XXIII Capítulo Geral SCJ: Crónica de 30 de Maio. Peregrinação a Subiaco

Sendo fim-de-semana, este escriba estaria em princípio dispensado destes afazeres. Mas dado que o dia foi especial, impõe-se a escrita de algumas linhas.

Estava no programa e os programas são para cumprir: às 8h da manhã saímos, de autocarro, para a prevista peregrinação a Subiaco. Não fomos todos, faltaram sobretudo alguns italianos, que já contam mais visitas a Subiaco que os dedos de muitas mãos.

Porquê Subiaco? Porque foi ali, a pouco mais de 70 km de Roma, em plena montanha, que São Bento deu início à grande ordem Beneditina, em finais do século V, início do século VI. Não é aqui o espaço para explanar toda a história desta extraordinária “aventura”. Mas foi isso que saboreámos ao longo desta jornada, com a visita ao Mosteiro de Sacro Speco e ao Mosteiro de Santa Escolástica.   

Não foi fácil chegar lá acima, sobretudo ao primeiro dos mosteiros referidos: os autocarros não podiam deixar-nos à porta nem perto, foi necessário subir a pé. E a subida não era nada meiga, para mais com o calor que já se fazia sentir a meio da manhã. Houve algumas quedas e quem começasse a duvidar de conseguir chegar, mas chegámos todos. E valeu a pena! As visitas guiadas foram de muita qualidade, ficámos a saber muito sobre esta que é a mais antiga ordem monástica do Ocidente. Subiaco é, sem dúvida, um lugar de história, de silêncio e de paz.

Porque de peregrinação se tratava, reservámos tempo para a oração e a celebração. Celebrámos missa no Mosteiro de Sacro Speco. Foi o Provincial da Itália do Sul que presidiu, mas tivemos uma longa palestra logo no início da celebração, feita por D. Mauro, Abade dos dois mosteiros. Falou-nos da espiritualidade de São Bento e dos vários desafios que o Papa Francisco tem feito a todos os consagrados, sobretudo a insistência para ir ao encontro das periferias da humanidade.

É verdade que São Bento não foi de grande alimento na sua experiência em Subiaco, sobretudo nos primeiros tempos. Mas não nos pareceu muito oportuno imitar esses dias de jejum. Almoçámos no restaurante que existe nas dependências do Mosteiro de Santa Escolástica. Não foi propriamente um solene banquete, mas o suficiente para recuperar as forças gastas na dura subida.   

José Agostinho F. Sousa, scj

plugins premium WordPress