33º Domingo do Comum – Amar o que se faz

Numa reflexão sobre a Parábola dos Talentos, pedi que me identificassem as suas personagens indicando o que cada uma tinha e com que ficou, fazendo as contas aritméticas.
Eis uma resposta:

3 x 2 = 6 + 1 = 7
2 x 2 = 4
1 x 0 = 0

Perguntei então qual o valor do coeficiente ou multiplicando.

– É a quantidade do amor – respondeu um miúdo – Duas pessoas tinham amor de grau dois, a outra não tinha amor e por isso ficou sem nada. Sem amor nada se consegue.

De facto há duas maneiras de fazer as coisas: por obrigação, e então são cansativas, aborrecidas e maçadoras e por amor, e então são suaves, alegres e fecundantes. Um estudante que trabalha naquilo que tem vocação torna-se criativo e produtivo. Um profissional que tem o seu trabalho no coração realiza-se e cria um mundo novo. Fazer as coisas com temor e por obrigação, por muito que alguém se esforce, será sempre um peso doloroso e estéril. O importante é amar o que se faz quando não se pode fazer o que se ama. Só assim desaparece o esforço e surge a alegria. Pelo contrário, quando algo nos custa demasiado não é por ser difícil, o que nos falta é essa força interior que é o amor. Tarefa que não redunda em prazer é porque é feita por obrigação.

Pe. José David Quintal Vieira, scj
davidvieira@netmadeira.com

 

 

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