O Amor de Cristo nos impele (2Cor 5,14).

TEMA DO XXII CAPÍTULO GERAL

“O AMOR DE CRISTO NOS IMPELE (2Cor 5,14).
APAIXONADOS POR CRISTO,
QUE NOS UNE EM FRATERNIDADE,
ANUNCIAMOS O EVANGELHO”

O versículo bíblico pretende acentuar o facto de estar radicados na Palavra de Deus, sobretudo na experiência de São Paulo, grande discípulo e apóstolo. O centro é o amor de Cristo que suscita em cada pessoa e em cada comunidade as motivações que nos fazem viver e cura preocupações e feridas.
Em toda a Congregação, vida fraterna e apostolado devem partir da redescoberta que cada um faz da centralidade de Cristo, do ser “apaixonado” por Ele, pelo seu Coração, pelo seu amor.
Ao fazer-nos progredir no conhecimento de Jesus, a oração reforça os laços da nossa vida comum e abre-os constantemente à sua missão (cf. Cst 78).

A. APAIXONADOS POR CRISTO
 

O conhecimento de Jesus Cristo

CANTO DE EXPOSIÇÃO DO SANTÍSSIMO

INTRODUÇÃO

O cristianismo é, antes de mais, encontro e adesão à pessoa de Cristo na máxima liberdade interior.
A nossa vocação religiosa encontra o seu significado na adesão plena e alegre à pessoa de Jesus (Cst 14). Somos convidados a descobrir cada vez mais a pessoa de Cristo e o mistério do seu coração e a anunciar o seu amor que ultrapassa todo o conhecimento (Cst 17).

Escutai a Palavra de Deus, da Carta do Apóstolo São Paulo aos Filipenses (Fil 3,1-4.7.21)

Meus irmãos, alegrai-vos no Senhor. Escrever-vos as mesmas coisas, a mim não me custa, e a vós torna-vos firmes. Cuidado com esses cães, cuidado com esses maus trabalhadores, cuidado com os falsos circuncisos! Porque nós é que somos pela circuncisão: nós, os que prestamos culto pelo Espírito de Deus, nos gloriamos em Cristo Jesus e não confiamos na carne – ainda que eu tenha razões para, também eu, pôr a confiança precisamente nos méritos humanos. Se qualquer outro julga poder confiar nesses méritos, eu posso muito mais. […] Mas, tudo quanto para mim era ganho, isso mesmo considerei perda por causa de Cristo. Sim, considero que tudo isso foi mesmo uma perda, por causa da maravilha que é o conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor: por causa dele, tudo perdi e considero esterco, a fim de ganhar a Cristo e nele ser achado, não com a minha própria justiça, a que vem da Lei, mas com a que vem pela fé em Cristo, a justiça que vem de Deus e que se apoia na fé. Assim posso conhecê-lo a Ele, na força da sua ressurreição e na comunhão com os seus sofrimentos, conformando-me com Ele na morte, para ver se atinjo a ressurreição de entre os mortos. Não que já o tenha alcançado ou já seja perfeito; mas corro, para ver se o alcanço, já que fui alcançado por Cristo Jesus. Irmãos, não me julgo como se já o tivesse alcançado. Mas uma coisa faço: esquecendo-me daquilo que está para trás e lançando-me para o que vem à frente, corro em direcção à meta, para o prémio a que Deus, lá do alto, nos chama em Cristo Jesus. Todos nós, os perfeitos, tenhamos, pois, estes sentimentos! E, se porventura tiverdes sentimentos diferentes, Deus vos há-de esclarecer sobre este assunto. De qualquer modo, aquilo a que chegámos, é por isso que nos devemos orientar.

Silêncio para reflexão pessoal e para adoração

ORAÇÃO

Abbá, Pai,
torna o nosso coração simples e humilde,
para que tudo aquilo que para nós possa ser um lucro
o consideremos com perda
diante do sublime conhecimento de Cristo, nosso Senhor,
pelo qual queremos deixar perder todas as outras coisas,
considerando tudo como lixo,
a fim de nos encontrarmos n’Ele.

Concede-nos conhecer hoje o teu Cristo,
o poder da sua ressurreição,
a participação nos seus sofrimentos,
tornando-nos conformes na morte,
na esperança de chegar à ressurreição.

Conserva-nos, ó Pai bom e misericordioso,
Bem unidos no seguimento de Cristo,

CÂNONE DE TAIZÉ (OU OUTRO)

Todos: Glória a Ti, glória a Ti, ó Senhor!

Proclamação das invocações, por um leitor:

– Jesus, imagem do Deus invisível (cf. Col 1,15).
– Jesus, em Ti escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência (cf. Col 2,3).
– Jesus, crucificado, Tu és poder e sabedoria de Deus (cf. 1Cor 1,24).

Todos: Glória a Ti, glória a Ti, ó Senhor!

– Jesus, morreste pelos nossos pecados e ressuscitaste para nossa justificação (cf. Rm 4,25).
– Jesus, vencedor da morte, em Ti vivemos para Deus (cf. Rm 6,11).
– Jesus, estás sempre vivo a interceder por nós (cf. Rm 8,34).

Todos: Glória a Ti, glória a Ti, ó Senhor!

– Jesus, fizeste superabundar a graça e a vida onde abundou o pecado e a morte (cf. Rm 5,20-21).
– Jesus, pela tua oferta generosa estamos em paz com Deus (cf. Rm 5,1).
– Jesus, para Ti vai até Deus o nosso Ámen, para louvor da sua glória (cf. 2Cor 1,20).

Todos: Glória a Ti, glória a Ti, ó Senhor!