Uma JMJ muito especial!

Depois de assentada a poeira de mais uma Jornada Mundial da Juventude, desta vez na nossa própria casa, é tempo de fazer um breve balanço.

Já não sou um novato nestas andanças pois, desde 1991, já participei em 5. Mas estas jornadas foram muito especiais pois aconteceram neste jardim à beira mar plantado. E não falo só das jornadas em si, mas de toda a sua envolvência.

Tudo começou em meados de 2020, quando, em plena pandemia, fui convidado a fazer parte do COD da diocese do Funchal, juntamente com outros agentes pastorais da diocese.

E o caminho aí começou na organização de atividades, divulgação das jornadas nas várias paróquias, motivação dos jovens para este acontecimento único na vida da nossa Igreja. Depois também com a grande responsabilidade de preparar os “Dias na Diocese” aqui no Funchal, sempre na incógnita se haveria algum “maluco” que tivesse possibilidade de vir à Madeira fazer estes dias de pré-jornada.

E eis chegados os grandes dias, primeiro dos “Dias na Diocese” de 26 a 31 de Julho, e depois as JMJ de 1 a 6 de Agosto em Lisboa.

Os “Dias na Diocese” foram um grande desafio para nós, pois recebemos quase 600 peregrinos estrangeiros. Tive a oportunidade, diria antes o privilégio, de fazer parte de um dos Núcleos de Acolhimento do Funchal com uma equipa fantástica e dinâmica, em que coordenamos as atividades para 55 peregrinos provenientes sobretudo da Polónia e Estados Unidos. Desse grupo, 25 deles ficaram aqui no Colégio Missionário, sendo a sua família de acolhimento. Foram dias intensos, de muito trabalho, muito suor, onde procuramos proporcionar a estes jovens (grande parte deles caíram aqui na Madeira por acaso) uma experiência rica, quer cultural, quer social, quer religiosa. E a recompensa foi o sorriso e a gratidão destes jovens que, ao partir, já queriam voltar à esta Pérola do Atlântico futuramente.

Foi então neste contexto que parti para Lisboa, acompanhando um grupo da escola da APEL | Colégio Missionário, constituído por 9 elementos: dois professores e sete alunos. A JMJ em si foi uma experiência única e que comportou grandes desafios.

O primeiro foi o mover-se todos os dias entre a Quinta do Conde (Setúbal), o nosso lugar de estadia e de outros cerca de 3500 peregrinos, e Lisboa, onde aconteciam os grandes eventos.

Depois também a participação nos eventos centrais envolvia sempre um grande espírito de sacrifício nas deslocações e encontrar o local certo para participar nesses momentos.

Por fim, os últimos dias no Campo da Graça, que levaram até ao limite a nossa resistência e espírito de sacrifício, colmatadas pela alegria daquela imensa multidão e os momentos intensos ali vividos.

Resta-me dizer que as Jornadas Mundiais da Juventude não se contam, vivem-se! Tanta coisa haveria por dizer e que não cabem nesta partilha… fica no entanto a intenção!

Depois de três intensos anos de preparação só espero que os jovens que fizeram esta caminhada estejam dispostos a continuá-la… para bem deles e da própria Igreja.

Eu farei tudo o que estiver ao meu alcance para que isso aconteça!

Pe. Juan Noite, scj

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