Do Evangelho segundo São Marcos (Mc 13, 33-37)
Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos:
“Acautelai-vos e vigiai,
porque não sabeis quando chegará o momento.
Será como um homem que partiu de viagem:
ao deixar a sua casa, deu plenos poderes aos seus servos,
atribuindo a cada um a sua tarefa,
e mandou ao porteiro que vigiasse.
Vigiai, portanto,
visto que não sabeis quando virá o dono da casa:
se à tarde, se à meia-noite,
se ao cantar do galo, se de manhãzinha;
não se dê o caso que, vindo inesperadamente,
vos encontre a dormir.
O que vos digo a vós, digo-o a todos: Vigiai!”.
“Vigiai, porque não sabeis quando virá o dono da casa”. Estamos na terceira parte do discurso escatológico de Jesus. O Senhor refere-se ao final dos tempos e à atitude que os discípulos hão de ter diante desse último e definitivo encontro com Ele. Servindo-se da parábola do homem que partiu de viagem e distribuiu tarefas aos seus servos, mandando ao porteiro vigiar, termina com uma admoestação aos discípulos: “Vigiai!”. O “dono da casa” da parábola é, evidentemente, Jesus. Ao deixar este mundo para voltar para junto do Pai, Ele confiou aos discípulos a tarefa de construir o “Reino” e de tornar realidade um mundo construído de acordo com os valores desse Reino. Os discípulos de Jesus não podem, portanto, cruzar os braços, à espera de que o Senhor venha; eles têm uma missão que hão de realizar, ainda que em situações adversas. A espera, vivida no tempo da história, há de ser ativa, pois implica a construção de um mundo mais humano, mais fraterno, mais justo, mais evangélico.
Vem, Senhor Jesus! Anima as Igrejas e as instituições da humanidade, para que, descobrindo os novos sinais que Deus lhes dá, se empenhem na construção de um mundo mais humano e fraterno.
Pensamento do Padre Dehon
Jesus conclui o seu discurso com uma exortação à vigilância… Vigiemos como amigos, como discípulos do Coração de Jesus. (ASC 495.497).