Uma comunidade em passeio…

Pela manhã, os confrades livres e disponíveis do Seminário Missionário Padre Dehon, respondendo ao chamamento e abandonando logo a sua terra, saíram para o primeiro passeio comunitário deste ano. A primeira paragem foi a cidade de Viana do Castelo, onde, após uma aproximação com os seus percalços, conseguimos alcançar o monte de Santa Luzia. Aí, pudemos admirar a imensa e extraordinária paisagem, considerada como uma das mais belas do mundo pelaNational Geographic Magazine, sobretudo se vista e admirada do zimbório daquele templo dedicado ao Coração de Jesus.

A subida ao zimbório teve o seu quê de evangélico: nem todos puderam passar, porque o caminho era estreito e curvilíneo. Houve quem se recusasse a subir, houve quem desistisse a meio, houve ainda quem batesse com a cabeça na dura parede em granito… Mas aqueles que chegaram ao fim (isto é, ao topo) viram a luz: o mar imenso e azulado, tal como o céu; a foz larga, sinuosa e lenta do rio Lima; a cidade a crescer nas margens, com a natureza verde e altaneira a circundá-la. Tudo isto resulta num quadro sublime, iluminado pela luz clara e suave do sol de Outubro. E sentimo-nos pequeninos…

Depois de Viana, onde não estivemos o tempo suficiente, zarpamos em direcção a Vila Praia d’Âncora, para uma breve e leve paragem junto ao mar. Almoçámos em Caminha, com os olhos postos no Monte de Santa Tecla e rio ali mesmo à nossa frente, a ponto de quase o podemos tocar…

Depois seguimos para Espanha por Vila Nova de Cerveira. O destino era Baiona, onde nos detivemos na Senhora dos Navegantes. Uma vez mais, aquilo que se dava ao nosso olhar excedia largamente a capacidade humana: em baixo a vila de Baiona, o mar imenso de mãos dadas com o céu, polvilhado por pequenas ilhas e a imensa baía que tudo isto abraçava harmoniosa e tranquilamente. “Nunca os olhos se cansam de ver”, diz o sábio…

Haveria muito mais para dizer sobre este passeio, mas apenas isto foi escrito para que acrediteis e sintais o desejo de lá ir. Se tudo fosse passado ao papel, penso que não haveria lugar nesta crónica para o fazer…

 

José Domingos, scj

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