Do Evangelho segundo São Lucas (Lc 2, 16-21)
Naquele tempo,
os pastores dirigiram-se apressadamente para Belém
e encontraram Maria, José
e o Menino deitado na manjedoura.
Quando O viram, começaram a contar
o que lhes tinham anunciado sobre aquele Menino.
E todos os que ouviam
admiravam-se do que os pastores diziam.
Maria conservava todos estes acontecimentos,
meditando-os em seu coração.
Os pastores regressaram, glorificando e louvando a Deus
por tudo o que tinham ouvido e visto,
como lhes tinha sido anunciado.
Quando se completaram os oito dias
para o Menino ser circuncidado,
deram-Lhe o nome de Jesus,
indicado pelo Anjo,
antes de ter sido concebido no seio materno.
“Encontraram Maria, José e o Menino. E, depois de oito dias, deram-Lhe o nome de Jesus”. Para Lucas, o relato de circuncisão de Jesus quer mostrar a sua pertença ao povo de Israel, mas também o ambiente de piedade em que vivia a sua família. O evangelista sabe que Jesus nasceu pela força do Espírito e que ultrapassa todos os caminhos da história dos homens; ao mesmo tempo, porém, mostra-nos que responde à espera e à piedade do povo israelita. Por isso, foi circuncidado ao oitavo dia.
“Deram-Lhe o nome de Jesus, indicado pelo Anjo, antes de ter sido concebido no seio materno”. É uma clara referência a outra palavra já citada pelo evangelista: “Hás de conceber no teu seio e dar à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus”. Em Israel, atribuir o nome é função do pai, ou de quem tiver autoridade sobre o recém-nascido; o nome não é dado ao acaso, mas indica a missão da pessoa: Jesus significa “Deus salva”, porque o Menino de Belém “salvará o povo dos seus pecados”. Lucas, como Mateus, vê em Jesus o salvador.
Ó Jesus, que fizeste de Maria, tua mãe, a cheia de graça, abençoa-nos e abençoa o ano que hoje começa.
Pensamento do Padre Dehon
Jesus vem redimir tudo pelo seu Sangue, que o seu divino Coração começa a derramar, e pelo nome de Salvador que recebe na circuncisão. (ASC 18).