QUINTA-FEIRA DA IV SEMANA DO TEMPO COMUM

Do Evangelho segundo S. Marcos (6, 7-13)

Naquele tempo,
Jesus chamou os doze Apóstolos
e começou a enviá-los dois a dois.
Deu-lhes poder sobre os espíritos impuros
e ordenou-lhes que nada levassem para o caminho,
a não ser o bastão:
nem pão, nem alforge, nem dinheiro;
que fossem calçados com sandálias,
e não levassem duas túnicas.
Disse-lhes também:
«Quando entrardes em alguma casa,
ficai nela até partirdes dali.
E se não fordes recebidos em alguma localidade,
se os habitantes não vos ouvirem,
ao sair de lá, sacudi o pó dos vossos pés
como testemunho contra eles».
Os Apóstolos partiram e pregaram o arrependimento,
expulsaram muitos demónios,
ungiram com óleo muitos doentes e curaram-nos.

“Começou a enviá-los”. A proclamação do Reino não se faz de modo ocasional. Jesus cria uma “instituição” permanente que põe em movimento e planifica o anúncio da Boa Nova. São os Doze que, depois da visita a Nazaré, Jesus chama e envia em missão, dando-lhes os seus próprios poderes.

Distinguimos no texto três momentos: no primeiro, Jesus dá orientações sobre o estilo de vida dos missionários: não devem levar provisões, mas confiar na generosidade daqueles a quem se dirigem; no segundo, define o método de pregação: deter-se em casa de quem os acolhe, mas abandonar sem lamentações as daqueles que os não recebam; no terceiro momento, Marcos apresenta a execução: os discípulos partem, pregam a conversão, fazem exorcismos e curas com sucesso.

Contentar-se com o essencial da vida, que se apoia na absoluta confiança no Senhor, é condição indispensável para estar ao serviço da Palavra. Isto tem a ver com cada um dos missionários, mas também com a própria Igreja que, não só há de ser Igreja dos pobres, mas também Igreja pobre.

Senhor Jesus, que todos aqueles que escolhes, chamas e envias sigam as instruções que deste aos Doze e delas façam o seu programa de vida e ação.

Pensamento do Padre Dehon

Depois da ressurreição, Jesus dá aos apóstolos a missão definitiva de fundar a igreja e de nela fazerem entrar todos os homens pelo sacramento do batismo: “Ide, pregai, ensinai e batizai!”. (ASC 214).

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