Do Evangelho segundo S. Mateus (11, 25-30)
Naquele tempo, Jesus exclamou:
“Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes
e as revelaste aos pequeninos.
Sim, Pai, Eu Te bendigo,
porque assim foi do teu agrado.
Tudo Me foi dado por meu Pai.
Ninguém conhece o Filho senão o Pai
e ninguém conhece o Pai senão o Filho
e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
Vinde a Mim,
todos os que andais cansados e oprimidos,
e Eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo
e aprendei de Mim,
que sou manso e humilde de coração,
e encontrareis descanso para as vossas almas.
Porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve”.
“Sou manso e humilde de coração”. Após o “discurso da missão” e o envio dos discípulos, Mateus inicia uma nova secção do seu Evangelho dedicada às reações e atitudes das pessoas e grupos diante de Jesus e da sua proposta do “Reino”.
Nos versículos anteriores ao texto que nos é hoje proposto, Jesus havia dirigido uma veemente crítica aos habitantes de algumas cidades situadas à volta do lago de Tiberíades porque foram testemunhas da sua proposta de salvação e se mantiveram indiferentes. Estavam demasiado cheios de si próprios, instalados nas suas certezas, calcificados nos seus preconceitos e não aceitavam questionar-se, e abrir-se à novidade de Deus.
Agora, Jesus manifesta-Se convicto de que a sua proposta encontrará acolhimento entre os pobres e marginalizados, desiludidos com a religião “oficial”, que anseiam pela libertação que Deus tem para lhes oferecer.
O nosso texto consta de três “sentenças”. Dois desses “ditos” aparecem também em Lucas e devem provir de um documento que reuniu os “ditos” de Jesus e que tanto Mateus como Lucas utilizaram na composição dos seus evangelhos. O terceiro é exclusivo de Mateus.
Abençoa, Senhor, os que em Ti exultam de alegria, os que por Ti oferecem a sua vida, e os que lutam contra o mal que os rodeia,
Pensamento do Padre Dehon
S. Mateus recorda uma palavra deliciosa do Salvador: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de Coração”. Mas S. João pinta-se a si mesmo a repousar sobre o Coração de Jesus, e revela-nos a abertura do Coração de Jesus no Calvário. (ASC 413).