Do Evangelho segundo S. Lucas (11, 37-41)
Naquele tempo,
depois de Jesus ter falado,
um fariseu convidou-O para comer em sua casa.
Jesus entrou e tomou lugar à mesa.
O fariseu admirou-se,
ao ver que Ele não tinha feito as abluções antes de comer.
Disse-lhe o Senhor:
“Vós, os fariseus, limpais o exterior do copo e do prato,
mas o vosso interior está cheio de rapina e perversidade.
Insensatos! Quem fez o interior não fez também o exterior?
Dai antes de esmola o que está dentro
e tudo para vós ficará limpo”.
“Dai esmola e tudo para vós ficará limpo”. Em casa de um fariseu, Jesus continua o discurso sobre a honestidade de pensamento e sobre a pureza das intenções. Jesus fala e comporta-se com total liberdade, parecendo mesmo provocar o espanto e o desprezo do fariseu. Atira-se contra o formalismo e a vaidade de quem se pensa justo só porque cumpre rigorosamente os ritos.
A propósito da purificação do copo e do prato, Jesus fala da pureza do coração do homem. A higiene evangélica exige a exclusão da ganância e do egoísmo, que geram “rapina e maldade”. O que garante a pureza do coração é a caridade. Da caridade vem a generosidade, que sabe dar esmolas, quando reconhece ter recebido tudo de Deus. Podemos confrontar o texto paralelo de Mateus (7, 15.21-23), onde Jesus dá mais explicações sobre a pureza do coração.
Senhor Jesus, que os responsáveis pela vida pública do nosso País não se preocupem só com as aparências, mas também em dizer a verdade aos cidadãos.
Pensamento do Padre Dehon
Natanael ganhou o coração de Jesus pela simplicidade e retidão do seu coração. (ASC 48).