Assembleia Geral da CIRP – Mensagem Final

Nós, superiores maiores dos institutos religiosas e sociedades de vida apostólica e membros dos secretariados regionais e das comissões nacionais da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP), estivemos reunidos em assembleia geral de 18 a 20 de novembro de 2013, que coincide com os últimos dias do Ano da Fé. Queremos deixar uma mensagem de fé que nos torne mais fecundos no amor e nos abra à esperança, em atitude de acolhimento e de compromisso.

1. Acolhemos, de forma agradecida, aquelas que serviram a vida religiosa em Portugal e que deixam de dar esse contributo específico, nomeadamente a Ir. Maria Manuel Oliveira, doroteia, que durante duas décadas serviu com extrema generosidade e imensa dedicação esta causa comum, e a Ir. Fátima Gama, espiritana, que participou ativamente na direção da CIRP.

Comprometemo-nos a apoiar aqueles que se disponibilizam, a partir desta assembleia, a servir a mesma causa comum, nas pessoas do novo secretário geral, Padre Constantino Tiago Espírito Santo, dehoniano, e da Ir. Maria Sameiro, hospitaleira do Coração de Jesus, como novo membro da direção.

2. Acolhemos o fecundo trabalho que os membros dos secretariados regionais promovem em ambiente de oração e celebração, de reflexão a partilha, de diálogo e convívio, inserindo-nos nas iniciativas diocesanas e em ligação muito íntima com as ordens de vida contemplativa.

Comprometemo-nos a estar mais empenhados na organização dos secretariados regionais e a participar de modo efetivo nas iniciativas promovidas por cada secretariado regional.

3. Acolhemos com entusiasmo as propostas e realizações das comissões nacionais de CIRP, que nos provocaram nos variados setores e situações que nos habitam: missões, vocações, justiça e paz, apoio às vítimas do tráfico de pessoas, formação, comunicação.

Comprometemo-nos a estar mais presentes e empenhados nestes variados areópagos da nossa missão profética.

4. Acolhemos com gosto as interpelações que o Padre Carlos Carneiro, jesuíta, nos lançou sobre a formação da juventude e família e acolhimento das novas gerações nas comunidades.

Comprometemo-nos a conhecer, de modo mais exigente e atual, o mundo dos jovens nos seus anseios vocacionais, testemunhando de modo coerente e contemporâneo a nossa fraternidade e proximidade, a nossa interioridade e seguimento de Cristo, a nossa hospitalidade e opção pela vida religiosa, em dinamismos de justiça e liberdade, de amor e esperança, de fidelidade e criatividade.

5. Acolhemos com alegria a apresentação dos novos superiores maiores e a informação sobre os acontecimentos mais significativos de todos institutos.

Comprometemo-nos a estar mais atentos à vida dos nossos vizinhos consagrados, na sintonia dos vários carismas e participando nas iniciativas de cada instituto.

6. Acolhemos as propostas que o reitor do Santuário de Fátima nos deixou, para nos inserirmos no processo de preparação e vivência do centenário das aparições em 2017.

Comprometemo-nos a refletir e divulgar a mensagem evangélica de Fátima, através da visita da Imagem Peregrina aos mosteiros de vida contemplativa, da inserção da temática de Fátima nos nossos encontros de formação inicial e permanente e da participação numa peregrinação jubilar de todos os religiosos e religiosas.

7. Acolhemos os ecos da presença da CIRP na assembleia geral dos religiosos de Espanha (CONFER), em particular o documento aprovado pela Conferência Episcopal Espanhola sobre a Igreja particular e vida consagrada.

Comprometemo-nos a atualizar a instrução da Santa Sé «Mutuae Relationes» (1978), procurando novos caminhos para facilitar as relações mútuas entre os nossos bispos e a vida consagrada em Portugal.

8. Acolhemos tantos gritos, silenciosos e falantes, dos nossos próximos, sejam vizinhos ou distantes, em situações de angústia e de desejo em encontrar novos sentidos de vida e de condições de dignidade humana.

Comprometemo-nos a abrir os nossos corações e as nossas bolsas, de modo que a partilha dos nossos peixes para o imediato e das nossas canas para a continuidade contribuam para que os nossos próximos tenham mais vida e vida em abundância.

 

Fátima, 20 de novembro de 2013

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