Dia 29 – Família Dehoniana

 

 

 

A Associação Reparadora

O Pe. Dehon tinha consciência que o carisma recebido de Deus era para a edificação da Igreja; que a espiritualidade, à qual o Espírito o havia conduzido, era para ser partilhada com outros: não só com os religiosos seus discípulos, mas também com os leigos e os sacerdotes diocesanos.

Seguro destas convicções, o Pe. Dehon, depois de ter fundado os Oblatos do Sagrado Coração, funda também a “Associação Reparadora do Sagrado Coração de Jesus”, para agregar à sua Obra sacerdotes diocesanos e leigos, que compartilhassem o seu próprio carisma. A 8.02.1889 Monsenhor Thibaudier emana um decreto de erecção canónica como associação diocesana. A agregação realizava-se segundo as modalidades litúrgicas do tempo: dava-se ao agregado um segundo nome de religião; pronunciavam o acto de oblação de si mesmos ao Coração de Jesus em união à Obra dos Oblatos.

Pe. Dehon transmite-nos o elenco dos primeiros agregados: uma trintena de pessoas, sendo o primeiro nome o arcipreste Mathieu da Basílica de S. Quentin, e o último o de sua mãe, Estefânia Dehon. Destes associados, ele diz: “Muitas destas pessoas viram a sua oblação verdadeiramente aceites por Deus e a sua imolação a realizar-se através das cruzes da Providência. Diversas eram consideradas entre as pessoas mais edificantes da cidade” (NHV VII, 219).

Em diversos documentos oficiais dirigidos à Santa Sé, e à Congregação, o Pe. Dehon recorda também a Associação Reparadora. Em diversas circunstâncias obtém da Santa Sé indulgências e privilégios espirituais para os Associados e os Agregados. Na carta circular de 1919, ao notificar as decisões do XVIII Capítulo Geral, recorda também: “Desenvolvemos a nossa Associação Reparadora. Procuramos Associados e Agregados, que trabalhem connosco para o Reino do Sagrado Coração”.

A 14 de Março de 1923 o Pe. Dehon obtém da Santa Sé a erecção canónica da Associação “Adveniat Regnum tuum” em substituição da “Associação Reparadora”. A Associação Reparadora, enquanto de carácter diocesano, dependia directamente do Bispo de Soissons, que depois nomeava o Pe. Dehon como Director, como teria podido nomear mesmo um sacerdote estranho ao Instituto. Pelo contrário, com este reconhecimento jurídico, a Santa Sé liga a nova Associação directamente à Congregação, de modo que ela poderia estabelecer-se numa diocese sem necessidade de ulteriores Decretos do Bispo do lugar.

A Associação “Adveniat Regnum tuum” consolidada e ligada estritamente à Congregação, teve um grande desenvolvimento nas Províncias da Europa até depois da segunda guerra mundial.

A crise que se verificou no após-guerra, acerca das formas tradicionais da devoção ao Sagrado Coração, bem como a renovação eclesial promovida pelo Concílio Vaticano II, contribuíram a redescobrir agora novas modalidades de participação na Família Dehoniana.

Da entrevista do P. Umberto Chiarello Scj à TeleDehon em Março de 1996, publicada como opúsculo para os benfeitores na revista “Piccola Opera Sacro Cuore” de Vitorchiano, em Março de 1997.

Tradução: P. Manuel Chícharo, scj

 

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