz, dar a mão, trazer a um bom porto. À minha volta cada irmão é para mim um salva-vidas, enviado por Deus. E o mesmo Deus também me chama a ser um salva-vidas para o meu irmão.
Se quem caminha a meu lado cair uma vez, a culpa será sua. Mas se cair uma segunda vez, a culpa será minha porque não lhe dei a mão.
Pe. José David Quintal Vieira, scj
davidvieira@netmadeira.com