oblação quotidiana – Semana I, III, V e VII da Páscoa

Domingo

Cristo, sacerdote e vítima

P – Irmãos: Cristo entrou uma só vez no Santuário, não com sangue de carneiros ou de vitelos, mas com o seu próprio sangue, tendo obtido uma redenção eterna. O sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo a Deus, purificará a nossa consciência das obras mortas, para que prestemos culto ao Deus vivo (cf. Heb 9, 12-14).

T – Pai santo,
Queremos louvar-te e bendizer-te sempre,
mas com maior solenidade neste tempo
em que Cristo, nossa Páscoa, foi imolado.
Pela oblação do seu Corpo na cruz,
levou à plenitude os sacrifícios antigos
e, entregando-Se a Ti pela nossa salvação,
tornou-Se Ele mesmo o sacerdote, o altar e o cordeiro.
Concede-nos unir
a nossa vida religiosa e apostólica,
com todas as suas alegrias e sofrimentos,
à sua oblação reparadora,
a fim de que, participando na sua paixão e morte,
sejamos consagrados
para tua glória
e redenção do mundo.
Amen.

Segunda-feira

Cristo, renovador do universo

P – Irmãos: os sofrimentos do tempo presente não têm comparação com a glória que há-de revelar-se em nós. Até a criação se encontra em expectativa ansiosa, na esperança de que também ela será libertada da escravidão da corrupção, para alcançar a glória dos filhos de Deus (cf. Rom 8, 18-22). Por isso, ofereçamo-nos com Cristo para a renovação do universo.

T – Pai santo,
é nosso dever,
louvar-te sempre,
mas com maior solenidade neste tempo
em que Cristo, nossa Páscoa, foi imolado.
Vencendo a antiga corrupção do pecado,
renovou a vida do universo com uma nova criação
e restaurou o género humano na sua integridade original.
Olha para a oblação que, hoje, te apresentamos
unida à que Ele mesmo te ofereceu
para o advento de uma nova humanidade
num universo regenerado,
prenúncio e primícias
da Pátria celeste.
Amen.

Terça-feira

Cristo, vivo a interceder por nós

P – Irmãos: Cristo pode salvar de modo definitivo os que por meio dele se aproximam de Deus, pois Ele está vivo para sempre, a fim de interceder por nós (cf. Heb 7, 25). Unamos à sua oração a nossa oblação matutina.

T – Pai santo,
queremos louvar-te e bendizer-te
sempre e em toda a parte,
particularmente neste tempo
em que Cristo, nossa Páscoa, foi imolado.
Ele se oferece continuamente por nós
e nos defende com a sua intercessão.
Foi imolado sobre a cruz, mas não morrerá jamais;
foi morto, mas agora vive para sempre.
Queremos, hoje, renovar a nossa oblação
e unir-nos à sua oração de intercessão
pela humanidade inteira.
Dá-nos a graça de compreender
que da oração assídua
depende a fidelidade de cada um e das nossas comunidades
a nossa vocação oblativa reparadora
bem como a fecundidade do nosso apostolado.
Amen.

Quarta-feira

Cristo, nossa Páscoa

P – Irmãos,
Cristo, nossa Páscoa, foi imolado!
Purifiquemo-nos do velho fermento,
para sermos uma nova criatura (cf. 1 Cor 5, 7).

T – Cantamos a tua Ressurreição,
Senhor Jesus Cristo,
que venceste a morte
e deste novamente ao mundo a alegria da vida.
Vives na glória do Pai
e continuas a oferecer o teu Sangue por nós
como dom de amor eternamente agradável;
à tua oblação pascal, unimos a nossa,
para vivermos a vida nova que nos conquistaste.
Ensina-nos a acreditar no mistério fecundo
da semente que morre para dar a vida.
Ó sacerdote eterno,
que reconduzes a Deus a humanidade afastada,
atrai todos os homens a Ti,
fá-los vencedores contra toda a forma de morte,
e guia-os para Deus por caminhos de paz.
Amen.

Quinta-feira

Cristo ressuscitado, dá-nos o Espírito

P – Irmãos, o Espírito vem em ajuda da nossa fraqueza.
Com efeito, nós não abemos o que devemos pedir em nossas orações,
mas é o próprio Espírito que intercede por nós
com gemidos inefáveis.
E Deus, que perscruta os nossos corações, bem sabe o que o Espírito deseja,
pois é em conformidade com Deus que Ele intercede por nós (cf. Rom 8, 26-27).

T – Vem, Espírito Santo,
dom pascal do Senhor Ressuscitado,
enche a Igreja com o teu poder de vida.
Ó amor infinito do Pai e do Filho,
visita a nossa Família Dehoniana;
faz com que ela acredite e anuncie a alegre notícia de que Deus é Amor.
Tu que transformas o pão no Corpo de Cristo
e o vinho no seu Sangue,
reaviva em nós a memória dos seus mistérios
e transforma-nos em oferta eucarística,
para glória de Deus, para a vida do mundo.
Renova a face da terra
desfigurada por tantos males;
sustenta com a tua força os bons projectos de toda a família humana.
Amen.

Sexta-feira

Cristo nosso Cordeiro Pascal

P – Irmãos, exultemos e cantemos de alegria no Senhor porque Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado: com Ele e n´Ele ofereçamo-nos ao Pai, como hóstia viva, santa e agradável (cf. 1 Cor 5, 7; Rom 12, 1).

T – Pai santo,
que ressuscitaste o teu Filho do sepulcro
e O constituíste autor da vida nova,
deixa-nos cantar hoje o poder vitorioso do teu amor.
Libertos finalmente do pecado e da morte,
oferecemo-nos jubilosamente a Ti
e oferecemos também o mundo
com as suas esperanças e alegrias,
tristezas e angústias,
para que venha a ser transfigurado
pelo sacrifício pascal de Cristo.
Ajuda-nos, Pai, a purificar-nos
do velho fermento das obras da malícia e do pecado,
para caminharmos alegremente
na novidade do teu Reino
para o qual a Páscoa de Cristo nos transferiu.
Amen.

Sábado

Em Cristo fomos santificados

P – Alegrai-vos na medida em que participais nos sofrimentos de Cristo, a fim de que possais também alegrar-vos e exultar no dia em que se manifestar a sua glória (cf 1 Pe 4, 13).

T – Bendito és tu,
Senhor nosso Deus,
porque ressuscitaste gloriosamente
a Cristo, teu Filho,
e nele abençoaste e santificaste
todo o género humano.
Bendito és tu
porque associaste à alegria da Páscoa
Aquela que quis unir-se
à Paixão do teu Filho.
Em comunhão com ambos,
queremos hoje oferecer-te o louvor dos nossos lábios,
o dom da nossa vida renovada
e o testemunho das nossas obras.
Amen.

 

Fernando Fonseca, scj