JMJ: «É um momento de renovar a nossa confiança na juventude», afirma superior-geral dos Dehonianos

Padre Carlos Luis Codorniú está a visitar comunidades da congregação em Portugal e passou na sede da Fundação JMJ Lisboa 2023

Lisboa, 06 jun 2023 (Ecclesia) – O superior-geral dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos) destacou que a Jornada Mundial da Juventude “é um momento de comunhão”, de “renovar a confiança” nos jovens, adiantando que vão ter “representações de 20 países” em Portugal.

“È um momento de renovar a nossa confiança na juventude, como futuro da Igreja e da sociedade, é um momento também que nos desafia para uma logística de acompanhar”, disse o padre Carlos Luis Codorniú à Agência ECCLESIA.

O superior-geral dos Dehonianos, que termina hoje a visita canónica à província portuguesa da congregação religiosa, esteve hoje na sede da Conferência Episcopal e visitou a sede da Fundação da JMJ 2023, em Lisboa, no dia 23 de maio, com o padre Levi dos Anjos, conselheiro geral, o padre João Nélio, superior da Província Portuguesa, e o padre Igor André, membro do comité Dehoniano de Portugal para a JMJ.

Segundo o padre Carlos Luis Codorniú, os Sacerdotes do Coração de Jesus vão participar na JMJ Lisboa 2023 com “representantes de 20 países”, cerca de metade dos países onde está a congregação está presente, 46, e, na semana anterior vão estar no Porto, antes de se juntarem aos peregrinos da Jornada na capital portuguesa.

“Vão-nos ajudar muito a conhecer melhor e a seguir sintonizados com a Igreja”, acrescentou sobre estas pré-jornadas.

No contexto da pastoral juvenil e vocacional, uma edição internacional da JMJ é um momento onde, “sem dúvida”, têm de “continuar a propor o Evangelho como caminho de vida”, um caminho que pode “ocupar a vida toda e a vida toda vivida no âmbito da família, o profissional, da consagração religiosa e sacerdotal”, e “fazê-lo com muita generosidade e clareza”.

“E creio que o Evangelho depois se encarregará de tocar o coração de cada um para ver de que maneira encontra o seu lugar na Igreja, mas temos de fazer convites e sem medo, sem vergonha, para que chegue”, realçou.

O responsável mundial dos Sacerdotes do Coração de Jesus adiantou ainda que a congregação tem a “responsabilidade” de organizar o referente “à reconciliação” da JMJ Lisboa 2023, que está “muito em sintonia” com a espiritualidade destes religiosos, “viver o carisma da reconciliação”.

“E isso alegra-nos, é uma responsabilidade muito bonita que recebemos e a nossa equipa aqui está a trabalhar muito bem para organizar tudo, com todos os imprevistos que surgem continuamente, há sempre algo que não se pensou, mas percebi muito boa disposição e generosidade para acompanhar a Jornada.

O padre Carlos Luis Codorniú recorda que enquanto jovem nunca participou em nenhuma JMJ, porque estava ao serviço da congregação em missões, mas “como religioso” esteve no ano 2000, em Roma.

“Foi muito emotivo, num ano muito particular. Foi muito bom para mim porque tive oportunidade de colaborar na reconciliação e tocou-me receber peregrinos, recordo os de outras Igrejas Cristãs, Ortodoxos, e foi uma bonita experiência acompanhar estes jovens que não conheciam muito bem a Igreja Católica, foi muito enriquecedor viver com eles estes dias”, desenvolveu.

O tema da JMJ Lisboa 2023 é ‘Maria levantou-se e partiu apressadamente’, uma passagem do Evangelho segundo São Lucas (Lc 1,39).

Cada JMJ realiza-se, anualmente, a nível diocesano (inicialmente no Domingo de Ramos e atualmente na solenidade litúrgica de Cristo-Rei), alternando com um encontro internacional a cada dois ou três anos, numa grande cidade; até hoje houve 36 JMJ, com 14 edições internacionais, em quatro continentes, e sete dessas edições decorreram na Europa.

CB/OC

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