Encontro de Superiores Maiores – Um olhar pela realidade social da Europa

Este dia 2 de Março foi mais variado nas dinâmicas e temáticas. Começámos à mesma hora, no mesmo lugar e a rezar, como sempre.

Os trabalhos propriamente ditos começaram às 09:00h do costume, desta vez com uma ilustre convidada, a Sr.ª Agnès Rausch. Esta senhora tem sido incansável no trabalho de voluntariado, de promoção humana e social das populações mais carenciadas, nomeadamente migrantes e refugiados, no Luxemburgo e no estrangeiro, tendo inclusive trabalhado quatro anos na nossa missão de Kisangani, República Democrática do Congo. É uma das vozes mais autorizadas e respeitadas no que à acção social da Igreja diz respeito, sobretudo aqui na Europa Central.

Deixou-nos uma análise muito interessante da sociedade europeia actual, com muitas críticas à actuação das Instituições europeias. Escolheu para análise e reflexão quatro grandes temas de enorme actualidade: família, pobreza, desemprego e migrantes/refugiados. As suas reflexões e ideias serviram-nos de inspiração para o resto do dia.

E esse resto de jornada foi preenchida pela partilha do que se faz e do que poderá vir a ser feito em cada uma das Entidades da Congregação aqui presentes. A uma conclusão chega-se facilmente: é muito o que se faz ao serviço dos mais pobres e carenciados das nossas sociedades europeias.

Há Províncias que estão já a adaptar as suas casas que antigamente serviram para acolher seminaristas e jovens em formação e que agora acolhem refugiados, sem-abrigo, prostitutas, alcoólicos, deficientes, desempregados… enfim, estão ao serviço das periferias da nossa sociedade. Mas queremos fazer mais e melhor, e fazê-lo de preferência em rede, em cooperação mútua, envolvendo cada vez mais os leigos nos nossos projectos. A propósito desta partilha, surgiu a ideia da criação dum grupo de trabalho, eventualmente uma Comissão de Justiça e Paz, que reflicta e coordene todas estas problemáticas e acções.

Clairefontaine continua fria, mesmo gelada. A neve que se tinha anunciado deu-nos tréguas durante o dia – até esteve sol, embora um sol que não aquecia – mas à noite voltou em força. Vamos ver, pode ser que acordemos com uma paisagem diferente…  

 

P. José Agostinho Sousa

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