SÁBADO DA VII SEMANA DA PÁSCOA

Do Evangelho segundo S. João (21, 20-28)

Naquele tempo,
Pedro, ao voltar-se,
viu que o seguia o discípulo predileto de Jesus,
aquele que, na Ceia, se tinha reclinado sobre o seu peito
e Lhe tinha perguntado:
“Senhor, quem é que Te vai entregar?”
Ao vê-lo, Pedro disse a Jesus:
“Senhor, que será deste?”.
Jesus respondeu-lhe:
“Se Eu quiser que ele fique até que Eu venha,
que te importa? Tu, segue-Me”.
Divulgou-se então entre os irmãos o boato
de que aquele discípulo não morreria.
Jesus, porém, não disse a Pedro que ele não morreria,
mas sim: “Se Eu quiser que ele fique até que Eu venha,
que te importa?”
É este o discípulo que dá testemunho destes factos
e foi quem os escreveu;
e nós sabemos que o seu testemunho é verdadeiro.
Jesus realizou muitas outras coisas.
Se elas fossem escritas uma a uma,
penso que nem caberiam no mundo inteiro
os livros que era preciso escrever.

“Senhor, que será deste?”. João, o discípulo amado, aparece, mais uma vez, com Pedro. Esta presença de Pedro, cuja autoridade é reconhecida, serve para acreditar a de João e o seu testemunho.
A Igreja, desde cedo, considerou o martírio como o modo mais elevado de glorificar a Deus. Jesus predissera o martírio a Pedro. Quanto a João, as suas palavras eram enigmáticas: “Se Eu quiser que ele fique até que Eu venha, que te importa?”.
Os primeiros cristãos julgavam iminente a segunda vinda de Jesus. Embora muitos morressem, muitos outros viveriam, até ao regresso do Senhor. Seria o caso de João. Mas a vinda do Senhor não aconteceu como pensavam, e a morte do discípulo amado desconcertou muita gente. Foi preciso esclarecer a sentença de Cristo. O texto, que hoje escutamos, visa esse esclarecimento. O testemunho de Pedro garante a verdade do testemunho de João, que está na base do IV Evangelho. “Nós sabemos que o seu testemunho é verdadeiro”. Este “nós” indica a comunidade de discípulos, que surgiu à volta do testemunho de João.

Senhor, peço-Te pelos que buscam a verdade, para que, pelo testemunho e pelo ensino dos Apóstolos, recebam do Espírito Santo a alegria de a encontrar.

Pensamento do Padre Dehon

Pedro é um dos íntimos do Coração de Jesus. Está sempre junto de Jesus, com João e Tiago. João amava Jesus mais ternamente. Pedro amava fortemente; amava muito porque muito lhe tinha sido perdoado. (ASC 703s.).

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