SÁBADO DA XXVIII SEMANA DO TEMPO COMUM

Do Evangelho segundo S. Lucas (12, 8-12)

Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos:
“A todo aquele que Me tiver reconhecido diante dos homens
também o Filho do homem o reconhecerá
diante dos Anjos de Deus.
Mas quem Me tiver negado diante dos homens
será negado diante dos Anjos de Deus.
E todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do homem
será perdoado;
mas quem tiver blasfemado contra o Espírito Santo
não será perdoado.
Quando vos levarem às sinagogas,
aos magistrados e às autoridades,
não vos preocupeis com o que haveis de responder
nem com o que haveis de dizer em vossa defesa.
O Espírito Santo vos ensinará naquela hora
o que haveis de dizer”.

“O Espírito Santo vos ensinará o que haveis de dizer”. Lucas reúne neste texto um conjunto de palavras de Jesus para encorajar os cristãos que enfrentam perseguições. Também lhes oferece critérios de comportamento. É preciso enfrentar o presente com esperança no futuro, porque o “hoje” determina a eternidade. Não havendo “outro nome dado aos homens … para que sejam salvos”, a nossa salvação depende do nosso reconhecimento público de Jesus.
Isto parece contradizer o que se diz no versículo seguinte. Há que distinguir. Alguns autores pensam que Lucas compreenda a dificuldade de alguns em reconhecer no Jesus terreno o Salvador. Por isso, admite que se “fale contra o Filho do homem”; mas não há perdão para quem blasfemar “contra o Espírito Santo”, isto é, para alguém que, tendo recebido a graça da revelação de Deus, não dá testemunho público de Cristo. Neste caso, não dar testemunho, torna-se infidelidade e motivo de condenação. Mas, quando a ação do Espírito é acolhida pelo crente, este pode estar certo do apoio do Espírito quando for chamado a dar testemunho diante dos homens.

Senhor Jesus, que o Espírito Santo ponha em nossos lábios as palavras que havemos de dizer, quando formos julgados por acreditarmos em Ti.

Pensamento do Padre Dehon

Animado por esta sede e sustentado pela força do Espírito Santo, hei de pôr-me em ação para fazer ou sofrer grandes coisas, segundo a vossa divina vontade. (ASC 567).

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