Conta um missionário que, um dia, estava a rezar o breviário e um garoto espreitou a página e viu uma estampa com o Menino Jesus.
– Oh, que lindo! É seu filho?
– Não. Respondeu-lhe, a sorrir, o sacerdote – é meu irmão…
– Ah, está bem. Mas olhe que ele não se parece nada consigo.
– Pois é – Pensou aquele missionário – durante toda a minha vida não faço outra coisa do que procurar ficar parecido com Ele.
Ainda hoje faz-se ouvir a mesma voz de Deus: Tu és meu filho muito amado. Nós somos da mesma Família de Cristo. E como diz a sabedoria popular quem sai aos seus não degenera. Através do Baptismo cada um torna-se parecido com Cristo. Ele deixou-se baptizar para Se identificar connosco e para santificar aquelas águas pelas quais um dia havíamos de passar. Agora é tempo de nos tornarmos parecidos com Ele, nas palavras, nas obras, na vida e no caminhar. É por isso que rezamos nesta Festa do Baptismo do Senhor: já que Cristo se manifestou aos homens na realidade da nossa natureza, que saibamos reconhecê-lo exteriormente semelhante a nós para sermos por Ele interiormente renovados.
Precisamos muito de alguém que seja em tudo parecido com Cristo.
Pe. José David Quintal Vieira, scj
davidvieira@netmadeira.com