Num acampamento de amigos era necessário escolher alguém para a chefia do grupo. Seria o representante de todos, o coordenador das actividades, o responsável pela ordem etc. Fizeram uma votação. Quando o resultado foi anunciado, o mais votado começou por dizer:
– Eu não sou digno dessa escolha. Há outros que tem mais capacidades do que eu. Não sei se serei capaz de ser o chefe que esperais…
Então um colega sugeriu que se escolhesse outro para o seu lugar.
– Caramba – disse o primeiro – já não se pode fazer um acto de humildade?
E não abdicou do seu novo cargo.
Também nós gostamos de ser importantes.
Jesus Cristo lembra-nos que quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado. Ser bom é importante mas o importante é ser bom.
O homem grande é silenciosamente bom. É poderoso, mas sem exibir poder. Adora o que é sagrado, mas sem fanatismo. Carrega fardos pesados, com leveza e sem gemidos. Domina, mas sem insolência. É humilde, mas sem servilismo. Fala a grandes distâncias, mas sem gritar. Ama, sem se oferecer. Faz bem a todos, sem o fazer notar. Renuncia, sem fazer disso um culto. Abre novos caminhos, sem esmagar ninguém. Entra no coração do homem, sem arrombar a porta.
Pe. José David Quintal Vieira, scj
davidvieira@netmadeira.com