VI DOMINGO DA PÁSCOA – ANO A

Do Evangelho segundo S. João (14, 15-21)

Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos:
“Se Me amardes, guardareis os meus mandamentos.
E Eu pedirei ao Pai, que vos dará outro Paráclito,
para estar sempre convosco:
Ele é o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber,
porque não O vê nem O conhece,
mas que vós conheceis,
porque habita convosco e está em vós.
Não vos deixarei órfãos: voltarei para junto de vós.
Daqui a pouco o mundo já não Me verá,
mas vós ver-Me-eis, porque Eu vivo e vós vivereis.
Nesse dia reconhecereis que Eu estou no Pai
e que vós estais em Mim e Eu em vós.
Se alguém aceita os meus mandamentos e os cumpre,
esse realmente Me ama.
E quem Me ama será amado por meu Pai,
e Eu amá-lo-ei e manifestar-Me-ei a ele”.

“O Pai vos dará outro Paráclito”, outro advogado. É a palavra de consolo que Jesus deixa aos discípulos, tristes com o anúncio da sua próxima partida. O Senhor inspira-se nos processos legais e nos costumes hebraicos. A pessoa acusada podia apresentar um advogado, que aduzisse provas em seu favor e que, pela sua autoridade pessoal, pudesse influenciar favoravelmente o juiz. Os Judeus acreditavam que, no Juízo final, podiam contar com as suas boas obras e as dos seus antepassados, mas também com um advogado desse tipo.
No Quarto Evangelho, é prometido aos crentes um advogado, não só para o futuro juízo de Deus, mas para já, logo depois da partida de Jesus. Esse advogado é o Espírito Santo, que apoiará os cristãos nas suas dificuldades, principalmente no difícil testemunho da fé. É o Espírito que continua a obra de Jesus, dando a conhecer a verdade a respeito d’Ele. O mundo, isto é, os não-crentes são incapazes de receber o ensinamento do Espírito. Por isso, deixará de ver Jesus, que vai embora. Os discípulos, porém, vêem-n’O, porque acreditam n’Ele. É a visão da fé.

Senhor, abre-nos o coração ao dom do teu Espírito, para que saibamos dar a todos as razões da nossa esperança.

Pensamento do Padre Dehon

Enquanto vivia com os seus discípulos, Jesus iniciava-os na verdade: Eu sou a verdade. Deixando-os, prometeu-lhes o Espírito da verdade, que os consolaria da sua ausência. É para nós um dom totalmente celeste. (ASC 431).

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