SEXTA-FEIRA DA VI SEMANA DA PÁSCOA

Do Evangelho segundo S. João (16, 20-23a)

Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos:
“Em verdade, em verdade vos digo:
Chorareis e lamentar-vos-eis,
enquanto o mundo se alegrará.
Estareis tristes,
mas a vossa tristeza converter-se-á em alegria.
A mulher, quando está para ser mãe,
sente angústia, porque chegou a sua hora.
Mas depois que deu à luz um filho,
já não se lembra do sofrimento,
pela alegria de ter dado um homem ao mundo.
Também vós agora estais tristes;
mas Eu hei de ver-vos de novo
e o vosso coração se alegrará
e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria.
Nesse dia, não Me fareis nenhuma pergunta”.

“A vossa tristeza converter-se-á em alegria”. O encontro “espiritual” com Cristo ressuscitado produz a liberdade e a alegria nos crentes. Aderindo ao Senhor pela fé, e afastando-se do mundo, os discípulos tornam-se verdadeiramente livres, e gozam de uma alegria que nada nem ninguém lhes podem tirar. Nos capítulos 20 e 21 de João, verificamos que essa liberdade e essa alegria vêm da reconciliação do homem com Deus, realizada por Cristo, e expressa sobretudo na oração comunitária. Tal como a mulher que deu à luz está feliz porque terminaram as suas dores, e deu ao mundo uma nova criatura, assim o cristão está contente porque a sua alegria, fundada na dor, desabrochou na vida nova que é a Páscoa do Senhor. A morte infame de Jesus transformou-se em alegria retumbante, que nada nem ninguém podem tirar aos seus discípulos, porque se fundamenta na fé n´Aquele que vive à direita de Deus. A partir da ressurreição, a comunidade cristã, iluminada pelo Espírito, terá uma visão nova da vida e das coisas.

Senhor, peço-Te pelos que te escolheram como luz das suas vidas, para que nem as alegrias nem as penas deste mundo os impeçam de continuar a seguir-Te como discípulos missionários.

Pensamento do Padre Dehon

Suportemos as provações com coragem. Os filhos de Deus mantêm a serenidade nos seus sofrimentos. Oferecem-nos a Deus, unem-nos aos do Coração de Jesus, e assim se tornam leves para eles. Oferecem-nos em reparação, em expiação dos seus pecados e dos pecados do mundo. (ASC 466).

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