23º Domingo do Comum – Corrigir-se

1- Necessidade da correcção fraterna.
O pecado nunca é um facto isolado pois nenhum homem é uma ilha. Cada um é parte dum continente. Quando uma ave poisa num ramo é perturbado o equilíbrio de toda a planta. Quando uma pedra cai no lago comunica o movimento a toda a água.

2- Como corrigir.
A) Com serenidade para não aumentar o mal; a sós; na intimidade e num relacionamento pessoal. Conta-se que um dia Platão teve que corrigir um aluno impertinente. Sentando-se, pediu ajuda a um amigo dizendo: Eu não posso corrigi-lo agora porque não me encontro suficientemente calmo.

B) Em espírito de comunhão e oração. É por isso que Jesus, no Evangelho deste Domingo, conclui que onde dois ou três se reunirem em seu nome, estaria no meio deles. Isto porque a comunidade reune-se para fazer oração mas afinal é a oração que constrói a comunidade.
Um dia, uma mãe lamentava-se ao pároco que o seu filho, em crise espiritual, andava transviado pelas más companhias. Dizia com tristeza:
– Eu falo muitas vezes de Deus ao meu filho mas não serve de nada.
Então o santo pároco, consolando-a respondeu:
– Coragem! Se quer obter melhores resultados, mais do que falar de Deus ao seu filho, fale do seu filho a Deus.
E assim fez.. Quanto mais rezava mais calma e compreensiva ficava de modo que o seu filho, assim acolhido, não precisou mais de procurar satisfações longe de casa e corrigiu-se. E a mãe chegou à conclusão que para corrigir é preciso corrigir-se.

Pe. José David Quintal Vieira, scj
davidvieira@netmadeira.com

 

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