QUINTA-FEIRA DA XX SEMANA DO TEMPO COMUM

Do Evangelho segundo S. Mateus (22, 1-1)

Naquele tempo,
Jesus dirigiu-Se de novo
aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo
e, falando em parábolas, disse-lhes:
“O reino dos Céus pode comparar-se a um rei
que preparou um banquete nupcial para o seu filho.
Mandou os servos chamar os convidados para as bodas,
mas eles não quiseram vir.
Mandou ainda outros servos, ordenando-lhes:
‘Dizei aos convidados:
Preparei o meu banquete, os bois e cevados foram abatidos,
tudo está pronto. Vinde às bodas’.
Mas eles, sem fazerem caso,
foram um para o seu campo e outro para o seu negócio;
os outros apoderaram-se dos servos,
trataram-nos mal e mataram-nos.
O rei ficou muito indignado e enviou os seus exércitos,
que acabaram com aqueles assassinos e incendiaram a cidade.
Disse então aos servos:
‘O banquete está pronto, mas os convidados não eram dignos.
Ide às encruzilhadas dos caminhos
e convidai para as bodas todos os que encontrardes’.
Então os servos, saindo pelos caminhos,
reuniram todos os que encontraram, maus e bons.
E a sala do banquete encheu-se de convidados.
O rei, quando entrou para ver os convidados,
viu um homem que não estava vestido com o traje nupcial
e disse-lhe:
‘Amigo, como entraste aqui sem o traje nupcial?’.
Mas ele ficou calado.
O rei disse então aos servos:
‘Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o às trevas exteriores;
aí haverá choro e ranger de dentes’.
Na verdade, muitos são os chamados,
mas poucos os escolhidos”.

“Convidai para as bodas todos os que encontrardes”. O banquete de núpcias é a mais alta expressão de festa na cultura de Jesus, que compara o reino de Deus exatamente ao banquete de núpcias que um rei manda preparar para o seu filho. Era de esperar uma festa bem-sucedida. Mas os convidados recusam participar. Para Mateus, esta parábola refere-se a Israel que, desde os seus princípios, foi um povo rebelde, e acabou por recusar o Messias com os seus dons. Mas Deus, que tem “tudo pronto”, abre o banquete a outros convidados. Os novos comensais formam o novo Israel, a Igreja santa, mas sempre carecida de conversão, que, precisa de estar atenta para conservar a veste nupcial.
Esta parábola ensina-nos que o convite para o banquete é uma graça, um dom que envolve e compromete toda a nossa vida. Podemos acolhê-lo ou recusá-lo, entrar no banquete ou recorrer a desculpas e justificações, que não passam de autoenganos. A entrada na sala nupcial não garante a salvação. Ainda que seja gratuita e oferecida a todos, exige dos participantes a veste nupcial e as disposições correspondentes, especialmente “revestir-se de Cristo”.

Senhor, rogo-te por aqueles que continuas a convidar para o Reino, para que não procurem desculpas, mas acolham o dom do teu amor.

Pensamento do Padre Dehon

No Evangelho, Jesus chama a este festim as núpcias do Filho do Rei. Os servos do Rei não vêm; então convida os desconhecidos, as pessoas de fora. Vários vêm, mas um deles não tem a veste nupcial, tem uma veste suja, deitam-no fora. Os servos, eram o povo judeu. As pessoas de fora, somos nós. (ASC 642s.).

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